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Alcoutim
Aspetos Geográficos
O concelho de Alcoutim, do distrito de Faro, localiza-se na Região do Algarve (NUT II). É limitado a oeste pelos concelhos de Loulé e Tavira, a este pelo rio Guadiana, que o separa de Espanha, a norte por Mértola do distrito de Beja e a sul por Castro Marim e Tavira, ocupando uma superfície de 576,8 km2, distribuída por cinco freguesias: Alcoutim, Giões, Martim Longo, Pereiro e Vaqueiros.
Tem como recursos hídricos o rio Vascão, o rio Guadiana e a ribeira de Cadavais.
O relevo não é muito acidentado, sendo de salientar o Sapateiro (com 194 m), Lagoa (333 m) e Alcaria Alta (289 m), constituído essencialmente por xisto.
Com um clima temperado mediterrânico, apresenta verões quentes e secos e invernos suaves.
Em 2021, Alcoutim apresentava 2 521 habitantes.
O natural ou habitante de Alcoutim denomina-se alcoutenejo ou alcoutinense.
História e Monumentos
Alcoutim remonta ao período calcolítico, altura em que se terá aí fixado uma tribo celtibérica.
No início do século II a. C., foi ocupada pelos Romanos, responsáveis pelo seu nome original Alcoutinium. Esteve ainda sob domínio dos Alanos (415), Visigodos (século VI), Bizantinos (552-625) e Mouros (século VIII), responsáveis pela fortificação da povoação.
Em 1240, no reinado de D. Sancho II, Alcoutim passou para o domínio português. Em 1304, D. Dinis concedeu-lhe foral e, mais tarde, doou a vila à Ordem Militar de Sant'Iago.
Do ponto de vista arquitetónico e monumental, destacam-se a Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Alcoutim e a Igreja Matriz de São Salvador de Alcoutim. A primeira data do século XVII, enquadra-se nos estilos gótico e manuelino, possui um miradouro sobre a vila e os campos circundantes, apresenta as paredes caiadas, uma cúpula redonda no altar-mor e um sino sobre o portal. No seu interior, o retábulo do altar-mor é recoberto a talha dourada do século XVIII.
Quanto à Igreja Matriz, datada do século XVI, de estilo renascentista, é composta por um elegante portal encimado pelo brasão dos marqueses de Vila Real e condes de Alcoutim, e, no seu interior, possui três naves, colunas rematadas por capitéis, capela-mor e capelas laterais com retábulos de talha.
Para além das igrejas, são de relevar o Castelo de Alcoutim, as Ermidas de Santo António, de Nossa Senhora da Oliveira, de Santa Marta e do Espírito Santo, assim como, a casa dos condes de Alcoutim e as ruínas bizantinas do Montinho das Laranjeiras.
Tradições, Lendas e Curiosidades
Este concelho oferece algumas feiras e festas, tais como a feira de artesanato (21 e 22 de julho), as festas tradicionais da vila (no segundo fim de semana de setembro) e as festas de S. Bento (9 de agosto), em Alcaria Queimada.
A nível do artesanato destacam-se os trabalhos em tecelagem, xailes de lérias, cestaria, trabalhos em madeira e latoaria, flores de palha e de milho.
Uma lenda conhecida do concelho de Alcoutim localiza-se junto ao cerro do Castelo Velho, onde se dizia estar uma moura encantada à espera de um cavaleiro que a desencantasse. Para isso, o cavaleiro teria que lutar contra um dragão ou serpente utilizando apenas armas brancas, atingindo-o na mancha preta que tinha na cabeça, o seu único ponto vulnerável.
Economia
Em Alcoutim, o setor terciário é o motor da economia do concelho, predominando os serviços relacionados com o turismo.
O setor primário não representa um importante papel económico no concelho, uma vez que a agricultura só ocupa cerca de 18,3% do total da sua área. Na produção agrícola, destaca-se o cultivo de cereais para grão, frutos secos, leguminosas secas para grão, o pousio, o olival, os prado e pastagens permanentes. No que diz respeito à pecuária, aves, ovinos e caprinos são as principais espécies criadas. Alcoutim é um concelho com uma considerável densidade florestal, na ordem dos 110 067 hectares de floresta, constituída essencialmente por azinheiras.
O setor secundário ocupa cerca de 18,6% da população ativa, predominando a indústria da construção civil.
