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XIII
XIII é um personagem de banda desenhada (BD), criado por Jean Van Hamme (argumento) e William Vance (desenho), tendo aparecido na revista Spirou em 7 de junho de 1984.
É o mais enigmático herói da BD europeia: sofre de amnésia e reconstitui a pouco e pouco o seu passado e o da sua família, repletos de surpresas. Ao descobrir um passado de que nada recorda, ficamos a conhecer um pouco mais da história deste errante solitário, mas também a história mais recente de uma grande nação, os Estados Unidos da América (EUA), envolvendo a imigração irlandesa, as relações da máfia, o país rural, a "caça às bruxas" ou o poderio do complexo industrial-militar e das grandes multinacionais. Mas nem sempre XIII está só: o general Ben Carrington, a tenente Jones, o coronel Amos, Betty Barnowsky, Armand de Préseau e Sean Mullway, entre outros, vão-se revelar preciosos e fiéis aliados.
A série é uma bem urdida teia que compreende na sua génese um complot para assassinar o presidente dos EUA e colocar a extrema direita na liderança do mais poderoso país do Mundo. Neste verdadeiro "golpe de estado", participam vinte personalidades identificadas por um número romano tatuado na clavícula. O operacional do crime, o atirador de elite a quem foi confiada a missão de abater o presidente, o capitão Steve Rowland, é um herói de guerra, ostentando o número XIII. Uma vez concluída a sua missão com êxito, tornou-se no homem mais procurado dos EUA, tanto pela investigação oficial como pelos mandantes do atentado, que querem eliminar todos os vestígios. Vendo que o seu destino imediato é a morte, confessa tudo à sua esposa, Kim Carrington, o elemento número XVII da conspiração, que na realidade é uma agente infiltrada nos círculos da extrema direita. Rowland acaba por falecer mas, meses mais tarde, aparece misteriosamente numa praia, em risco de vida, com um ferimento na cabeça que o deixou amnésico. Depois de se restabelecer, descobre com horror que é um assassino procurado ao mais alto nível, pois ele é o assassino do presidente dos EUA.
Este enredo bem próximo do consagrado filme JFK, de Oliver Stone, tem-se tornado numa série de culto. À medida que evolui torna-se cada vez mais complexa, quando tudo se parecia encaminhar para a verdade final.
Jean Van Hamme é um dos mais talentosos e imaginativos argumentistas da BD europeia, tendo-se inspirado no romance de Robert Ludlum, La mémoire dans la peau. A sua associação a William Vance, consagrado autor realista de traço nervoso, veio na sequência do fim abrupto de Bruno Brazil. Uma vez que não era possível continuar essa série, decidiram criar uma nova personagem, também em ambiente policial e localizada nos EUA.
Depois de os três primeiros episódios terem sido publicados na revista Spirou (1984-1986), XIII apareceu na revista Hello Bédé (1990 e 1992) e nos conceituados jornais quotidianos France-Soir (1987-1995) e Libération (1997), para além de outros periódicos franceses e belgas.
A Dargaud tem vindo a editar os álbuns de XIII com enorme sucesso. Inicialmente foram treze mil exemplares lançados do primeiro álbum, mas poucos anos depois cada novo título atingiu números na ordem das centenas de milhar de exemplares, com o auxílio de várias operações promocionais (publicidade, ofertas, concursos...). Para além de edições publicitárias de diferentes empresas, XIII encontra-se editado numa coleção condensada a preto e branco (da Niffle-Cohen, 1997-1999), existem diferentes edições especiais (de luxo) e está ainda presente em vários países.
O material derivado, nomeadamente pósters, gravuras, camisolas, agendas, jogos multimédia, CD áudio ou estatuetas, é muito diversificado e bastante procurado pelos fãs incondicionais.
Em Portugal XIII apareceu apenas em novembro de 1988, na revista Seleções BD (I série), com a publicação da história inaugural, que voltou a ser publicada no jornal Público, suplemento "Júnior", em 1990, onde também surgiram o segundo e o terceiro episódios. A Meribérica/Liber tem vido a editar os álbuns a um ritmo muito espaçado, desde 1989.
