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Uanhenga Xitu
Nome próprio bebido na língua Kimbundu, Uanhenga Xitu é pseudónimo literário de Agostinho André Mendes de Carvalho.
Nasceu no dia 29 de agosto de 1924, na sanzala de Kalomboloca, no Icolo e Bengo, Angola.
Pautando sempre a sua vida pela luta na defesa dos ideais nacionalistas, desde muito novo se confrontou com a perseguição do regime salazarista. Em consequência desta postura ideológica, foi preso, em 1959, pela polícia política do Estado colonial-fascista (PIDE/DGS), acusado de participar em atividades políticas revolucionárias, consideradas subversivas e atentatórias à integridade do regime colonial português. Cumpriu parte desta pena de prisão, no período entre 1962 e 1970, no campo de concentração do Tarrafal, em Cabo Verde.
Colaborou na página cultural do jornal A Província de Angola, página de feição nacionalista.
Depois da Independência, foi eleito membro do Comité Central do MPLA (Movimento Popular para a Libertação de Angola). Foi Comissário Provincial de Luanda, Ministro da Saúde e Embaixador de Angola na ex-República Democrática Alemã.
Interessou-se pela arte da escrita em finais da década de 60, e nos anos 70, ainda na prisão, dedicou-se a escrever, embora a sua obra incida numa experiência vivencial de épocas anteriores, em especial das décadas de 40 e 50.
Com assumidas marcas da oralidade, que se comprovam pelo recurso ao código musical e ao código onomástico, a sua escrita imprime, assim, uma maior intensidade aos textos. Na verdade, detetamos a presença destes dois códigos constitutivos da oralidade, quer em textos cantados (código musical), quer na escolha dos nomes das personagens das suas obras (código onomástico) que nos remete para nomes da língua kimbundu: avô Mbengu, velha Kazola, Kalunga, velha Kifila, avô Matudi, Kunda Nzenza, etc.
Obra com uma forte componente de crítica política e social, dela destacamos dois títulos já publicados depois da independência de Angola e que se assumem como uma sátira ao culto da personalidade e ao comportamento dos políticos: O Ministro e Cultos Especiais.
É um dos Membros fundadores da União de Escritores Angolanos (UEA), da qual foi Presidente da Comissão Diretiva.
Escritor prestigiado em Angola e no estrangeiro, as suas obras encontram-se traduzidas em várias línguas.
Escreveu os seguintes títulos: O Meu Discurso (1974); Mestre Tamoda (1974); Bola com Feitiço (1974); Manana (1974); Vozes na Sanzala (Kahitu) (1976); Mestre Tamoda e outros contos (1977); Maka na Sanzala (1979); Sobreviventes da Máquina Colonial Depõem (1980); Discursos do Mestre Tamoda (1984); O Ministro (1989); Cultos Especiais (1997).
Nasceu no dia 29 de agosto de 1924, na sanzala de Kalomboloca, no Icolo e Bengo, Angola.
Pautando sempre a sua vida pela luta na defesa dos ideais nacionalistas, desde muito novo se confrontou com a perseguição do regime salazarista. Em consequência desta postura ideológica, foi preso, em 1959, pela polícia política do Estado colonial-fascista (PIDE/DGS), acusado de participar em atividades políticas revolucionárias, consideradas subversivas e atentatórias à integridade do regime colonial português. Cumpriu parte desta pena de prisão, no período entre 1962 e 1970, no campo de concentração do Tarrafal, em Cabo Verde.
Colaborou na página cultural do jornal A Província de Angola, página de feição nacionalista.
Depois da Independência, foi eleito membro do Comité Central do MPLA (Movimento Popular para a Libertação de Angola). Foi Comissário Provincial de Luanda, Ministro da Saúde e Embaixador de Angola na ex-República Democrática Alemã.
Interessou-se pela arte da escrita em finais da década de 60, e nos anos 70, ainda na prisão, dedicou-se a escrever, embora a sua obra incida numa experiência vivencial de épocas anteriores, em especial das décadas de 40 e 50.
Com assumidas marcas da oralidade, que se comprovam pelo recurso ao código musical e ao código onomástico, a sua escrita imprime, assim, uma maior intensidade aos textos. Na verdade, detetamos a presença destes dois códigos constitutivos da oralidade, quer em textos cantados (código musical), quer na escolha dos nomes das personagens das suas obras (código onomástico) que nos remete para nomes da língua kimbundu: avô Mbengu, velha Kazola, Kalunga, velha Kifila, avô Matudi, Kunda Nzenza, etc.
Obra com uma forte componente de crítica política e social, dela destacamos dois títulos já publicados depois da independência de Angola e que se assumem como uma sátira ao culto da personalidade e ao comportamento dos políticos: O Ministro e Cultos Especiais.
É um dos Membros fundadores da União de Escritores Angolanos (UEA), da qual foi Presidente da Comissão Diretiva.
Escritor prestigiado em Angola e no estrangeiro, as suas obras encontram-se traduzidas em várias línguas.
Escreveu os seguintes títulos: O Meu Discurso (1974); Mestre Tamoda (1974); Bola com Feitiço (1974); Manana (1974); Vozes na Sanzala (Kahitu) (1976); Mestre Tamoda e outros contos (1977); Maka na Sanzala (1979); Sobreviventes da Máquina Colonial Depõem (1980); Discursos do Mestre Tamoda (1984); O Ministro (1989); Cultos Especiais (1997).
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Como referenciar
Porto Editora – Uanhenga Xitu na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-02-06 21:44:11]. Disponível em
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