Vespa Piaggio
Esta máquina foi desenhada em 1945 por Corradine D'Ascanio, um engenheiro aeronáutico, sob encomenda de Enrico Piaggio, dono de uma fábrica de motos em Pontedera. O objetivo era conseguir um veículo muito simples e fácil de usar e simultaneamente de baixo custo.
Retomando algumas das soluções próprias das scooters mais antigas, desenvolvidas desde 1916, aliaram a um sistema mecânico básico uma manobrabilidade e conforto de condução pouco comuns nos veículos de duas rodas. Tinham geralmente a forma de trotinetes motorizadas, articuladas para permitirem um fácil arrumo.
As scooters tinham conhecido uma ampla utilização durante a guerra, tendo sido criados modelos articulados que podiam ser lançados em paraquedas. O revolucionário motociclo desenhado por D'Ascanio e lançado no mercado em 1946 apresentou inúmeras inovações relativamente às scooters anteriores. Constituída por um núcleo principal formado por um assento e pelo apoio dos pés e por um sistema frontal articulado, contendo o eixo da roda e uma chapa ligeiramente curva que protegia o condutor, acomodava o motor sob o banco, junto à roda traseira.
A posição de condução sentada era bastante confortável e permitia uma utilização indiferenciada por homens ou por mulheres. As roda de reduzido diâmetro limitavam um pouco as performances do veículo mas imprimiam-lhe maior segurança e robustez. Um motor de dois tempos e de 98 centímetros cúbicos admitia uma velocidade máxima de 60 kilómetros horários.
A qualidade do seu projeto original assim como a relevância das premissas conceptuais e funcionais garantiram a esta máquina uma longevidade notável.
Um ano depois do lançamento do primeiro modelo de Vespa foi produzida a primeira scooter pela empresa que se transformará na sua principal concorrente italiana, a Lambretta. Este motociclo adotou as principais caraterísticas técnicas e formais da sua rival de 1946.
O sucesso destes veículos estava no seu baixo preço, na economia do funcionamento e da manutenção e na flexibilidade de utilização. Adaptou-se perfeitamente às necessidades das classes operárias europeias saídas da Segunda Guerra Mundial e ainda com pouco poder de compra para poder aspirar à posse de um automóvel.
A Vespa evoluiu consideravelmente desde 1946 e conheceu o seu auge nos anos 50 e 60, altura em que se assumiu como um meio de transporte simultanemante de trabalho e de lazer. A Vespa GS, de 1955, constituiu um aperfeiçoamento do motociclo original, tornando-se no modelo mais conhecido e no protótipo para as posteriores scooters desta marca. Possuia um peso de 110 kilos e uma velocidade máxima de 100 kilómetros por hora, o que lhe imprimia uma grande versatilidade de uso. Nesta altura a sua produção internacionalizou-se, sendo fabricada em quase todos os países europeus e, posteriormente, em alguns países asiáticos, o que a tornou num dos mais divulgados e comercializados veículos de duas rodas de sempre.
A Vespa, tal como o revelaram muitos dos filmes da escocla neorrealista italiana, significou não só uma forma de vida para uma geração mas tornou-se um dos mais marcantes representantes da reconstrução europeia nos pós-guerra, símbolo também da cultura italiana e da sua capacidade para desenvolver objetos industriais dotados de um design de alta qualidade.
Retomando algumas das soluções próprias das scooters mais antigas, desenvolvidas desde 1916, aliaram a um sistema mecânico básico uma manobrabilidade e conforto de condução pouco comuns nos veículos de duas rodas. Tinham geralmente a forma de trotinetes motorizadas, articuladas para permitirem um fácil arrumo.
As scooters tinham conhecido uma ampla utilização durante a guerra, tendo sido criados modelos articulados que podiam ser lançados em paraquedas. O revolucionário motociclo desenhado por D'Ascanio e lançado no mercado em 1946 apresentou inúmeras inovações relativamente às scooters anteriores. Constituída por um núcleo principal formado por um assento e pelo apoio dos pés e por um sistema frontal articulado, contendo o eixo da roda e uma chapa ligeiramente curva que protegia o condutor, acomodava o motor sob o banco, junto à roda traseira.
A posição de condução sentada era bastante confortável e permitia uma utilização indiferenciada por homens ou por mulheres. As roda de reduzido diâmetro limitavam um pouco as performances do veículo mas imprimiam-lhe maior segurança e robustez. Um motor de dois tempos e de 98 centímetros cúbicos admitia uma velocidade máxima de 60 kilómetros horários.
A qualidade do seu projeto original assim como a relevância das premissas conceptuais e funcionais garantiram a esta máquina uma longevidade notável.
Um ano depois do lançamento do primeiro modelo de Vespa foi produzida a primeira scooter pela empresa que se transformará na sua principal concorrente italiana, a Lambretta. Este motociclo adotou as principais caraterísticas técnicas e formais da sua rival de 1946.
O sucesso destes veículos estava no seu baixo preço, na economia do funcionamento e da manutenção e na flexibilidade de utilização. Adaptou-se perfeitamente às necessidades das classes operárias europeias saídas da Segunda Guerra Mundial e ainda com pouco poder de compra para poder aspirar à posse de um automóvel.
A Vespa evoluiu consideravelmente desde 1946 e conheceu o seu auge nos anos 50 e 60, altura em que se assumiu como um meio de transporte simultanemante de trabalho e de lazer. A Vespa GS, de 1955, constituiu um aperfeiçoamento do motociclo original, tornando-se no modelo mais conhecido e no protótipo para as posteriores scooters desta marca. Possuia um peso de 110 kilos e uma velocidade máxima de 100 kilómetros por hora, o que lhe imprimia uma grande versatilidade de uso. Nesta altura a sua produção internacionalizou-se, sendo fabricada em quase todos os países europeus e, posteriormente, em alguns países asiáticos, o que a tornou num dos mais divulgados e comercializados veículos de duas rodas de sempre.
A Vespa, tal como o revelaram muitos dos filmes da escocla neorrealista italiana, significou não só uma forma de vida para uma geração mas tornou-se um dos mais marcantes representantes da reconstrução europeia nos pós-guerra, símbolo também da cultura italiana e da sua capacidade para desenvolver objetos industriais dotados de um design de alta qualidade.
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Como referenciar
Porto Editora – Vespa Piaggio na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-01-28 01:00:01]. Disponível em
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