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René Char
Poeta francês, René Char nasceu no ano de 1907 em Isle-sur-la-Sorgue, na região meridional do Vaucluse. O seu pai faleceu no último ano da Primeira Grande Guerra, em 1918, quando o jovem René contava apenas treze anos de idade. Alguns anos mais tarde, partiu para Paris, onde trabalhou no comércio. Infiltrando-se na vida noturna da cidade, teve oportunidade de conhecer, em 1929, os grandes impulsionadores do movimento surrealista, como Louis Aragon, André Breton e Paul Éluard. Publicou, em coa-autoria com estes dois últimos, Ralentir Travaux (1930), para todos os efeitos o seu primeiro livro.
Descontentando-se ao fim de pouco tempo com a crescente exuberância do Surrealismo, que passou a considerar não tanto como um movimento estético com um propósito bem definido, mas como uma necessidade de criar escândalo, de captar a todo o custo as atenções do público, entrou em rutura com o grupo, mantendo-se próximo apenas de Paul Éluard.
Em 1934 apareceu a primeira obra da sua exclusiva autoria, Marteau Sans Maître, uma recolha de poemas que não só celebravam os encantos e a nostalgia da sua terra natal, com lhe concediam um estatuto de refúgio paradisíaco, quando posta em comparação com o mundo caótico e a Paris desgovernada que se começavam a adivinhar.
Na realidade, os pressentimentos do poeta revelaram-se pertinentes. A eclosão da Guerra Civil de Espanha fez com que reatasse um contacto esporádico com os surrealistas, já que todos compartilhavam as mesmas convicções anti-fascistas, e a deflagração da Segunda Guerra Mundial veio interromper a sua atividade criativa, já que se retirou de Paris para aderir à Resistência.
Retomando a poesia a partir de 1945, altura em que conseguiu meios suficientes para se dedicar a tempo inteiro, começou a aparecer com obras que revelavam uma alteração temática causada sobretudo pela guerra, como Feuillets d'Hypnos (1946), e o seu trabalho mais importante, Fureur et Mystère (1948, Furor e Mistério), uma celebração da poesia e do seu papel apaziguador da fúria do mundo. É também autor da obra Le Nu perdu, de 1971.
René Char atribuía uma grande importância ao formato dos seus livros, em particular às suas ilustrações. Colaborou portanto com inúmeros artistas, entre os quais se destacam Braque e Nicolas de Staël. Em 1983 foi publicada uma edição definitiva da sua obra poética, Œuvres Complètes, na qual participou ativamente.
René Char faleceu em Paris no ano de 1988, vítima de complicações cardíacas.
Descontentando-se ao fim de pouco tempo com a crescente exuberância do Surrealismo, que passou a considerar não tanto como um movimento estético com um propósito bem definido, mas como uma necessidade de criar escândalo, de captar a todo o custo as atenções do público, entrou em rutura com o grupo, mantendo-se próximo apenas de Paul Éluard.
Em 1934 apareceu a primeira obra da sua exclusiva autoria, Marteau Sans Maître, uma recolha de poemas que não só celebravam os encantos e a nostalgia da sua terra natal, com lhe concediam um estatuto de refúgio paradisíaco, quando posta em comparação com o mundo caótico e a Paris desgovernada que se começavam a adivinhar.
Na realidade, os pressentimentos do poeta revelaram-se pertinentes. A eclosão da Guerra Civil de Espanha fez com que reatasse um contacto esporádico com os surrealistas, já que todos compartilhavam as mesmas convicções anti-fascistas, e a deflagração da Segunda Guerra Mundial veio interromper a sua atividade criativa, já que se retirou de Paris para aderir à Resistência.
Retomando a poesia a partir de 1945, altura em que conseguiu meios suficientes para se dedicar a tempo inteiro, começou a aparecer com obras que revelavam uma alteração temática causada sobretudo pela guerra, como Feuillets d'Hypnos (1946), e o seu trabalho mais importante, Fureur et Mystère (1948, Furor e Mistério), uma celebração da poesia e do seu papel apaziguador da fúria do mundo. É também autor da obra Le Nu perdu, de 1971.
René Char atribuía uma grande importância ao formato dos seus livros, em particular às suas ilustrações. Colaborou portanto com inúmeros artistas, entre os quais se destacam Braque e Nicolas de Staël. Em 1983 foi publicada uma edição definitiva da sua obra poética, Œuvres Complètes, na qual participou ativamente.
René Char faleceu em Paris no ano de 1988, vítima de complicações cardíacas.
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Como referenciar
Porto Editora – René Char na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-02-06 10:45:50]. Disponível em
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