René Barjavel
Escritor francês, René Gustave Henri Barjavel nasceu a 24 de janeiro de 1911 em Nyons. A mãe havia casado com um padeiro mas, depois de ter tido dois filhos, enviuvou, pelo que contraiu novo matrimónio com um dos empregados do estabelecimento, alguns anos mais novo, e que veio a ser o pai de René.
Aos sete anos de idade, e logo após a assinatura do armistício que pôs cobro à Primeira Grande Guerra, René Barjavel deu ingresso na Escola Primária de Nyons. Passou depois para um colégio particular mas, alguns anos mais tarde, viu a sua vida alterada por circunstâncias trágicas: ao regressar da frente de batalha, o seu padrasto trouxera uma doença estranha que se julgava na altura ser narcolepsia. Contraindo-a, a mãe acabou por falecer em 1922.
Amigo do diretor do colégio, René Barjavel recebeu um convite para o acompanhar na sua transferência para um outro estabelecimento nas cercanias de Vichy, o Colégio de Cusset. Aceitando a proposta, o jovem de catorze anos de idade pôde assim distanciar-se da alçada do pai e dos meios-irmãos.
Em 1927 conseguiu concluir os seus estudos secundários, graças sobretudo ao valor que demonstrou na área das Humanísticas, em resultado de um crescente interesse pela Literatura. Passou depois por uma série de postos de trabalho, ganhando o seu sustento como paquete, bancário, mediador imobiliário e conferencista. Não obstante, iniciara uma carreira no jornalismo com apenas dezoito anos de idade, ao colaborar com o periódico Progrès de l'Allier.
No ano de 1935 conseguiu ascender à posição de secretário de redação da revista Le Document e, posteriormente, passou a ocupar o cargo de chefe de tiragem ao serviço de uma editora, ao mesmo tempo que ia figurando no Merle Blanc como crítico de cinema. Em 1936 fundou, conjuntamente com Jean Anouilh, uma revista intitulada La Nouvelle Saison.
Com a deflagração da Segunda Guerra Mundial, René Barjavel foi mobilizado como cabo mas, com a rendição de Paris, foi enviado para os Pirenéus depois de ter entregue a arma. De novo na capital, retomou a sua atividade editorial e publicou o seu primeiro livro, em 1943, um romance intitulado Ravage. Mais tarde inserida no género da ficção científica, e considerada como uma das grandes responsáveis pelo interesse do público quanto a este tipo de literatura nas décadas seguintes, a obra refletia as memórias apocalípticas que o autor experimentara na guerra.
Em 1944 publicou Le Voyageur Imprudent e, no ano seguinte, foi apresentado ao místico Gurdjieff, que não só influenciou a sua mundividência, como determinou novos conceitos de verdade e sabedoria na obra do autor. Assim, Les Enfants de l'Ombre (1945), Tarendol (1946) e Le Diable l'Emporte (1948), representam novos caminhos na busca espiritual de René Barjavel.
A partir de 1947 passou também a dedicar-se ao cinema, quer como cenógrafo, quer como guionista, escrevendo os diálogos da série 'Don Camillo'. Prosseguiu apesar de tudo a sua carreira como romancista, publicando trabalhos como Jour de feu (1957), Colomb de la Lune (1962), Nuit des Temps (1969), Rose au Paradis (1981), L'Enchanteur (1984), obra inspirada nos ciclos arturianos, e La Peau de César (1985).
Vítima de um ataque cardíaco, René Barjavel faleceu em Paris a 24 de novembro de 1985.
Aos sete anos de idade, e logo após a assinatura do armistício que pôs cobro à Primeira Grande Guerra, René Barjavel deu ingresso na Escola Primária de Nyons. Passou depois para um colégio particular mas, alguns anos mais tarde, viu a sua vida alterada por circunstâncias trágicas: ao regressar da frente de batalha, o seu padrasto trouxera uma doença estranha que se julgava na altura ser narcolepsia. Contraindo-a, a mãe acabou por falecer em 1922.
Amigo do diretor do colégio, René Barjavel recebeu um convite para o acompanhar na sua transferência para um outro estabelecimento nas cercanias de Vichy, o Colégio de Cusset. Aceitando a proposta, o jovem de catorze anos de idade pôde assim distanciar-se da alçada do pai e dos meios-irmãos.
Em 1927 conseguiu concluir os seus estudos secundários, graças sobretudo ao valor que demonstrou na área das Humanísticas, em resultado de um crescente interesse pela Literatura. Passou depois por uma série de postos de trabalho, ganhando o seu sustento como paquete, bancário, mediador imobiliário e conferencista. Não obstante, iniciara uma carreira no jornalismo com apenas dezoito anos de idade, ao colaborar com o periódico Progrès de l'Allier.
No ano de 1935 conseguiu ascender à posição de secretário de redação da revista Le Document e, posteriormente, passou a ocupar o cargo de chefe de tiragem ao serviço de uma editora, ao mesmo tempo que ia figurando no Merle Blanc como crítico de cinema. Em 1936 fundou, conjuntamente com Jean Anouilh, uma revista intitulada La Nouvelle Saison.
Com a deflagração da Segunda Guerra Mundial, René Barjavel foi mobilizado como cabo mas, com a rendição de Paris, foi enviado para os Pirenéus depois de ter entregue a arma. De novo na capital, retomou a sua atividade editorial e publicou o seu primeiro livro, em 1943, um romance intitulado Ravage. Mais tarde inserida no género da ficção científica, e considerada como uma das grandes responsáveis pelo interesse do público quanto a este tipo de literatura nas décadas seguintes, a obra refletia as memórias apocalípticas que o autor experimentara na guerra.
Em 1944 publicou Le Voyageur Imprudent e, no ano seguinte, foi apresentado ao místico Gurdjieff, que não só influenciou a sua mundividência, como determinou novos conceitos de verdade e sabedoria na obra do autor. Assim, Les Enfants de l'Ombre (1945), Tarendol (1946) e Le Diable l'Emporte (1948), representam novos caminhos na busca espiritual de René Barjavel.
A partir de 1947 passou também a dedicar-se ao cinema, quer como cenógrafo, quer como guionista, escrevendo os diálogos da série 'Don Camillo'. Prosseguiu apesar de tudo a sua carreira como romancista, publicando trabalhos como Jour de feu (1957), Colomb de la Lune (1962), Nuit des Temps (1969), Rose au Paradis (1981), L'Enchanteur (1984), obra inspirada nos ciclos arturianos, e La Peau de César (1985).
Vítima de um ataque cardíaco, René Barjavel faleceu em Paris a 24 de novembro de 1985.
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Como referenciar
Porto Editora – René Barjavel na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-09-22 06:54:56]. Disponível em
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