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alfabeto
Sistema de escrita de uma língua natural em que, teoricamente, a um grafema corresponde um único fonema. Na verdade, este é o princípio subjacente à construção de todos os alfabetos, embora várias razões contribuam para o não cumprimento desta correspondência perfeita entre símbolos e sons, normalmente relacionadas com a permanente evolução das línguas na sua modalidade oral.
A razão da expansão dos alfabetos prende-se com o facto de estes terem provado ser sistemas de escrita muito económicos e avançados, quando comparados, por exemplo, com os sistemas de escrita silábicos (como o silabário do Etíope básico, o japonês moderno) ou logográficos (como o chinês e também o japonês), uma vez que permitem representar toda a realidade sonora da língua utilizando um número reduzido de símbolos.
São inúmeros os alfabetos conhecidos, sendo os mais antigos os alfabetos fenícios e os mais correntes os alfabetos grego, o latino, o cirílico e o árabe.
O alfabeto fenício, datado do século XI a. C., representava o semítico ocidental, língua muito próxima do hebraico, e era composto por 22 caracteres apenas consonânticos. Trata-se do primeiro sistema de escrita fonético, embora apenas representativo de consoantes. As vogais eram assinaladas através das matres lectionis (em latim "mães da leitura"), i.e. símbolos consonânticos usados para assinalar a presença de vogais.
Através da sua expansão comercial, os fenícios estendem a sua escrita para fora das fronteiras da Palestina, tendo sido a língua de inscrição do hebraico antigo, que persiste até hoje na seita dos Samaritanos, que ainda a utilizam em cerimónias litúrgicas. Do alfabeto fenício descenderam inúmeros alfabetos, como o aramaico, o arábico e o siríaco.
O alfabeto grego terá aparecido por volta do século VIII a. C. e baseava-se no alfabeto consonântico fenício, com quem os povos gregos haviam contactado também. O alfabeto grego, dividido em quatro tipos diferentes, foi o primeiro a apresentar símbolos para representar sons consonânticos e sons vocálicos, rompendo com a tendência de representação apenas de sons consonânticos.
O alfabeto latino é de todos o mais difundido, devido à expansão do império romano e, consequentemente, do latim, tendo sido aplicado à maioria das línguas da europa ocidental, como o português, o espanhol, o inglês, o francês, o alemão, o holandês, o italiano, etc. Contudo, a grande dependência da ortografia etimológica latina coloca maiores ou menores problemas em todos os alfabetos modernos de raiz latina, uma vez que aquele não possui muitas vezes os sons que as novas línguas integraram, o que torna, por exemplo, difícil a aprendizagem da ortografia nas atuais línguas europeias, sobretudo no caso do inglês. Mesmo em português não existe correspondência direta entre o alfabeto e a fonologia da língua. Assim, o português possui um sistema fonológico de 19 consoantes representadas por 18 consoantes ortográficas e de 9 vogais orais representadas por apenas 5 vogais ortográficas, o que provoca necessariamente problemas na correspondência unívoca da língua.
Paralelamente ao alfabeto latino surgiram, na Europa, outros alfabetos fonéticos contendo caracteres consonânticos e vocálicos, como a escrita ogham dos celtas da Irlanda e da Bretanha, no século II, ou a escrita rúnica dos povos germânicos, no século III. Contudo, com a crescente difusão do Cristianismo na Idade Média, o alfabeto latino acabou por suplantar as escritas ogham e rúnica.
O alfabeto cirílico, baseado no alfabeto grego mas com introdução de novos caracteres, foi aplicado, no século IX, às línguas eslavas, como o russo, o ucraniano, o búlgaro e o servo-croata.
Nos finais do século XIX, com o aparecimento da linguística como ciência, surgiu a necessidade de criar um alfabeto suficientemente capaz de descrever todas as línguas do mundo e com uma correspondência unívoca entre símbolo e som. É assim que o britânico Henry Smith cria, em 1886, o IPA - International Phonetic Alphabet, um sistema que tem sido periodicamente revisto mas que através de um conjunto suficientemente vasto de caracteres consonânticos, vocálicos e de diacríticos constitui o sistema de transcrição mais difundido na comunidade científica de linguistas modernos.
Mais recentemente criou-se o SAMPA - Speech Assessment Methods Phonetic Alphabet, que é um alfabeto de base latina adaptado a cada língua e que se serve dos caracteres existentes no teclado do computador. Este alfabeto é usado em linguística computacional e em processamento da fala por ser de mais fácil utilização e não necessitar de conversão.
