Siegfried
É uma das personagens centrais da Saga dos Nibelungos ou Nibelungenlied, conjunto de variadíssimas histórias que se entrelaçam e giram à volta de dois temas principais: a morte de Siegfried e a vingança de Cremilde ou Grimhild.
A figura de Siegfried foi por vezes considerada uma continuação da de Balder, sendo o episódio da sua morte baseada numa canção de gesta franco-borgonhesa dos séculos V e VI que relatava o casamento de um príncipe merovíngio com uma princesa da casa real da Borgonha.
É na Canção dos Nibelungos, passada para o papel em alemão cerca de 1200, que se encontram as primeiras menções escritas a Siegfried, assim como numa versão alemã de 1260 relacionada com a Saga de Thidrek e nos Velhos Edda de 1270 (vd. Mitologia Germânica e Nórdica).
A primeira versão da história de Siegfried conta que este é um príncipe franco desterrado da Baixa Renânia que chega à Borgonha, à corte dos príncipes Godomar, Gunther e Giselher, ganhando o favor destes com feitos heroicos. Tornam-se assim irmãos de sangue e oferecem-lhe a irmã Cremilde em casamento. Gunther vai com Siegfried e os seus irmãos ao castelo de Brunilde, para a pedir em casamento. Ela tinha feito voto de se casar apenas com o mais forte dos homens, e pensa que é Siegfried quem a quer desposar. Fica portanto admirada quando se apercebe que é Gunther o pretendente, e aceita casar com ele porque entretanto este tinha pedido a Siegfried que tomasse a sua forma para superar as provas, uma vez que ele não se sentia capaz. Siegfried põe entre ele e Brunilde uma espada na noite de núpcias, enquanto não chega Gunther.
Siegfried dá a Cremilde o anel que Brunilde lhe tinha dado, e quando as duas tiveram uma discussão no Reno, anos mais tarde, Cremilde mostrou-o a Brunilde. Esta sentiu-se ultrajada e culpa Siegfried do seu casamento falso com Gunther. Conspira então com um irmão do marido, Hagen (ou Högni) que não tinha participado no juramento de sangue e estava assim livre para matar Siegfried, desonrando os Borgonheses. Brunilde ri-se às gargalhadas quando ouve os gritos que Cremilde deu ao saber da morte do marido. Brunilde trespassa-se com uma espada para se juntar a Siegfried.
Esta versão é muito parecida à da Velha Canção de Sigurd, nos Edda. Apareceram entretanto outras versões que unificaram a história e forneceram características como por exemplo as do local da morte de Siegfried (no leito de núpcias ou no bosque).
Na Saga de Thidrek, influenciada pelos Völsungasaga, é combatendo com Brunilde que consegue que ela passe várias noites com ele, e não ultrapassando provas de força. Este estratagema provoca a vergonha de Brunilde e a censura de Cremilde e dos Borgonheses quando foi conhecido. A rivalidade entre as duas rainhas leva Brunilde a depositar o cadáver de Siegfried na cama de Cremilde.
Nos Völsungasaga ou Saga dos Völsunga, Siegfried já se tinha comprometido com Brunilde depois de a salvar de um anel de fogo e lhe dar um anel como testemunho do seu amor, tendo casado com Cremilde porque esqueceu Brunilde sob efeito de uma poção dada na corte da Borgonha.
Só no século XIX se começa a dar um tratamento dramático à história deste herói e a interligá-la com o Nibelungenlied.
A figura de Siegfried foi por vezes considerada uma continuação da de Balder, sendo o episódio da sua morte baseada numa canção de gesta franco-borgonhesa dos séculos V e VI que relatava o casamento de um príncipe merovíngio com uma princesa da casa real da Borgonha.
É na Canção dos Nibelungos, passada para o papel em alemão cerca de 1200, que se encontram as primeiras menções escritas a Siegfried, assim como numa versão alemã de 1260 relacionada com a Saga de Thidrek e nos Velhos Edda de 1270 (vd. Mitologia Germânica e Nórdica).
A primeira versão da história de Siegfried conta que este é um príncipe franco desterrado da Baixa Renânia que chega à Borgonha, à corte dos príncipes Godomar, Gunther e Giselher, ganhando o favor destes com feitos heroicos. Tornam-se assim irmãos de sangue e oferecem-lhe a irmã Cremilde em casamento. Gunther vai com Siegfried e os seus irmãos ao castelo de Brunilde, para a pedir em casamento. Ela tinha feito voto de se casar apenas com o mais forte dos homens, e pensa que é Siegfried quem a quer desposar. Fica portanto admirada quando se apercebe que é Gunther o pretendente, e aceita casar com ele porque entretanto este tinha pedido a Siegfried que tomasse a sua forma para superar as provas, uma vez que ele não se sentia capaz. Siegfried põe entre ele e Brunilde uma espada na noite de núpcias, enquanto não chega Gunther.
Siegfried dá a Cremilde o anel que Brunilde lhe tinha dado, e quando as duas tiveram uma discussão no Reno, anos mais tarde, Cremilde mostrou-o a Brunilde. Esta sentiu-se ultrajada e culpa Siegfried do seu casamento falso com Gunther. Conspira então com um irmão do marido, Hagen (ou Högni) que não tinha participado no juramento de sangue e estava assim livre para matar Siegfried, desonrando os Borgonheses. Brunilde ri-se às gargalhadas quando ouve os gritos que Cremilde deu ao saber da morte do marido. Brunilde trespassa-se com uma espada para se juntar a Siegfried.
Esta versão é muito parecida à da Velha Canção de Sigurd, nos Edda. Apareceram entretanto outras versões que unificaram a história e forneceram características como por exemplo as do local da morte de Siegfried (no leito de núpcias ou no bosque).
Na Saga de Thidrek, influenciada pelos Völsungasaga, é combatendo com Brunilde que consegue que ela passe várias noites com ele, e não ultrapassando provas de força. Este estratagema provoca a vergonha de Brunilde e a censura de Cremilde e dos Borgonheses quando foi conhecido. A rivalidade entre as duas rainhas leva Brunilde a depositar o cadáver de Siegfried na cama de Cremilde.
Nos Völsungasaga ou Saga dos Völsunga, Siegfried já se tinha comprometido com Brunilde depois de a salvar de um anel de fogo e lhe dar um anel como testemunho do seu amor, tendo casado com Cremilde porque esqueceu Brunilde sob efeito de uma poção dada na corte da Borgonha.
Só no século XIX se começa a dar um tratamento dramático à história deste herói e a interligá-la com o Nibelungenlied.
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Como referenciar
Porto Editora – Siegfried na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-03-21 07:14:13]. Disponível em
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