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Adamo
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Cantor ítalo-belga, Salvatore Adamo nasceu a 31 de outubro de 1943, na Sicília, em Itália. Estudante brilhante, o jovem Adamo livrou-se do destino de muitos imigrantes italianos na Bélgica: as minas de carvão. Tendo chegado à Bélgica com apenas três anos, Adamo concentrou as suas atenções nas atividades académicas e nos estudos musicais.
É no decorrer dos anos 50 que Adamo começa a revelar os seus dotes e a sua paixão pelo canto, apresentando-se em diversos concursos locais. Em 1959, participa num desses eventos, patrocinado pela Radio Luxembourg, realizado no Teatro Real de Mons, perto da casa do cantor.

A composição "Si j'osais", de sua autoria, haveria de chamar a atenção do júri e levar o jovem cantor à vitória nessa edição do festival. A canção passaria nas rádios belgas durante os primeiros dias de 1960, motivando o interesse das editoras em lançar o primeiro longa duração de Adamo. Esse 45 rotações teria um êxito muito limitado. Isso desencorajou Adamo e, não fosse a pertinácia de seu pai, o cantor teria desistido da carreira musical. A família parte para Paris e Antonio Adamo, o pai do cantor, enceta diversos contactos com salas de espetáculo e editoras francesas. Quatro edições discográficas depois, Adamo consegue o seu primeiro sucesso no ano de 1963. "Sans toi, ma mie" era um tema romântico e assaz clássico, nos antípodas do yé-yé reinante, do rock americano e da música de variedades francófona. O furor foi imediato. A partir daqui, o ritmo da carreira do cantor tornou-se vertiginoso. Aos 20 anos, o cantor já fazia as primeiras partes de concertos de Cliff Richard no celebérrimo Olympia de Paris. Um ano mais tarde, Adamo volta à sala parisiense, agora como cabeça de cartaz e conhece um serão triunfal a 12 de janeiro de 1965. Os seus discos vendem aos milhares, contando com as composições do próprio Adamo que lhe valeram a imagem de vedeta da cena music-hall: "Tombe la neige" (1963), "Vous permettez Monsieur" (1964), "Les filles du bord de mer" e "Mes mains sur tes hanches" (ambas de 1965).

A partir daqui, a imagem de Adamo ganha projeção internacional e o cantor parte em digressões no estrangeiro com um sucesso sem precedentes, sobretudo no Japão. Como resultado das inúmeras viagens do cantor, sucedem-se as edições discográficas noutras línguas, nomeadamente o inglês, o espanhol, o italiano, o alemão e o holandês.

Em 1967, a propósito da guerra dos Seis Dias entre Israel e o Egito, Adamo escreve "Inch'Allah", uma canção que se afastou do formato romântico típico do cantor. Essa tendência contemplativa e crítica viria a ser sublinhada mais tarde na carreira de Adamo. Em 1969, o cantor casa com Nicole. Incansável, Adamo viaja constantemente para divulgar a sua música nas mais diversas paragens o que lhe permite esgotar algumas das mais célebres salas de espetáculos no mundo, como o Carnegie Hall, em Nova Iorque. Durante os anos 70, o músico junta-se a outro tipo de trabalhos, nomeadamente como produtor e parece afastar-se um pouco da ribalta. Contudo, a cadência do seu trabalho não diminuiu.

Em 1983, esgota pela décima vez o Olympia e os seus discos continuam a vender aos milhões. Um grave acidente cardíaco em 1984 obriga-o a cessar toda a atividade durante largos meses. O regresso acontece no final dos anos 80, no seio de uma onda nostálgica da música dos anos 60 e 70. De resto, uma compilação dos seus principais êxitos, lançada em 1989, atinge rapidamente a marca de disco de ouro, correspondente a mais de cem mil unidades vendidas. Em 1992, Adamo lança o álbum "Rêveur de fond", provando que nunca havia deixado de escrever e colhendo excelentes opiniões da crítica. Ainda que com uma imagem desusada, Adamo mantinha o seu estatuto de culto para os imensos admiradores espalhados pelo mundo. Em 1993, torna-se embaixador da UNICEF. Dois anos mais tarde, o cantor desvia-se da indústria da música e publica uma coleção de poemas ("Les Mots de l'âme"), ao mesmo tempo que descobre o prazer relaxante da pintura. Em 1995, regressa aos palcos, particularmente ao Olympia, celebrando os trinta anos da sua primeira atuação na mítica sala. Por essa altura, volta ao Japão, país asiático onde o seu estatuto permanece intocável, e ao Carnegie Hall. É também por esta fase que Adamo tem um certo regresso ao mediatismo, vendo-se envolvido em diversas emissões radiofónicas e televisivas.

"Regards" chegou às lojas em 1998. No outono de 99 o cantor comemorou a incrível cifra de 90 milhões de discos vendidos no mundo. A 2 de outubro desse ano, enceta a sua primeira digressão em solo francês em dez anos, concluída em beleza com mais uma atuação no Olympia. Os anos seguintes são marcados também por novas expedições no estrangeiro. Em 2001, o cantor aventura-se na ficção, lançando o romance "Le souvenir du bonheur est encore du bonheur". Volvidos dois anos, o cantor regressaria ao estudo para gravar um novo álbum de originais, captando a essência do som dos anos sessenta. Rompe o contrato com a editora e assina com a Polydor, etiqueta responsável pelo lançamento de "Zanzibar". Posteriormente, o cantor regressa ao Casino de Paris, para dois concertos e volta a partir em digressão. Em junho de 2004, novos problemas de saúde haviam de levar ao cancelamento de alguns espetáculos.

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Como referenciar
Porto Editora – Adamo na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-13 03:37:30]. Disponível em

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