romance histórico
O romance histórico é, por definição, o que mistura história e ficção, reconstruindo ficticiamente acontecimentos, costumes e personagens históricos. O romance histórico surge no início do século XIX, durante o romantismo. São vários os romances históricos que se celebrizaram como, por exemplo, Ivanhoe (de Walter Scott), Eurico, o Presbítero (de Alexandre Herculano) ou Guerra e Paz (de Tolstoi).
Afirma Lukács que o romance histórico "exige não só a colocação da diegese em épocas históricas remotas, como uma estratégia narrativa capaz de reconstituir com minúcia os componentes sociais, axiológicos, jurídicos e culturais que caracterizam essas épocas".
Memorial do Convento, de José Saramago, por exemplo, pode ser classificado como romance histórico (e também de espaço, social e romance de intervenção) ao oferecer-nos uma minuciosa descrição da sociedade portuguesa do início do século XVIII, marcada pela sumptuosidade da Corte, associada à Inquisição, e pela exploração dos operários, metaforicamente apreciados como se de tijolos se tratassem para a obra do convento de Mafra.
A referência à guerra da Sucessão, em que Baltasar se vê amputado da mão esquerda, a imponência bárbara dos autos de fé, a que não falta a "alegria devota", a construção do convento, os esponsais da princesa Maria Bárbara, a construção da passarola voadora pelo Padre Bartolomeu de Gusmão e tantos outros acontecimentos confirmam a correspondência aproximada ao que nessa época ocorre e conferem à obra a designação de romance histórico.
Afirma Lukács que o romance histórico "exige não só a colocação da diegese em épocas históricas remotas, como uma estratégia narrativa capaz de reconstituir com minúcia os componentes sociais, axiológicos, jurídicos e culturais que caracterizam essas épocas".
Memorial do Convento, de José Saramago, por exemplo, pode ser classificado como romance histórico (e também de espaço, social e romance de intervenção) ao oferecer-nos uma minuciosa descrição da sociedade portuguesa do início do século XVIII, marcada pela sumptuosidade da Corte, associada à Inquisição, e pela exploração dos operários, metaforicamente apreciados como se de tijolos se tratassem para a obra do convento de Mafra.
A referência à guerra da Sucessão, em que Baltasar se vê amputado da mão esquerda, a imponência bárbara dos autos de fé, a que não falta a "alegria devota", a construção do convento, os esponsais da princesa Maria Bárbara, a construção da passarola voadora pelo Padre Bartolomeu de Gusmão e tantos outros acontecimentos confirmam a correspondência aproximada ao que nessa época ocorre e conferem à obra a designação de romance histórico.
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Como referenciar
Porto Editora – romance histórico na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-12-10 05:23:46]. Disponível em
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