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alfabeto cirílico
O nome de alfabeto cirílico deve-se aos santos Cirilo (827-869) e Metódio (sabe-se que morreu em 885), que se crê terem sido os seus inventores, ao traduzirem vários textos litúrgicos para língua eslava, utilizando letras que se chamariam depois de "cirílicas". A língua era aquilo a que se chama de "eslavónico" antigo, na versão eclesiástica, um idioma eslavo que está um pouco para as línguas eslavas como o latim está para as suas línguas sucedâneas. O alfabeto "cirílico" nasceu na Bulgária, onde então ambos os santos estavam em missão, enviados pelas autoridades eclesiásticas bizantinas. Para alguns autores o verdadeiro criador deste alfabeto foi um discípulo de [Constantino] Cirilo, de seu nome Clemente de Okhrid, búlgaro. O alfabeto cirílico estava já no século X fortemente implantado na Europa eslava de Sudeste.
Comporta um total de 32 caracteres (no caso do russo, embora antes de 1917, data da Revolução Soviética, contasse 36) - ou 43, no cirílico eclesiástico. Foi adotado por muitos países eslavos orientais e mesmo na Ásia Central (em idiomas de antigas repúblicas soviéticas, como o Uzbeque ou o Cazaque, ou de países satélites, como o Mongol). Graças a esta nova forma de escrita foram divulgados vários livros de santos e inclusivamente escreveu-se o Texto de Consagração sobre o qual os reis de França prestavam juramento. Existia já no mundo eslavo o alfabeto glagolítico (da palavra eslava glagol que significa "palavra"), composto de 40 caracteres, substituído definitivamente no século XIII pelo cirílico ou pelo latino, consoante a predominância dos ritos grego ortodoxo ou católico romano. Discute-se atualmente se o modelo deste alfabeto glagolítico tem uma das seguintes proveniências: o cursivo grego, o cursivo latino, o arménio ou o georgiano. Para vários autores, o glagolítico não é um antepassado recente do cirílico mas antes uma criação coeva do mesmo, talvez mesmo também obra de S. Cirilo, Daí que muitos defendam também que o cirílico seja posterior, por ter sido uma criação não do próprio Cirilo mas de um seu discípulo, sendo natural que o glagolítico lhe tenha servido de modelo. A base do cirílico uncial grego, tendo sido primeiramente aplicado no paleoeslavo, acompanhou a expansão do cristianismo e da Igreja Ortodoxa a posteriori. Entre os séculos XVI e XVIII foi usado para escrever o romeno e depois tornou-se a base da língua russa incluindo o bielorrusso e o ucraniano, o búlgaro, o macedónio, o sérvio, o mongol da República Popular da Mongólia e o usbeque. O alfabeto cirílico hoje usado pelos russos é uma compilação do chamado alfabeto civil (por oposição ao eclesiástico), produto das reformas levadas a cabo por Pedro, o Grande no início do século XVIII (1708).
Atualmente o alfabeto cirílico é usado por mais de 200 milhões de falantes de idiomas eslavos ou por povos turco-mongóis ou siberianos anteriormente sob a órbita da extinta União Soviética, sendo ainda empregue pela maior parte dos povos não-eslavos da Rússia.
Comporta um total de 32 caracteres (no caso do russo, embora antes de 1917, data da Revolução Soviética, contasse 36) - ou 43, no cirílico eclesiástico. Foi adotado por muitos países eslavos orientais e mesmo na Ásia Central (em idiomas de antigas repúblicas soviéticas, como o Uzbeque ou o Cazaque, ou de países satélites, como o Mongol). Graças a esta nova forma de escrita foram divulgados vários livros de santos e inclusivamente escreveu-se o Texto de Consagração sobre o qual os reis de França prestavam juramento. Existia já no mundo eslavo o alfabeto glagolítico (da palavra eslava glagol que significa "palavra"), composto de 40 caracteres, substituído definitivamente no século XIII pelo cirílico ou pelo latino, consoante a predominância dos ritos grego ortodoxo ou católico romano. Discute-se atualmente se o modelo deste alfabeto glagolítico tem uma das seguintes proveniências: o cursivo grego, o cursivo latino, o arménio ou o georgiano. Para vários autores, o glagolítico não é um antepassado recente do cirílico mas antes uma criação coeva do mesmo, talvez mesmo também obra de S. Cirilo, Daí que muitos defendam também que o cirílico seja posterior, por ter sido uma criação não do próprio Cirilo mas de um seu discípulo, sendo natural que o glagolítico lhe tenha servido de modelo. A base do cirílico uncial grego, tendo sido primeiramente aplicado no paleoeslavo, acompanhou a expansão do cristianismo e da Igreja Ortodoxa a posteriori. Entre os séculos XVI e XVIII foi usado para escrever o romeno e depois tornou-se a base da língua russa incluindo o bielorrusso e o ucraniano, o búlgaro, o macedónio, o sérvio, o mongol da República Popular da Mongólia e o usbeque. O alfabeto cirílico hoje usado pelos russos é uma compilação do chamado alfabeto civil (por oposição ao eclesiástico), produto das reformas levadas a cabo por Pedro, o Grande no início do século XVIII (1708).
Atualmente o alfabeto cirílico é usado por mais de 200 milhões de falantes de idiomas eslavos ou por povos turco-mongóis ou siberianos anteriormente sob a órbita da extinta União Soviética, sendo ainda empregue pela maior parte dos povos não-eslavos da Rússia.
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Como referenciar
Porto Editora – alfabeto cirílico na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-05 10:06:30]. Disponível em
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