solo

Os solos são a zona de contacto com a biosfera. Sobre eles desenvolve-se a vida vegetal.
De acordo com a sua produtividade, a sedentarização das populações humanas distribuiu-se, ao longo da História, em zonas determinadas.
O estudo dos solos através do mundo mostrou que a sua formação é fortemente determinada por cinco fatores: o clima, principalmente a temperatura e a precipitação; os organismos vivos, especialmente a vegetação nativa, os micróbios, os animais do solo e a ação humana; a natureza do material rochoso original; a topografia do local; o tempo durante o qual os materiais iniciais estão submetidos a alteração. O clima é talvez o fator mais importante, na medida em que determina a natureza da meteorização que ocorre.
A temperatura e a precipitação afetam as taxas dos processos físicos, químicos e biológicos responsáveis pelo desenvolvimento do perfil do solo. Variações de 10 oC na temperatura duplicam a taxa das reações bioquímicas.
O clima também influencia a vegetação natural.
As regiões húmidas muito pluviosas são favoráveis ao crescimento de árvores. Em contraste, as pradarias são dominantes nas regiões semiáridas e os arbustos e catos, de várias espécies, nas regiões áridas.
Os organismos vivos, principalmente os dos solo, desempenham um papel importante na diferenciação do seu perfil.
A acumulação de matéria orgânica, a reciclagem de nutrientes e a estabilidade estrutural são comandadas pelas atividades dos organismos do solo. A cobertura vegetal diminui a erosão, ao mesmo tempo que remove sais minerais da superfície.
Um conteúdo elevado de matéria orgânica dá ao solo uma cor escura e fornece-lhe uma quantidade significativa de iões.
Os elementos minerais contidos nas plantas da vegetação natural influenciam as características do solo, especialmente a sua acidez.
As atividades humanas também influenciam significativamente a formação do solo. Destruir a vegetação para tornar o solo arável, por exemplo, modifica profundamente os fatores formadores do solo.
Os processos geológicos que ocorrem na superfície da Terra permitem a formação de material para a formação do solo.
A natureza do material rochoso original influencia as características do solo, como por exemplo a textura e a acidez (a presença de calcário diminui a acidez do solo). O tipo e a quantidade de minerais presentes no solo influencia o tipo de terra que se forma.
A topografia do terreno é descrita em termos de elevação, vale, etc. Nas zonas inclinadas a água pode ser removida mais rapidamente do que nas zonas planas ou nas depressões. A inclinação do terreno também condiciona a quantidade de matéria depositada.
Há ainda uma interação muito marcada entre a topografia, a vegetação e a formação do solo.
A topografia influencia o clima e os seus efeitos na vegetação, mas muitas vezes tem um efeito direto maior na formação do solo do que no tipo de solo formado.
O tempo durante o qual os materiais estiveram sujeitos à influência da meteorização tem efeitos substanciais sobre a formação do solo.
O efeito do tempo pode verificar-se quando se comparam solos formados em regiões glaciais com os solos formados em regiões quentes e húmidas. A influência do material geológico inicial é muito mais evidente nos primeiros, pois o tempo passado desde as glaciações não foi suficiente para uma desagregação do material capaz de originar a formação de um bom solo.
Os solos localizados em zonas de material aluvial ou lacustre tiveram, geralmente, tempo suficiente para se formar.
A interação do tempo com outros fatores afeta a formação do solo de maneira significativa.
O tempo necessário para a formação de um horizonte definitivo pode ser influenciado pelo material geológico inicial, pelo clima e pela vegetação. Estes fatores são altamente interdependentes e determinam o tipo de solo que se forma.
A interação e a interdependência dos fatores formadores do solo introduzem alguma complexidade na determinação correta de como um solo é formado.