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Taliban
Um dos grupos de guerrilha afegãos, autointitulado "Taliban" ("estudantes", ou como se diz vulgarmente "estudantes de Teologia"). A partir de 1994 este grupo começou a adquirir importância nas guerrilhas do Afeganistão. Em 1996, tomou Cabul, a capital do país. Deu-se, assim, início ao governo Talibã, que se manteve no poder durante cerca de cinco anos.
É um grupo fundamentalista islâmico extremista que tem como líder supremo, Muhammad Omar, o "Mullah". Instituiu uma série de proibições ao povo afegão ameaçando com graves sanções quem não cumprisse com as regras. As punições poderiam ser espancamento, mutilação e morte.
No geral, era proibido cantar, dançar, ouvir música, ver televisão, usar a Internet, tirar fotografias, ler livros não autorizados pelo governo, fazer festas de casamento, fumar, entre outras muitas proibições.
Os homens eram obrigados a usar barba. As mulheres eram as mais atingidas, não podiam ter vida social, tinham de usar o véu "burqa" (que lhes cobria completamente a cabeça - viam através de uma rede - e o corpo) e só podiam sair de casa acompanhadas por um membro masculino da família, uma vez que não estavam autorizadas a falar, nem mesmo com vendedores.
Eram também proibidos ídolos ou outras religiões por serem considerados "anti-islâmicos". Em consequência desta proibição, destruíram, entre outros elementos do património cultural do país, duas estátuas gigantes budistas, bastante antigas (cerca de 2000 anos), esculpidas na rocha da região montanhosa de Bamiyan.
Fazia parte do governo dos Talibãs o chamado Ministério do Vício e da Virtude, encarregado se fazer cumprir as leis.
Politicamente mantinham muito poucas relações com outros países, possuíam apenas uma embaixada no Paquistão - único país que reconhecia o governo taliban.
Desde o início da instabilidade política, social e económica que milhares de afegãos procuravam refúgio fora das fronteiras, principalmente no Paquistão. Esta situação agravou-se depois de 11 de setembro de 2001. Nesta data os Estados Unidos da América foram alvo de um ataque terrorista, considerado o maior de sempre. Após investigações levadas a cabo pelo Estado norte-americano, chegou-se à conclusão que o ataque tinha sido organizado por grupos extremistas fundamentalistas islâmicos. O principal suspeito do atentado é Osama Bin Laden, poderoso e rico líder terrorista islâmico, já acusado anteriormente de organizar outros ataques. Bin Laden tem laços familiares com o líder Taliban, para além de se refugiar no Afeganistão e de ajudar o grupo ultrafundamentalista financeira e militarmente. Os Estados Unidos queriam a extradição do líder terrorista, mas os Taliban mostraram-se sempre hesitantes em revelar o seu paradeiro e a expulsá-lo do país. Os norte-americanos ameaçaram invadir o território sob domínio dos Taliban para acabar com a rede terrorista. Cumprida a ameaça, a invasão do território pelos EUA mais as forças militares resistentes do norte do Afeganistão levaram à queda do governo Taliban em inícios de dezembro de 2001.
É um grupo fundamentalista islâmico extremista que tem como líder supremo, Muhammad Omar, o "Mullah". Instituiu uma série de proibições ao povo afegão ameaçando com graves sanções quem não cumprisse com as regras. As punições poderiam ser espancamento, mutilação e morte.
No geral, era proibido cantar, dançar, ouvir música, ver televisão, usar a Internet, tirar fotografias, ler livros não autorizados pelo governo, fazer festas de casamento, fumar, entre outras muitas proibições.
Os homens eram obrigados a usar barba. As mulheres eram as mais atingidas, não podiam ter vida social, tinham de usar o véu "burqa" (que lhes cobria completamente a cabeça - viam através de uma rede - e o corpo) e só podiam sair de casa acompanhadas por um membro masculino da família, uma vez que não estavam autorizadas a falar, nem mesmo com vendedores.
Eram também proibidos ídolos ou outras religiões por serem considerados "anti-islâmicos". Em consequência desta proibição, destruíram, entre outros elementos do património cultural do país, duas estátuas gigantes budistas, bastante antigas (cerca de 2000 anos), esculpidas na rocha da região montanhosa de Bamiyan.
Fazia parte do governo dos Talibãs o chamado Ministério do Vício e da Virtude, encarregado se fazer cumprir as leis.
Politicamente mantinham muito poucas relações com outros países, possuíam apenas uma embaixada no Paquistão - único país que reconhecia o governo taliban.
Desde o início da instabilidade política, social e económica que milhares de afegãos procuravam refúgio fora das fronteiras, principalmente no Paquistão. Esta situação agravou-se depois de 11 de setembro de 2001. Nesta data os Estados Unidos da América foram alvo de um ataque terrorista, considerado o maior de sempre. Após investigações levadas a cabo pelo Estado norte-americano, chegou-se à conclusão que o ataque tinha sido organizado por grupos extremistas fundamentalistas islâmicos. O principal suspeito do atentado é Osama Bin Laden, poderoso e rico líder terrorista islâmico, já acusado anteriormente de organizar outros ataques. Bin Laden tem laços familiares com o líder Taliban, para além de se refugiar no Afeganistão e de ajudar o grupo ultrafundamentalista financeira e militarmente. Os Estados Unidos queriam a extradição do líder terrorista, mas os Taliban mostraram-se sempre hesitantes em revelar o seu paradeiro e a expulsá-lo do país. Os norte-americanos ameaçaram invadir o território sob domínio dos Taliban para acabar com a rede terrorista. Cumprida a ameaça, a invasão do território pelos EUA mais as forças militares resistentes do norte do Afeganistão levaram à queda do governo Taliban em inícios de dezembro de 2001.
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Como referenciar
Porto Editora – Taliban na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-06-09 12:12:05]. Disponível em
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