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tectónica de placas
Na década de 60, as ciências da Terra foram objeto de uma revolução que se pode considerar idêntica às experimentadas pela biologia no século XIX, com a emergência das ideias darwinianas sobre a evolução, e pela física no século XX, com a teoria da relatividade. A revolução geológica correspondeu à elaboração que se revelou unificadora das diferentes disciplinas das ciências da Terra: a tectónica de placas.
Esta teoria que integra a maioria dos dados geofísicos assenta principalmente sobre duas noções: a deriva dos continentes e a expansão dos fundos oceânicos. Esta teoria fez definitivamente com que a comunidade geológica abandonasse as suas posições "fixistas" e optasse pelo conceito de "mobilismo central".
Da mesma maneira que as revoluções darwiniana e einsteiniana não foram fruto de uma investigação totalmente isolada, a teoria da tectónica de placas não é mais que a síntese final de toda uma série de trabalhos precursores, entre os quais são de destacar os de Alfred Wegener, jovem cientista alemão que em 1912 publicou o livro A Viagem dos Continentes e Oceanos, que estabelecia as bases de uma hipótese nova e radical denominada deriva dos continentes. A teoria da deriva continental é em parte semelhante à teoria da tectónica de placas. Dados paleontológicos, paleoclimáticos e geológicos indicam que os continentes estiveram juntos como Wegener os representou na Pangeia e que a partir do período Triásico esse continente se fragmentou.
Só em 1960, com base em novas informações sobre o campo magnético terrestre, se ressuscitou a teoria de Wegener e se reconheceram as suas contribuições. Em 1968, o desenvolvimento do conhecimento sobre o fundo dos oceanos, a atividade sísmica e o campo magnético terrestre permitiram propor uma nova teoria, conhecida como teoria da tectónica de placas.
O conceito de placa tectónica foi proposto em 1967 por D. P. Mckenzie e R. L. Parker, num artigo publicado com o título "The North Pacific: an example of tectonics on a sphere", e por W. J. Morgan no artigo intitulado "Rises, trenches, great faults and crustal blocks". A ideia base é que a litosfera está dividida em placas (atualmente aceita-se a existência de sete grandes placas e outras mais pequenas), sendo o seu limite uma falha que separa uma placa da outra. As placas movem-se na superfície terrestre, cada uma em direção diferente da da placa adjacente. Deslizam lentamente sobre a astenosfera, a uma velocidade de 1 a 18 centímetros por ano.
A tectónica de placas é um ramo da geologia que estuda a deformação estrutural da crosta terrestre, incluindo as suas relações mútuas, a origem e a evolução histórica das suas características.
Quando duas placas se encontram, devido às forças geradas nos seus limites, pode ocorrer a formação de montanhas, fenómenos ativos de vulcanismo e sismos. Ao contrário de que acontece nos limites, as porções interiores das placas são zonas tectonicamente estáveis. Atendendo à maneira como as placas se deslocam umas relativamente às outras, são designadas entre si por: placas divergentes (se se afastam uma da outra), placas convergentes (se se deslocam na direção uma da outra e colidem) e placas transformantes (se se deslocam horizontalmente uma relativamente à outra).
Esta teoria que integra a maioria dos dados geofísicos assenta principalmente sobre duas noções: a deriva dos continentes e a expansão dos fundos oceânicos. Esta teoria fez definitivamente com que a comunidade geológica abandonasse as suas posições "fixistas" e optasse pelo conceito de "mobilismo central".
Da mesma maneira que as revoluções darwiniana e einsteiniana não foram fruto de uma investigação totalmente isolada, a teoria da tectónica de placas não é mais que a síntese final de toda uma série de trabalhos precursores, entre os quais são de destacar os de Alfred Wegener, jovem cientista alemão que em 1912 publicou o livro A Viagem dos Continentes e Oceanos, que estabelecia as bases de uma hipótese nova e radical denominada deriva dos continentes. A teoria da deriva continental é em parte semelhante à teoria da tectónica de placas. Dados paleontológicos, paleoclimáticos e geológicos indicam que os continentes estiveram juntos como Wegener os representou na Pangeia e que a partir do período Triásico esse continente se fragmentou.
O conceito de placa tectónica foi proposto em 1967 por D. P. Mckenzie e R. L. Parker, num artigo publicado com o título "The North Pacific: an example of tectonics on a sphere", e por W. J. Morgan no artigo intitulado "Rises, trenches, great faults and crustal blocks". A ideia base é que a litosfera está dividida em placas (atualmente aceita-se a existência de sete grandes placas e outras mais pequenas), sendo o seu limite uma falha que separa uma placa da outra. As placas movem-se na superfície terrestre, cada uma em direção diferente da da placa adjacente. Deslizam lentamente sobre a astenosfera, a uma velocidade de 1 a 18 centímetros por ano.
A tectónica de placas é um ramo da geologia que estuda a deformação estrutural da crosta terrestre, incluindo as suas relações mútuas, a origem e a evolução histórica das suas características.
Quando duas placas se encontram, devido às forças geradas nos seus limites, pode ocorrer a formação de montanhas, fenómenos ativos de vulcanismo e sismos. Ao contrário de que acontece nos limites, as porções interiores das placas são zonas tectonicamente estáveis. Atendendo à maneira como as placas se deslocam umas relativamente às outras, são designadas entre si por: placas divergentes (se se afastam uma da outra), placas convergentes (se se deslocam na direção uma da outra e colidem) e placas transformantes (se se deslocam horizontalmente uma relativamente à outra).
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Como referenciar
Porto Editora – tectónica de placas na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-06-05 20:30:05]. Disponível em
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