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alquimia
Uma das disciplinas do Hermetismo, juntamente com a Astrologia e a Magia. A Alquimia é definida vulgarmente como sendo a arte de transmutar metais comuns em ouro, mas uma tal definição, não só foi rejeitada pelos próprios alquimistas, bem como pelos estudiosos desta temática (José Manuel Anes, Yvette Centeno, Titus Burckhardt, Julius Evola, Serge Hutin, Mircea Eliade, C.G. Jung, Françoise Bonardel). Com efeito, os alquimistas afirmam com frequência que o ouro que buscam não é o ouro vulgar, mas o ouro espiritual. A este propósito chamam os outros, aqueles que procuram um modo de fabricar o metal ouro, assopradores ou carvoeiros - isto precisamente porque se dedicavam materialmente a essa busca, enquanto que a verdadeira busca era espiritual.
A palavra "alquimia" resulta do termo egípcio Kême, «terra negra», através do termo árabe al-kimiya, ou do termo grego chyma, que significa «derreter».
As origens da alquimia são muito remotas, não se pode precisar rigorosamente qual o lugar ou o tempo do seu nascimento, sabe-se pelo menos que ela está já bem enraizada na China, na Índia, no Egito e na Babilónia, em meados do último milénio a. C., isto numa época em que o ouro ainda não tinha propriamente valor de troca e era considerado, juntamente com a prata, um metal sagrado. Na Idade Média o prestígio da alquimia era imenso, de tal modo que os reis a apadrinhavam e alguns chegaram mesmo a dedicar-se a ela, como por exemplo o nosso D. Afonso V (que tem dois tratados de alquimia).
O objetivo da Grande Obra alquímica é a aquisição da Pedra Filosofal ou do Elixir da Longa Vida. No seio da alquimia cristã a Pedra Filosofal é identificada com o próprio Cristo (por exemplo Paracelso ou Jacob Boeme). Assim pode-se entrever que os alquimistas ocultam um segredo bem mais complexo do que pode parecer, debaixo de uma linguagem voluntariamente (assim o dizem eles nos seus textos) obscura.
Os alquimistas afirmam que há três fases no desenrolar da sua obra: a primeira é a Obra a Negro, a segunda é a Obra a Branco e a terceira a Obra a Vermelho. São três fases que se encontram também na mística. Trata-se dos momentos do desabrochar da alma em direção a Deus. Num primeiro momento a alma deve "morrer" para si própria, para depois nascer, sucessivamente, para e em Deus.
A evolução da Grande Obra até ao ouro filosofal passa pela relação entre três princípios que os alquimistas consideram como os três princípios fundamentais do cosmos: uma força ativa (a que dão o nome de enxofre), uma força passiva (o mercúrio) e uma outra intermediária (o sal). O enxofre é tomado como um símbolo do espírito, o mercúrio como um símbolo da alma e o sal um símbolo do corpo.
A posse da pedra filosofal por parte do alquimista dar-lhe-ia determinados poderes, os mesmos atribuídos em geral aos santos.
O facto de entre as alquimias de regiões muito separadas no espaço e de civilizações muito afastadas no tempo tem feito os investigadores pensar naquilo que pode ser um arquétipo da alma e, por isso, representar uma condição ontológica do desenvolvimento do ser humano.
Alguns nomes de alquimistas famosos: Roger Bacon, Paracelso, Agrippa, Basílio Valentim, Nicolau Flamel, Fulcanelli e Eugénio Canseliet.
A palavra "alquimia" resulta do termo egípcio Kême, «terra negra», através do termo árabe al-kimiya, ou do termo grego chyma, que significa «derreter».
As origens da alquimia são muito remotas, não se pode precisar rigorosamente qual o lugar ou o tempo do seu nascimento, sabe-se pelo menos que ela está já bem enraizada na China, na Índia, no Egito e na Babilónia, em meados do último milénio a. C., isto numa época em que o ouro ainda não tinha propriamente valor de troca e era considerado, juntamente com a prata, um metal sagrado. Na Idade Média o prestígio da alquimia era imenso, de tal modo que os reis a apadrinhavam e alguns chegaram mesmo a dedicar-se a ela, como por exemplo o nosso D. Afonso V (que tem dois tratados de alquimia).
Os alquimistas afirmam que há três fases no desenrolar da sua obra: a primeira é a Obra a Negro, a segunda é a Obra a Branco e a terceira a Obra a Vermelho. São três fases que se encontram também na mística. Trata-se dos momentos do desabrochar da alma em direção a Deus. Num primeiro momento a alma deve "morrer" para si própria, para depois nascer, sucessivamente, para e em Deus.
A evolução da Grande Obra até ao ouro filosofal passa pela relação entre três princípios que os alquimistas consideram como os três princípios fundamentais do cosmos: uma força ativa (a que dão o nome de enxofre), uma força passiva (o mercúrio) e uma outra intermediária (o sal). O enxofre é tomado como um símbolo do espírito, o mercúrio como um símbolo da alma e o sal um símbolo do corpo.
A posse da pedra filosofal por parte do alquimista dar-lhe-ia determinados poderes, os mesmos atribuídos em geral aos santos.
O facto de entre as alquimias de regiões muito separadas no espaço e de civilizações muito afastadas no tempo tem feito os investigadores pensar naquilo que pode ser um arquétipo da alma e, por isso, representar uma condição ontológica do desenvolvimento do ser humano.
Alguns nomes de alquimistas famosos: Roger Bacon, Paracelso, Agrippa, Basílio Valentim, Nicolau Flamel, Fulcanelli e Eugénio Canseliet.
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Como referenciar
Porto Editora – alquimia na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-21 15:50:25]. Disponível em
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