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adaptação
A adaptação é a correlação funcional entre os seres vivos e o meio onde subsistem.
Todo o ser vivo acaba por se adaptar às condições do meio em que vive. Por exemplo, o urso branco não só apresenta uma grande e densa pelagem como desenvolveu uma espessa camada de gordura na sua pele para se proteger das baixas temperaturas polares. Quer dizer, adaptou-se ao meio ambiente. O sistema respiratório dos mamíferos aquáticos modificou-se para permitir a sua submersão por largo espaço de tempo.
As mudanças de cor do camaleão, a variedade de formas e disposição do polvo não são mais que respostas às condições do meio, tanto no que respeita à defesa do ser vivo como à captura das suas presas.
As plantas também possuem dispositivos de adaptação. Florescem quando se liberta uma determinada hormona que as induz a esta fase da vida. O curioso deste caso é que a hormona só se liberta quando no meio onde vivem se atinge um determinado nível de luz, que, evidentemente, será diferente segundo o lugar, a estação do ano, o clima, etc.
Na natureza, por vezes, observa-se o aparecimento de indivíduos, dentro da mesma população, que diferem num ou mais caracteres. Na maior parte das vezes, este facto é um grave inconveniente para a sobrevivência, pois é mais difícil adaptarem-se ao meio, o qual poderá, para eles, ser tão hostil que acabará por os fazer desaparecer.
Contudo, em determinadas circunstâncias, uma mutação, sobretudo quando deriva de uma melhoria das condições naturais ou quando ocorrem alterações profundas do meio ambiente, permite a sobrevivência da espécie. As mudanças climáticas, a alteração da salinidade das águas marinhas e outros fatores que ocorreram no nosso planeta eliminariam uma grande quantidade de espécies se não tivessem aparecido indivíduos cujas características se encontravam mais adaptadas às condições de mudança.
As migrações naturais ou fortuitas contribuíram, não só para a sobrevivência dos melhores, mas também para uma adaptação anatómica e fisiológica ao novo tipo de vida. A flexibilidade da natureza é prodigiosa e admirável. Por mimetismo, necessidade ou adaptação, a cor dominante nas zonas polares deve ser o branco e só a pele desta cor é garantia de sobrevivência. Efetivamente, a fauna destas zonas evoluiu quase totalmente para esta cor.
Um caso interessante de adaptação é o sustentado por alguns antropólogos, os quais admitem que a persistência do nariz aquilino relativamente ao nariz achatado nas regiões frias não é mais que um processo de adaptação dos humanos ao iniciar a sua dispersão desde as zonas quentes para as zonas frias. Os narizes aquilinos constituem uma defesa melhor contra as enfermidades respiratórias do que os narizes achatados, já que o maior comprimento da cavidade nasal permite um melhor aquecimento do ar inspirado, pelo que este chegará aos pulmões a uma temperatura mais conveniente.
Os fenómenos adaptativos podem observar-se ao nível individual (adaptação ontogénica), em que as adaptações experimentadas pelos seres durante o seu período de vida implicam capacidade autorreguladora, isto é, ajustamento automático a condições variáveis do meio.
Podem os mesmos fenómenos ser observados a nível populacional (adaptação filogenética), traduzindo-se nas modificações experimentadas pelas populações ao longo de gerações sucessivas. Implicam a existência de variabilidade hereditária entre os indivíduos que constituem a população. A evolução do cavalo ao longo dos tempos geológicos é um exemplo típico do processo adaptativo. O cavalo desenvolveu-se a partir de um grupo de pequenos animais do género Eohippus, que habitavam as florestas quentes e húmidas do Eocénico e pouco se assemelhavam aos atuais cavalos. Possuíam quatro dedos nas patas dianteiras e três nas patas traseiras, e uma dentição apropriada à alimentação à base de folhas. Quando o clima da Terra se tornou mais frio e seco, as florestas desapareceram e foram substituídas por prados. As condições de vida mudaram radicalmente. Os animais que sobreviveram nas pradarias, onde a fuga aos carnívoros predadores e a utilização de erva na alimentação eram condições de sobrevivência, foram acumulando características adaptativas, especialmente no tipo de dentição, na anatomia dos órgãos locomotores e na estatura.
A adaptação filogenética resulta da ação da seleção natural nos indivíduos que constituem a população. A seleção natural atua em função do número de indivíduos ou de genes transmitidos de geração em geração. Os indivíduos melhor adaptados são os que proporcionalmente transmitem maior número de genes. O número médio de descendentes ou de genes transmitidos é uma medida do seu valor adaptativo.
O fundo genético de uma população vai-se assim adaptando gradualmente de geração em geração, até que o seu valor adaptativo seja máximo.
