Samuel Goldwyn
Produtor norte-americano, Schmuel Gelbfisz nasceu a 17 de agosto de 1879, em Varsóvia, Polónia, e faleceu a 31 de janeiro de 1974, em Los Angeles, vítima de uma síncope cardíaca.
Cresceu na pobreza e aos 16 anos abandonou a casa viajando a pé para o ocidente. Chegou até Inglaterra onde viveu durante dois anos, adotando o nome de Samuel Goldfish. Partiu depois, de barco, para o Canadá, de onde rumou para Nova Iorque, onde chegou em 1898. Começou a trabalhar numa fábrica de luvas, progredindo rapidamente até se tornar um dos seus melhores vendedores. Desenvolveu, entretanto, uma especial fixação pelos filmes. Em 1910, casou com a irmã do produtor Jesse L. Lasky e três anos depois formou, com o cunhado, a produtora Jesse Lasky Feature Photoplay Company. O seu primeiro filme, The Squaw Man (1914), de Cecil B. De Mille, revelou-se um êxito, muito por causa dos talentos promocionais de Goldfish. Na sequência do seu divórcio, em 1915, rompeu também a sua ligação a Lasky e juntou-se aos irmãos Selwyn para formar a Goldwyn Pictures, em 1917. O nome, que resulta da combinação da primeira sílaba de Goldfish com a última de Selwyn, agradou-lhe tanto que resolveu adotá-lo. A Goldwyn Pictures produziu alguns filmes de qualidade, mas o sucesso de bilheteira não aparecia e Goldwyn foi forçado, em 1922, a abandonar a companhia que mais tarde se fundiu com a Metro Pictures e a Louis B. Mayer Productions, dando origem à famosa MGM. Nesta altura, fundou a Samuel Goldwyn Productions, que iria gerir durante cerca de quatro décadas, conferindo-lhe o prestígio de um dos mais importantes produtores independentes de sempre. A sua filosofia consistia em dedicar-se profundamente a um filme de cada vez, proporcionando-lhe os melhores meios técnicos e artísticos possíveis. Durante o tempo do mudo, Goldwyn recrutou estrelas como Ronald Colman e Vilma Banky, mas foi com o sonoro que a companhia floresceu, com estrelas como Eddie Cantor e Danny Kaye, assim como com a inestimável contribuição do realizador William Wyler. Grandes sucessos na altura foram Bulldog Drummond (1929), Street Scene (1931) e Arrowsmith (1931).
O final dos anos 30 e a década de 40 foram os seus anos mais ativos e recompensadores: obteve a nomeação para o Óscar de Melhor Filme por Dodsworth (Veneno Europeu, 1936), Dead End (As Ruas de Nova Iorque, 1937), Wuthering Heights (O Monte dos Vendavais, 1939) e The Little Foxes (Raposa Matreira, 1941), todos de William Wyler; e ainda The Pride of the Yankees (O Ídolo, 1942), de Sam Wood; e The Bishop's Wife (1947), de Henry Koster. O topo da sua carreira seria atingido com o drama épico The Best Years of Our Lives (Os Melhores Anos das Nossas Vidas, 1946), de William Wyler, galardoado com o Óscar de Melhor Filme.
Nos anos 50, Goldwyn abrandou as suas produções, tendo-se concentrado sobretudo em musicais de grande orçamento como Hans Christian Andersen (Christian Andersen, 1952), Guys and Dolls (Eles e Elas, 1955) e Porgy and Bess (Porgy e Bess, 1959), que viria a ser o seu último filme. Entretanto, a companhia passou a ser gerida pelo seu filho Samuel Goldwyn Jr.
Em 1947, foi laureado pela Academia de Hollywood com o Prémio Irving G. Thalberg e, em 1958, recebeu o Prémio Humanitário Jean Hersholt.
Cresceu na pobreza e aos 16 anos abandonou a casa viajando a pé para o ocidente. Chegou até Inglaterra onde viveu durante dois anos, adotando o nome de Samuel Goldfish. Partiu depois, de barco, para o Canadá, de onde rumou para Nova Iorque, onde chegou em 1898. Começou a trabalhar numa fábrica de luvas, progredindo rapidamente até se tornar um dos seus melhores vendedores. Desenvolveu, entretanto, uma especial fixação pelos filmes. Em 1910, casou com a irmã do produtor Jesse L. Lasky e três anos depois formou, com o cunhado, a produtora Jesse Lasky Feature Photoplay Company. O seu primeiro filme, The Squaw Man (1914), de Cecil B. De Mille, revelou-se um êxito, muito por causa dos talentos promocionais de Goldfish. Na sequência do seu divórcio, em 1915, rompeu também a sua ligação a Lasky e juntou-se aos irmãos Selwyn para formar a Goldwyn Pictures, em 1917. O nome, que resulta da combinação da primeira sílaba de Goldfish com a última de Selwyn, agradou-lhe tanto que resolveu adotá-lo. A Goldwyn Pictures produziu alguns filmes de qualidade, mas o sucesso de bilheteira não aparecia e Goldwyn foi forçado, em 1922, a abandonar a companhia que mais tarde se fundiu com a Metro Pictures e a Louis B. Mayer Productions, dando origem à famosa MGM. Nesta altura, fundou a Samuel Goldwyn Productions, que iria gerir durante cerca de quatro décadas, conferindo-lhe o prestígio de um dos mais importantes produtores independentes de sempre. A sua filosofia consistia em dedicar-se profundamente a um filme de cada vez, proporcionando-lhe os melhores meios técnicos e artísticos possíveis. Durante o tempo do mudo, Goldwyn recrutou estrelas como Ronald Colman e Vilma Banky, mas foi com o sonoro que a companhia floresceu, com estrelas como Eddie Cantor e Danny Kaye, assim como com a inestimável contribuição do realizador William Wyler. Grandes sucessos na altura foram Bulldog Drummond (1929), Street Scene (1931) e Arrowsmith (1931).
O final dos anos 30 e a década de 40 foram os seus anos mais ativos e recompensadores: obteve a nomeação para o Óscar de Melhor Filme por Dodsworth (Veneno Europeu, 1936), Dead End (As Ruas de Nova Iorque, 1937), Wuthering Heights (O Monte dos Vendavais, 1939) e The Little Foxes (Raposa Matreira, 1941), todos de William Wyler; e ainda The Pride of the Yankees (O Ídolo, 1942), de Sam Wood; e The Bishop's Wife (1947), de Henry Koster. O topo da sua carreira seria atingido com o drama épico The Best Years of Our Lives (Os Melhores Anos das Nossas Vidas, 1946), de William Wyler, galardoado com o Óscar de Melhor Filme.
Nos anos 50, Goldwyn abrandou as suas produções, tendo-se concentrado sobretudo em musicais de grande orçamento como Hans Christian Andersen (Christian Andersen, 1952), Guys and Dolls (Eles e Elas, 1955) e Porgy and Bess (Porgy e Bess, 1959), que viria a ser o seu último filme. Entretanto, a companhia passou a ser gerida pelo seu filho Samuel Goldwyn Jr.
Em 1947, foi laureado pela Academia de Hollywood com o Prémio Irving G. Thalberg e, em 1958, recebeu o Prémio Humanitário Jean Hersholt.
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Como referenciar
Porto Editora – Samuel Goldwyn na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-12-01 22:30:07]. Disponível em
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