A Morte de D. João
Poema de Guerra Junqueiro, de 1874, dedicado à memória de Alexandre Herculano, que aborda o tema do don-juanismo e da sua responsabilidade na corrupção dos costumes, manifesta na literatura dissoluta do romantismo. D. João, o protagonista, segundo o próprio autor, "resume em si tudo o que há de doentio na sociedade moderna: o idealismo, o tédio, as nevroses, a indiferença, a dúvida, os paradoxos, a falta de carácter", "anda nos cafés, nos boulevards, nos teatros, na literatura, nas igrejas e nas consciências". A intenção de justiça social subjaz ao desfecho, em que D. João morre de fome, por nada saber fazer, e coberto de pústulas.
O livro foi recebido com escândalo, tendo-se o autor visto na necessidade de defender o poema, no prefácio à segunda edição, das acusações de obscenidade e imoralidade, explanando a sua conceção de poesia como "verdade transformada em sentimento". Uma parte da crítica, contudo, aplaudiu o poema de Junqueiro. Oliveira Martins (num artigo publicado em Artes e Letras) considerou-o o símbolo da morte da "literatura doente", um testemunho da "revolução moral do nosso tempo", contra "a musa dos lakistas", "a musa dos lamartinianos", "a musa dos poetas líricos".
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