É o mais enigmático herói da BD europeia: sofre de amnésia e reconstitui a pouco e pouco o seu passado e o da sua família, repletos de surpresas. Ao descobrir um passado de que nada recorda, ficamos a conhecer um pouco mais da história deste errante solitário, mas também a história mais recente de uma grande nação, os Estados Unidos da América (EUA), envolvendo a imigração irlandesa, as relações da máfia, o país rural, a "caça às bruxas" ou o poderio do complexo industrial-militar e das grandes multinacionais. Mas nem sempre XIII está só: o general Ben Carrington, a tenente Jones, o coronel Amos, Betty Barnowsky, Armand de Préseau e Sean Mullway, entre outros, vão-se revelar preciosos e fiéis aliados.
A série é uma bem urdida teia que compreende na sua génese um complot para assassinar o presidente dos EUA e colocar a extrema direita na liderança do mais poderoso país do Mundo. Neste verdadeiro "golpe de estado", participam vinte personalidades identificadas por um número romano tatuado na clavícula. O operacional do crime, o atirador de elite a quem foi confiada a missão de abater o presidente, o capitão Steve Rowland, é um herói de guerra, ostentando o número XIII. Uma vez concluída a sua missão com êxito, tornou-se no homem mais procurado dos EUA, tanto pela investigação oficial como pelos mandantes do atentado, que querem eliminar todos os vestígios. Vendo que o seu destino imediato é a morte, confessa tudo à sua esposa, Kim Carrington, o elemento número XVII da conspiração, que na realidade é uma agente infiltrada nos círculos da extrema direita. Rowland acaba por falecer mas, meses mais tarde, aparece misteriosamente numa praia, em risco de vida, com um ferimento na cabeça que o deixou amnésico. Depois de se restabelecer, descobre com horror que é um assassino procurado ao mais alto nível, pois ele é o assassino do presidente dos EUA.
Este enredo bem próximo do consagrado filme JFK, de Oliver Stone, tem-se tornado numa série de culto. À medida que evolui torna-se cada vez mais complexa, quando tudo se parecia encaminhar para a verdade final.
Jean Van Hamme é um dos mais talentosos e imaginativos argumentistas da BD europeia, tendo-se inspirado no romance de Robert Ludlum, La mémoire dans la peau. A sua associação a William Vance, consagrado autor realista de traço nervoso, veio na sequência do fim abrupto de Bruno Brazil. Uma vez que não era possível continuar essa série, decidiram criar uma nova personagem, também em ambiente policial e localizada nos EUA.
Depois de os três primeiros episódios terem sido publicados na revista Spirou (1984-1986), XIII apareceu na revista Hello Bédé (1990 e 1992) e nos conceituados jornais quotidianos France-Soir (1987-1995) e Libération (1997), para além de outros periódicos franceses e belgas.
A Dargaud tem vindo a editar os álbuns de XIII com enorme sucesso. Inicialmente foram treze mil exemplares lançados do primeiro álbum, mas poucos anos depois cada novo título atingiu números na ordem das centenas de milhar de exemplares, com o auxílio de várias operações promocionais (publicidade, ofertas, concursos...). Para além de edições publicitárias de diferentes empresas, XIII encontra-se editado numa coleção condensada a preto e branco (da Niffle-Cohen, 1997-1999), existem diferentes edições especiais (de luxo) e está ainda presente em vários países.
O material derivado, nomeadamente pósters, gravuras, camisolas, agendas, jogos multimédia, CD áudio ou estatuetas, é muito diversificado e bastante procurado pelos fãs incondicionais.
Em Portugal XIII apareceu apenas em novembro de 1988, na revista Seleções BD (I série), com a publicação da história inaugural, que voltou a ser publicada no jornal Público, suplemento "Júnior", em 1990, onde também surgiram o segundo e o terceiro episódios. A Meribérica/Liber tem vido a editar os álbuns a um ritmo muito espaçado, desde 1989.
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Como referenciar
Porto Editora – XIII na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-10-01 10:59:22]. Disponível em
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