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Wilhelm Reich

Médico e psicanalista austríaco, Wilhelm Reich nasceu em 1897, em Dobrzcynica, Galícia austríaca, e começou por ser, no início da sua carreira, discípulo de Freud. Contudo, progressivamente, foi-se afastando das ideias do seu mestre e criando a sua própria teoria. Entre outros aspetos, Reich recusava a pulsão de morte freudiana, advogando que a sua aceitação significava o abandono do conceito central da psicanálise - a sexualidade. Por outro lado, não concordava com a universalidade do complexo de Édipo. Considerava também que o recalcamento e a sublimação apenas serviam para manter o sistema capitalista e que a repressão não era indispensável para o desenvolvimento da vida social.
Para Reich, a neurose decorria da transformação fisiológica da sexualidade
e a saúde psíquica dependia da potência orgástica. Noutros termos, a descarga sexual incompleta e o consequente bloqueio da energia que não foi libertada, tornar-se-ia, segundo Reich, perniciosa, e estaria na origem das neuroses, independentemente das características psíquicas e mentais do sujeito. Daí a função fundamental e insubstituível do orgasmo.
Deste modo, Reich sustentava que o objetivo central da terapia psicanalítica consistia em desbloquear, libertar, a função orgástica do neurótico, através das interpretações do inconsciente e da redução das resistências. Dito de outro modo, para Reich os indivíduos apresentavam couraças caracterológicas que se destinavam a impedir a irrupção da ansiedade neurótica criadas pelas tensões sexuais não libertadas. Reich defendia que o analista deveria atacar esta couraça, e, nos casos em que esta fosse demasiadamente rígida e persistente, ele deveria ajudar o paciente a relaxar determinados conjuntos de músculos estratégicos, de modo a possibilitar que este assimilasse e dominasse as emoções que se libertavam.
Reich não limitou as suas teorias à terapia individual e pretendeu alargar as suas ideias à sociedade em geral. Acusava a família autoritária de estar na origem destas couraças caracterológicas e incitava os jovens a lutar contra a família em particular e a sociedade em geral. Noutros termos, segundo Reich, as instituições educativas e a família contribuíam para a manutenção do sistema e moldavam as gerações mais novas. Neste sentido, cabia aos jovens rebelarem-se para destruir o autoritarismo da família e da sociedade.
Estas e outras teorias provocaram divergências profundas com o partido comunista e com a psicanálise, levando muitos autores a afirmarem que Reich se tornara demasiadamente pan-sexualista. Como consequências das suas ideias radicais, Reich foi expulso do partido comunista alemão em 1933, e da Associação Internacional de Psicanálise no ano seguinte, acabando por criar a sua própria organização para poder propagar as suas ideias.
Reich defendeu ainda a existência da energia orgone, que mais tarde se chamaria energia vital cósmica, cuja estagnação no organismo seria responsável por problemas psíquicos e mesmo físicos e somáticos, tais como o cancro. Em 1940, depois de ter emigrado para os Estados Unidos em virtude das perseguições nazis, construiu o acumulador de energia orgone, que supostamente absorvia a energia que podia posteriormente ser dirigida para os indivíduos doentes, dando-lhes energia e corrigindo anomalias. A partir desta ideia, fundou o Instituto Orgone e cria o Orgonon, a casa do acumulador. Contudo, o governo dos Estados Unidos interveio e proibiu a venda de acumuladores, bem como obrigou Reich a retirar os livros de circulação. Reich não acatou as ordens do tribunal e foi preso em 11 de março de 1957. Cada vez mais isolado do mundo e de todos, vítima, segundo ele, de uma conspiração mundial, sofreu um ataque do coração na prisão em Lewisburg, Pensilvania, EUA, e morreu a 3 de novembro de 1957.
Obras principais:
(1927) 1948, The Discovery of the Orgone (1.ª edição: Die Funktion des Orgasmus)
(1930) 1945, The Sexual Revolution (Die Sexualität im Kulturkampf)
1932, Der Sexuelle kampf der Jugend
(1933-35) 1961, Character-analysis
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Como referenciar
Porto Editora – Wilhelm Reich na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-09-26 09:01:39]. Disponível em
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