Todo o ser vivo acaba por se adaptar às condições do meio em que vive. Por exemplo, o urso branco não só apresenta uma grande e densa pelagem como desenvolveu uma espessa camada de gordura na sua pele para se proteger das baixas temperaturas polares. Quer dizer, adaptou-se ao meio ambiente. O sistema respiratório dos mamíferos aquáticos modificou-se para permitir a sua submersão por largo espaço de tempo.
As mudanças de cor do camaleão, a variedade de formas e disposição do polvo não são mais que respostas às condições do meio, tanto no que respeita à defesa do ser vivo como à captura das suas presas.
As plantas também possuem dispositivos de adaptação. Florescem quando se liberta uma determinada hormona que as induz a esta fase da vida. O curioso deste caso é que a hormona só se liberta quando no meio onde vivem se atinge um determinado nível de luz, que, evidentemente, será diferente segundo o lugar, a estação do ano, o clima, etc.
Na natureza, por vezes, observa-se o aparecimento de indivíduos, dentro da mesma população, que diferem num ou mais caracteres. Na maior parte das vezes, este facto é um grave inconveniente para a sobrevivência, pois é mais difícil adaptarem-se ao meio, o qual poderá, para eles, ser tão hostil que acabará por os fazer desaparecer.
Contudo, em determinadas circunstâncias, uma mutação, sobretudo quando deriva de uma melhoria das condições naturais ou quando ocorrem alterações profundas do meio ambiente, permite a sobrevivência da espécie. As mudanças climáticas, a alteração da salinidade das águas marinhas e outros fatores que ocorreram no nosso planeta eliminariam uma grande quantidade de espécies se não tivessem aparecido indivíduos cujas características se encontravam mais adaptadas às condições de mudança.
As migrações naturais ou fortuitas contribuíram, não só para a sobrevivência dos melhores, mas também para uma adaptação anatómica e fisiológica ao novo tipo de vida. A flexibilidade da natureza é prodigiosa e admirável. Por mimetismo, necessidade ou adaptação, a cor dominante nas zonas polares deve ser o branco e só a pele desta cor é garantia de sobrevivência. Efetivamente, a fauna destas zonas evoluiu quase totalmente para esta cor.
Um caso interessante de adaptação é o sustentado por alguns antropólogos, os quais admitem que a persistência do nariz aquilino relativamente ao nariz achatado nas regiões frias não é mais que um processo de adaptação dos humanos ao iniciar a sua dispersão desde as zonas quentes para as zonas frias. Os narizes aquilinos constituem uma defesa melhor contra as enfermidades respiratórias do que os narizes achatados, já que o maior comprimento da cavidade nasal permite um melhor aquecimento do ar inspirado, pelo que este chegará aos pulmões a uma temperatura mais conveniente.
Os fenómenos adaptativos podem observar-se ao nível individual (adaptação ontogénica), em que as adaptações experimentadas pelos seres durante o seu período de vida implicam capacidade autorreguladora, isto é, ajustamento automático a condições variáveis do meio.
Podem os mesmos fenómenos ser observados a nível populacional (adaptação filogenética), traduzindo-se nas modificações experimentadas pelas populações ao longo de gerações sucessivas. Implicam a existência de variabilidade hereditária entre os indivíduos que constituem a população. A evolução do cavalo ao longo dos tempos geológicos é um exemplo típico do processo adaptativo. O cavalo desenvolveu-se a partir de um grupo de pequenos animais do género Eohippus, que habitavam as florestas quentes e húmidas do Eocénico e pouco se assemelhavam aos atuais cavalos. Possuíam quatro dedos nas patas dianteiras e três nas patas traseiras, e uma dentição apropriada à alimentação à base de folhas. Quando o clima da Terra se tornou mais frio e seco, as florestas desapareceram e foram substituídas por prados. As condições de vida mudaram radicalmente. Os animais que sobreviveram nas pradarias, onde a fuga aos carnívoros predadores e a utilização de erva na alimentação eram condições de sobrevivência, foram acumulando características adaptativas, especialmente no tipo de dentição, na anatomia dos órgãos locomotores e na estatura.
A adaptação filogenética resulta da ação da seleção natural nos indivíduos que constituem a população. A seleção natural atua em função do número de indivíduos ou de genes transmitidos de geração em geração. Os indivíduos melhor adaptados são os que proporcionalmente transmitem maior número de genes. O número médio de descendentes ou de genes transmitidos é uma medida do seu valor adaptativo.
O fundo genético de uma população vai-se assim adaptando gradualmente de geração em geração, até que o seu valor adaptativo seja máximo.
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Como referenciar
Porto Editora – adaptação na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-14 15:34:54]. Disponível em
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