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Vila Balzac
A Vila Balzac, "na solidão da Penha de França", "logo adiante do largo da Graça", em Lisboa, é o retiro de Ega, uma das personagens de Os Maias de Eça de Queirós. Como indicara Ega a Carlos da Maia, a Vila Balzac era "um chalezinho retirado, fresco, assombreado, sorrindo entre árvores. Passava se primeiro a Cruz dos Quatro Caminhos; depois penetrava se numa vereda larga, entre quintais, descendo pelo pendor da colina, mas acessível a carruagens; e aí, num recanto, ladeada de muros, aparecia enfim uma casota de paredes enxovalhadas, com dois degraus de pedra à porta e transparentes novos de um escarlate estridente."
Ega instalara-se na Vila Balzac para ter um lugar "favorável ao estudo, às horas de arte e de ideal". E "dera lhe esta denominação literária" pela admiração que tinha pelo autor de A Comédia Humana, o escritor realista Balzac "seu padroeiro".
Nesta habitação de Ega destaca-se o quarto de cama que "parecia ser o motivo, o centro da Vila Balzac", onde ele "esgotara a imaginação artística". No quarto, predominava o vermelho, o leito parecia que "enchia, esmagava tudo" e "um largo cortinado de seda da Índia avermelhada envolvia o num aparato de tabernáculo". Era o espaço dos encontros amorosos de Ega com Raquel Cohen.
Por oposição a este quarto, a sala surge sóbria, "quase nua" "como compete àquele que se alimenta de uma côdea de Ideal e duas garfadas de Filosofia", nas palavras do próprio Ega.
A sala mostra o lado intelectual e realista da personagem, que contrasta com a sua dimensão boémia, romântica e sensual sugerida pelo quarto.
Ega instalara-se na Vila Balzac para ter um lugar "favorável ao estudo, às horas de arte e de ideal". E "dera lhe esta denominação literária" pela admiração que tinha pelo autor de A Comédia Humana, o escritor realista Balzac "seu padroeiro".
Nesta habitação de Ega destaca-se o quarto de cama que "parecia ser o motivo, o centro da Vila Balzac", onde ele "esgotara a imaginação artística". No quarto, predominava o vermelho, o leito parecia que "enchia, esmagava tudo" e "um largo cortinado de seda da Índia avermelhada envolvia o num aparato de tabernáculo". Era o espaço dos encontros amorosos de Ega com Raquel Cohen.
Por oposição a este quarto, a sala surge sóbria, "quase nua" "como compete àquele que se alimenta de uma côdea de Ideal e duas garfadas de Filosofia", nas palavras do próprio Ega.
A sala mostra o lado intelectual e realista da personagem, que contrasta com a sua dimensão boémia, romântica e sensual sugerida pelo quarto.
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Como referenciar
Porto Editora – Vila Balzac na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-03-28 16:45:41]. Disponível em
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