O concelho de Alcoutim, do distrito de Faro, localiza-se na Região do Algarve (NUT II). É limitado a oeste pelos concelhos de Loulé e Tavira, a este pelo rio Guadiana, que o separa de Espanha, a norte por Mértola do distrito de Beja e a sul por Castro Marim e Tavira, ocupando uma superfície de 576,8 km2, distribuída por cinco freguesias: Alcoutim, Giões, Martim Longo, Pereiro e Vaqueiros.
Tem como recursos hídricos o rio Vascão, o rio Guadiana e a ribeira de Cadavais.
O relevo não é muito acidentado, sendo de salientar o Sapateiro (com 194 m), Lagoa (333 m) e Alcaria Alta (289 m), constituído essencialmente por xisto.
Com um clima temperado mediterrânico, apresenta verões quentes e secos e invernos suaves.
Em 2021, Alcoutim apresentava 2 521 habitantes.
O natural ou habitante de Alcoutim denomina-se alcoutenejo ou alcoutinense.
História e Monumentos
Alcoutim remonta ao período calcolítico, altura em que se terá aí fixado uma tribo celtibérica.
No início do século II a. C., foi ocupada pelos Romanos, responsáveis pelo seu nome original Alcoutinium. Esteve ainda sob domínio dos Alanos (415), Visigodos (século VI), Bizantinos (552-625) e Mouros (século VIII), responsáveis pela fortificação da povoação.
Em 1240, no reinado de D. Sancho II, Alcoutim passou para o domínio português. Em 1304, D. Dinis concedeu-lhe foral e, mais tarde, doou a vila à Ordem Militar de Sant'Iago.
Do ponto de vista arquitetónico e monumental, destacam-se a Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Alcoutim e a Igreja Matriz de São Salvador de Alcoutim. A primeira data do século XVII, enquadra-se nos estilos gótico e manuelino, possui um miradouro sobre a vila e os campos circundantes, apresenta as paredes caiadas, uma cúpula redonda no altar-mor e um sino sobre o portal. No seu interior, o retábulo do altar-mor é recoberto a talha dourada do século XVIII.
Quanto à Igreja Matriz, datada do século XVI, de estilo renascentista, é composta por um elegante portal encimado pelo brasão dos marqueses de Vila Real e condes de Alcoutim, e, no seu interior, possui três naves, colunas rematadas por capitéis, capela-mor e capelas laterais com retábulos de talha.
Para além das igrejas, são de relevar o Castelo de Alcoutim, as Ermidas de Santo António, de Nossa Senhora da Oliveira, de Santa Marta e do Espírito Santo, assim como, a casa dos condes de Alcoutim e as ruínas bizantinas do Montinho das Laranjeiras.
Este concelho oferece algumas feiras e festas, tais como a feira de artesanato (21 e 22 de julho), as festas tradicionais da vila (no segundo fim de semana de setembro) e as festas de S. Bento (9 de agosto), em Alcaria Queimada.
A nível do artesanato destacam-se os trabalhos em tecelagem, xailes de lérias, cestaria, trabalhos em madeira e latoaria, flores de palha e de milho.
Uma lenda conhecida do concelho de Alcoutim localiza-se junto ao cerro do Castelo Velho, onde se dizia estar uma moura encantada à espera de um cavaleiro que a desencantasse. Para isso, o cavaleiro teria que lutar contra um dragão ou serpente utilizando apenas armas brancas, atingindo-o na mancha preta que tinha na cabeça, o seu único ponto vulnerável.
Economia
Em Alcoutim, o setor terciário é o motor da economia do concelho, predominando os serviços relacionados com o turismo.
O setor primário não representa um importante papel económico no concelho, uma vez que a agricultura só ocupa cerca de 18,3% do total da sua área. Na produção agrícola, destaca-se o cultivo de cereais para grão, frutos secos, leguminosas secas para grão, o pousio, o olival, os prado e pastagens permanentes. No que diz respeito à pecuária, aves, ovinos e caprinos são as principais espécies criadas. Alcoutim é um concelho com uma considerável densidade florestal, na ordem dos 110 067 hectares de floresta, constituída essencialmente por azinheiras.
O setor secundário ocupa cerca de 18,6% da população ativa, predominando a indústria da construção civil.
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Como referenciar
Porto Editora – Alcoutim na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-11-09 10:05:26]. Disponível em
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