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ablativo
Função sintática, desempenhada por uma palavra ou por um sintagma nominal, correspondente a um complemento circunstancial dependente ou não do verbo. O ablativo exprime circunstâncias de lugar, tempo, modo, instrumento, causa, condição, etc.
Em línguas com flexão casual (como o latim, o grego, o alemão moderno, etc.), o ablativo é morfologicamente traduzido por uma terminação ou desinência específica, que o distingue dos outros casos.
Em latim, por exemplo, a cada uma das cinco declinações existentes correspondiam seis formas de ablativo, distribuídas por género (masculino, feminino e neutro) e número (singular e plural). Assim, por exemplo, o adjetivo <sagrado> possuía as seguintes formas de ablativo (a negrito): <sacro> (m.sing.), <sacra> (f. sing.), <sacra> (neutro sing.), <sacris> (m. pl.), <sacris> (f. pl.) e <sacris> (neutro, pl.).
Estas terminações permitem a mobilidade da palavra na frase, uma vez que a função sintática de complemento circunstancial fica sempre assegurada pela morfologia da palavra, como se pode observar na frase seguinte: <senes in comoediis [compl. circunst.] avari sunt> (os velhos são avaros, nas comédias).
Na passagem para o português, este caso foi substituído por sintagmas preposicionais, cujas preposições se especializaram na expressão de certas circunstâncias (ex: <por> para a expressão da causa, <em> para a expressão do lugar).
Em línguas com flexão casual (como o latim, o grego, o alemão moderno, etc.), o ablativo é morfologicamente traduzido por uma terminação ou desinência específica, que o distingue dos outros casos.
Em latim, por exemplo, a cada uma das cinco declinações existentes correspondiam seis formas de ablativo, distribuídas por género (masculino, feminino e neutro) e número (singular e plural). Assim, por exemplo, o adjetivo <sagrado> possuía as seguintes formas de ablativo (a negrito): <sacro> (m.sing.), <sacra> (f. sing.), <sacra> (neutro sing.), <sacris> (m. pl.), <sacris> (f. pl.) e <sacris> (neutro, pl.).
Estas terminações permitem a mobilidade da palavra na frase, uma vez que a função sintática de complemento circunstancial fica sempre assegurada pela morfologia da palavra, como se pode observar na frase seguinte: <senes in comoediis [compl. circunst.] avari sunt> (os velhos são avaros, nas comédias).
Na passagem para o português, este caso foi substituído por sintagmas preposicionais, cujas preposições se especializaram na expressão de certas circunstâncias (ex: <por> para a expressão da causa, <em> para a expressão do lugar).
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Como referenciar
Porto Editora – ablativo na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-06 17:36:44]. Disponível em
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Porto Editora – ablativo na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-06 17:36:44]. Disponível em