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Vila de Rei
Aspetos Geográficos
O concelho de Vila de Rei, do distrito de Castelo Branco, localiza-se na Região Centro (NUT II), no Pinhal Interior Sul (NUT III). Ocupa uma área de 191,3 km2 e abrange três freguesias: Fundada, S. João de Peso e Vila de Rei.
O concelho encontra-se no centro geográfico de Portugal continental, limitado a este, a sul e a oeste pelo concelho de Mação (distrito de Santarém) e a norte por Sertã.
O concelho apresentava, em 2005, um total de 3240 habitantes.
O natural ou habitante de Vila de Rei denomina-se vila-regense.
Possui um clima mediterrânico, com influências continentais, sendo os verões bastante quentes, com temperaturas que rondam os 30 °C e os invernos consideravelmente frios, registando-se uma elevada amplitude térmica anual.
Dos recursos hídricos o de maior importância é o rio Zêzere, que nasce na serra da Estrela e é considerado o segundo maior rio que nasce em território português (200 km de percurso).
O edificado estende-se por uma área de relevo bastante acidentado, sendo de referenciar a serra da Melriça, com 593 m de altitude, onde se encontra o picoto que marca o centro geodésico de Portugal.
História e Monumentos
O território do concelho começou a ser povoado nos primeiros séculos após a fundação da nacionalidade, muito provavelmente ainda no século XII.
A designação tem sido relacionada com o foral que lhe foi concedido por D. Dinis. Contudo, parece que já na altura teria a designação atual, sendo proválvel a existência de uma povoação já nos inícios da nacionalidade, a qual seria Villa de Rei.
Foi-lhe outorgado foral a 19 de setembro de 1285, por D. Dinis, e em 1513 recebeu novo foral por D. Manuel.
No século XIV, a Ordem dos Templários e a Ordem de Cristo povoaram, defenderam e desenvolveram o território.
Segundo o arrolamento paroquial efetuado entre 1320-1321 em todo o país, Vila de Rei era proprietária de uma igreja de grande peso económico.
Entre 1895 e 1898, o concelho foi extinto, na sequência de uma reforma administrativa, mas viria a ser restaurado na sequência de uma contrarreforma.
No início do século XIX, o desenvolvimento do concelho foi lento, motivado pelo isolamento da sua localização geográfica e pela destruição causada pelas Invasões Francesas, de modo que, até finais dos anos 80 do século XX, se deu um decréscimo da população, devido ao progressivo envelhecimento e à corrente emigratória.
Em 1986 deu-se um grande incêndio florestal que contribuiu em muito para o abandono do concelho, dado que uma considerável percentagem da sua população vivia dos produtos florestais ou trabalhava em serrações, na extração de resinas e atividades afins.
A nível do património arquitetónico, destacam-se as pegadas humanas localizadas entre os lugares de Ribeiros e Amêndoa, um caminho de quartzite, que possui pegadas humanas impressas quando a rocha não teria ainda endurecido, a igreja paroquial que, pela importância que tinha ainda no século XVIII, foi doada, em 1744, ao infante D. Pedro, como grão-prior do Crato, e a Capela da Misericórdia.
Tradições, Lendas e Curiosidades
São diversas as manifestações populares e culturais do concelho, sendo de destacar: a festa de S. Martinho; a festa de Santa Margarida, no quarto domingo de agosto; a festa da Associação, em julho; a de S. João, no terceiro domingo de agosto; e a festa do Coração de Jesus, em junho.
No artesanato, são típicas as peças de tecelagem, de ferraria, de cestaria de vime e calçado.
Como curiosidade, de referir que ainda antes de D. Dinis ter atribuído foral a Vila de Rei a população já teria esta designação, iniciando a existência de uma villa agrária povoada nos inícios da nacionalidade, denominada Villa de Rei.
Economia
No concelho predomina o setor terciário (cerca de 50% do total de empresas sediadas no concelho). Este setor é o de maior importância na vila e sede do concelho.
O setor secundário abrange 37,8% do total das empresas sediadas no concelho. As indústrias de maior importância são as de transformação de madeiras, carpintaria, serralharia civil e de carnes.
O setor primário, apesar de ser o de menor importância no concelho, apresenta uma importância significativa a nível distrital e nacional.
A atividade agrícola estende-se por uma área de 694 ha, sendo as principais culturas o olival, a horta familiar, os prados temporários, culturas forrageiras, vinha e cereais para grão.
Na pecuária, destaca-se a criação de aves, nomeadamente galinhas poedeiras e reprodutoras, de caprinos e de suínos.
Uma das principais espécies florestais é o pinheiro.