Por extensão, é comum utilizar-se o termo alfabeto para designar sistemas de comunicação que não representam os sons da língua mas sim os elementos de outros alfabetos. É o caso do alfabeto Braille e do alfabeto Morse.
A razão da expansão dos alfabetos prende-se com o facto de estes terem provado ser sistemas de escrita muito económicos e avançados, quando comparados, por exemplo, com os sistemas de escrita silábicos (como o silabário do Etíope básico, o japonês moderno) ou logográficos (como o chinês e também o japonês), uma vez que permitem representar toda a realidade sonora da língua utilizando um número reduzido de símbolos.
São inúmeros os alfabetos conhecidos, sendo os mais antigos os alfabetos fenícios e os mais correntes os alfabetos grego, o latino, o cirílico e o árabe.
Através da sua expansão comercial, os fenícios estendem a sua escrita para fora das fronteiras da Palestina, tendo sido a língua de inscrição do hebraico antigo, que persiste até hoje na seita dos Samaritanos, que ainda a utilizam em cerimónias litúrgicas. Do alfabeto fenício descenderam inúmeros alfabetos, como o aramaico, o arábico e o siríaco.
O alfabeto grego terá aparecido por volta do século VIII a. C. e baseava-se no alfabeto consonântico fenício, com quem os povos gregos haviam contactado também. O alfabeto grego, dividido em quatro tipos diferentes, foi o primeiro a apresentar símbolos para representar sons consonânticos e sons vocálicos, rompendo com a tendência de representação apenas de sons consonânticos.
O alfabeto latino é de todos o mais difundido, devido à expansão do império romano e, consequentemente, do latim, tendo sido aplicado à maioria das línguas da europa ocidental, como o português, o espanhol, o inglês, o francês, o alemão, o holandês, o italiano, etc. Contudo, a grande dependência da ortografia etimológica latina coloca maiores ou menores problemas em todos os alfabetos modernos de raiz latina, uma vez que aquele não possui muitas vezes os sons que as novas línguas integraram, o que torna, por exemplo, difícil a aprendizagem da ortografia nas atuais línguas europeias, sobretudo no caso do inglês. Mesmo em português não existe correspondência direta entre o alfabeto e a fonologia da língua. Assim, o português possui um sistema fonológico de 19 consoantes representadas por 18 consoantes ortográficas e de 9 vogais orais representadas por apenas 5 vogais ortográficas, o que provoca necessariamente problemas na correspondência unívoca da língua.
Paralelamente ao alfabeto latino surgiram, na Europa, outros alfabetos fonéticos contendo caracteres consonânticos e vocálicos, como a escrita ogham dos celtas da Irlanda e da Bretanha, no século II, ou a escrita rúnica dos povos germânicos, no século III. Contudo, com a crescente difusão do Cristianismo na Idade Média, o alfabeto latino acabou por suplantar as escritas ogham e rúnica.
O alfabeto cirílico, baseado no alfabeto grego mas com introdução de novos caracteres, foi aplicado, no século IX, às línguas eslavas, como o russo, o ucraniano, o búlgaro e o servo-croata.
Nos finais do século XIX, com o aparecimento da linguística como ciência, surgiu a necessidade de criar um alfabeto suficientemente capaz de descrever todas as línguas do mundo e com uma correspondência unívoca entre símbolo e som. É assim que o britânico Henry Smith cria, em 1886, o IPA - International Phonetic Alphabet, um sistema que tem sido periodicamente revisto mas que através de um conjunto suficientemente vasto de caracteres consonânticos, vocálicos e de diacríticos constitui o sistema de transcrição mais difundido na comunidade científica de linguistas modernos.
Mais recentemente criou-se o SAMPA - Speech Assessment Methods Phonetic Alphabet, que é um alfabeto de base latina adaptado a cada língua e que se serve dos caracteres existentes no teclado do computador. Este alfabeto é usado em linguística computacional e em processamento da fala por ser de mais fácil utilização e não necessitar de conversão.
Por extensão, é comum utilizar-se o termo alfabeto para designar sistemas de comunicação que não representam os sons da língua mas sim os elementos de outros alfabetos. É o caso do alfabeto Braille e do alfabeto Morse.
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Como referenciar
Porto Editora – alfabeto na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-08 09:15:34]. Disponível em
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