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subordinação

Na gramática tradicional, "coordenação" designa o tipo de relação sintático-semântica que permite ligar apenas frases, ao contrário do que acontece com a coordenação que permite unir também constituintes não frásicos, como palavras e sintagmas.
As estruturas de subordinação apresentam algumas propriedades que permitem distingui-las das estruturas de coordenação. Uma delas é, por exemplo, o facto de as estruturas subordinadas desempenharem sempre uma função sintática dentro da oração principal, que pode ser de complemento, no caso das orações substantivas e relativas, ou de adjunto, no caso das orações adverbiais:
i) O António perguntou [Frase Principal] quem ia a Budapeste [Subord. Completiva, Objeto Direto].
ii) Luís de Camões, poeta do século XIV [Subord. Completiva, Aposto], escreveu Os Lusíadas [Frase Principal].
iii) Apaga a luz [Frase Principal] quando saíres [Subord. Adverbial Temporal, Adjuntol].
Outra propriedade que caracteriza as frases subordinadas é a sua possibilidade de mobilidade, sem que isso afete a gramaticalidade da frase, como pode verificar-se nos seguintes exemplos:
iv) Ele informou apenas [Frase Principal] que ia chegar tarde [Subordinada Completiva].
v) Que ia chegar tarde[Subordinada Completiva], ele informou apenas [Frase Principal].
vi) Fiz a reserva por Internet [Frase Principal], para que não ficasse sem alojamento [Subordinada Adverbial Final].
vii) Para que não ficasse sem alojamento[Subordinada Adverbial Final], fiz a reserva por Internet [Frase Principal].
Estudos recentes, em que se usa o teste da mobilidade dos constituintes frásicos, vieram provar que as orações comparativas, bem como as orações consecutivas, apresentam um comportamento distribuicional que as coloca não no domínio da subordinação, mas sim no domínio da coordenação.
Como os confrontos entre os exemplos viii/ix e x/xi evidenciam, a anteposição das frases consecutivas e comparativas em relação à frase principal é uma manobra que provoca agramaticalidade, o que as coloca no domínio da Coordenação:
viii) A varina vendeu mais sardinhas [Frase Principal] do que a padeira comprou bolos [Frase Comparativa].
ix) *Do que a padeira comprou bolos [Frase Comparativa], a varina vendeu mais sardinhas [Frase Principal].
x) O livro é tão bom [Frase Principal] que o li num dia[Frase Consecutiva].
xi) *Que o li num dia [Frase Consecutiva], o livro é tão bom [Frase Principal].
A subordinação é estabelecida através de conjunções subordinativas e locuções conjuntivas de subordinação que introduzem variados nexos gramaticais. Existem, portanto, três grandes grupos de frases subordinadas:
Completivas ou Substantivas, equivalentes a um nome ou sintagma nominal, pelo que só desempenham funções típicas de um sintagma nominal; são argumentos ou complementos da frase principal, pelo que desempenham as funções sintáticas de sujeito, objeto direto, objeto indireto e complemento preposicional; dividem-se tradicionalmente em:
Integrantes: introduzidas pela conjunção <que> e pedidas por verbos declarativos, volitivos, de atividade mental ou por construções impessoais (ser + adjetivo, como <é importante, é necessário...>).
Interrogativas indiretas: introduzidas pela conjunção <se>, por advérbios e pronomes interrogativos e pedidas por verbos interrogativos.
Infinitivas: têm o predicado no infinitivo e não são introduzidas por conjunção alguma; são pedidas por construções impessoais (ser + adjetivo, como <é importante, é necessário...>).
Relativas ou Adjetivas, equivalentes a um adjetivo ou sintagma adjetival, pelo que só desempenham funções sintáticas e semânticas típicas de um sintagma adjetival; são introduzidas por pronomes (que, quem, o qual, cujo) ou advérbios relativos (onde); dividem-se em:
Relativas restritivas: restringem a extensão do conceito expresso pelo substantivo a que atribuem uma qualidade.
Relativas explicativas: exprimem um comentário acerca do substantivo que descrevem; estão entre vírgulas.
Relativas livres: desempenham uma função sintática de complemento em relação à frase principal e não costumam ter antecedente nominal expresso.
Adverbiais, equivalentes a um advérbio ou sintagma adverbial, exprimem circunstâncias de:
Tempo: São principalmente introduzidas pelas conjunções e locuções: quando, enquanto, mal, apenas, logo que, desde que, até que, antes que, depois que, assim que, sempre que, todas as vezes que.
Causa: São principalmente introduzidas pelas conjunções e locuções: porque, que, como, pois, porquanto, visto que, pois que, já que, uma vez que.
Concessão: São principalmente introduzidas pelas conjunções e locuções: embora, que, ainda que, mesmo que, bem que, nem que, apesar de que.
Condição: São principalmente introduzidas pelas conjunções e locuções: se, caso, a não ser que, salvo se, desde que, a menos que, no caso que, sem que.
Fim: São principalmente introduzidas pelas conjunções e locuções: para que, a fim de que, que.
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Como referenciar
Porto Editora – subordinação na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-11-30 11:26:32]. Disponível em
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