O concelho de Vila de Rei, do distrito de Castelo Branco, localiza-se na Região Centro (NUT II), no Pinhal Interior Sul (NUT III). Ocupa uma área de 191,3 km2 e abrange três freguesias: Fundada, S. João de Peso e Vila de Rei.
O concelho encontra-se no centro geográfico de Portugal continental, limitado a este, a sul e a oeste pelo concelho de Mação (distrito de Santarém) e a norte por Sertã.
O natural ou habitante de Vila de Rei denomina-se vila-regense.
Possui um clima mediterrânico, com influências continentais, sendo os verões bastante quentes, com temperaturas que rondam os 30 °C e os invernos consideravelmente frios, registando-se uma elevada amplitude térmica anual.
Dos recursos hídricos o de maior importância é o rio Zêzere, que nasce na serra da Estrela e é considerado o segundo maior rio que nasce em território português (200 km de percurso).
O edificado estende-se por uma área de relevo bastante acidentado, sendo de referenciar a serra da Melriça, com 593 m de altitude, onde se encontra o picoto que marca o centro geodésico de Portugal.
História e Monumentos
O território do concelho começou a ser povoado nos primeiros séculos após a fundação da nacionalidade, muito provavelmente ainda no século XII.
A designação tem sido relacionada com o foral que lhe foi concedido por D. Dinis. Contudo, parece que já na altura teria a designação atual, sendo proválvel a existência de uma povoação já nos inícios da nacionalidade, a qual seria Villa de Rei.
Foi-lhe outorgado foral a 19 de setembro de 1285, por D. Dinis, e em 1513 recebeu novo foral por D. Manuel.
No século XIV, a Ordem dos Templários e a Ordem de Cristo povoaram, defenderam e desenvolveram o território.
Segundo o arrolamento paroquial efetuado entre 1320-1321 em todo o país, Vila de Rei era proprietária de uma igreja de grande peso económico.
Entre 1895 e 1898, o concelho foi extinto, na sequência de uma reforma administrativa, mas viria a ser restaurado na sequência de uma contrarreforma.
No início do século XIX, o desenvolvimento do concelho foi lento, motivado pelo isolamento da sua localização geográfica e pela destruição causada pelas Invasões Francesas, de modo que, até finais dos anos 80 do século XX, se deu um decréscimo da população, devido ao progressivo envelhecimento e à corrente emigratória.
Em 1986 deu-se um grande incêndio florestal que contribuiu em muito para o abandono do concelho, dado que uma considerável percentagem da sua população vivia dos produtos florestais ou trabalhava em serrações, na extração de resinas e atividades afins.
A nível do património arquitetónico, destacam-se as pegadas humanas localizadas entre os lugares de Ribeiros e Amêndoa, um caminho de quartzite, que possui pegadas humanas impressas quando a rocha não teria ainda endurecido, a igreja paroquial que, pela importância que tinha ainda no século XVIII, foi doada, em 1744, ao infante D. Pedro, como grão-prior do Crato, e a Capela da Misericórdia.
Tradições, Lendas e Curiosidades
São diversas as manifestações populares e culturais do concelho, sendo de destacar: a festa de S. Martinho; a festa de Santa Margarida, no quarto domingo de agosto; a festa da Associação, em julho; a de S. João, no terceiro domingo de agosto; e a festa do Coração de Jesus, em junho.
No artesanato, são típicas as peças de tecelagem, de ferraria, de cestaria de vime e calçado.
Como curiosidade, de referir que ainda antes de D. Dinis ter atribuído foral a Vila de Rei a população já teria esta designação, iniciando a existência de uma villa agrária povoada nos inícios da nacionalidade, denominada Villa de Rei.
Economia
No concelho predomina o setor terciário (cerca de 50% do total de empresas sediadas no concelho). Este setor é o de maior importância na vila e sede do concelho.
O setor secundário abrange 37,8% do total das empresas sediadas no concelho. As indústrias de maior importância são as de transformação de madeiras, carpintaria, serralharia civil e de carnes.
O setor primário, apesar de ser o de menor importância no concelho, apresenta uma importância significativa a nível distrital e nacional.
A atividade agrícola estende-se por uma área de 694 ha, sendo as principais culturas o olival, a horta familiar, os prados temporários, culturas forrageiras, vinha e cereais para grão.
Na pecuária, destaca-se a criação de aves, nomeadamente galinhas poedeiras e reprodutoras, de caprinos e de suínos.
Uma das principais espécies florestais é o pinheiro.
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Como referenciar
Porto Editora – Vila de Rei na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-09-30 04:38:49]. Disponível em
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