Arouca
Aspetos Geográficos
O concelho de Arouca, do distrito de Aveiro, localiza-se na Região do Norte (NUT II) e de Entre Douro e Vouga (NUT III), é limitado a norte por Castelo de Paiva e Cinfães (distrito de Viseu), a este por Castro de Aire e S. Pedro do Sul, ambos do distrito de Viseu, a sul por Vale de Cambra e S. Pedro do Sul (distrito de Viseu) e a oeste por Santa Maria da Feira e Oliveira de Azeméis.
Abrange uma área de 328,3 km2, subdividida em 20 freguesias: Albergaria da Serra, Alvarenga, Arouca, Burgo, Cabreiros, Canelas, Chave, Covelo de Paivó, Escariz, Espiunca, Fermedo, Janarde, Mansores, Moldes, Rossas, Santa Eulália, São Miguel do Mato, Tropeço, Urro e Várzea.
Em 2021, o concelho apresentava 21 154 habitantes.
O natural ou habitante de Arouca denomina-se arouquense ou arouquês.
Está situado numa várzea, numa altitude média de 27 metros, sendo de destaque o monte da Sra. da Mó, com 711 metros de altitude, e a serra da Freita, com uma altitude que ultrapassa os 1000 metros, apresentando vertentes muito abruptas, onde se localizam quedas de água, como a de Mizarela, com 75 metros de altura. No lugar da Castanheira existem as denominadas "pedras parideiras", que constituem um fenómeno de granitização. No concelho passam os rios Arda, Paiva e Caima.
História e Monumentos
Vestígios arqueológicos comprovam as ocupações pré-histórica e romana nesta zona. As invasões bárbaras são atestadas pela toponímia de origem germânica (Sá, Alvarenga, Burgo, Escariz, Friães, etc). Mais tarde, as incursões muçulmanas levaram a população cristã de Arouca a refugiar-se em locais de difícil acessibilidade, só regressando com a reconquista cristã (este período é referido na lenda da Senhora da Mó). Contudo, a história de Arouca começou realmente a ter destaque com a fundação (séc. X) e o crescimento do seu mosteiro. Este recebeu Carta de Couto no século XII, revigorando-se a sua importância com o padroado da rainha D. Mafalda, que, além de muitas dádivas ao convento, conseguiu que a comunidade monástica mudasse da Ordem Beneditina para a Ordem de Cister (1226).
Em abril de 1151 D. Afonso Henriques outorgou foral a Arouca; em 1217 D. Afonso II confirmou-o e em 1513 D. Manuel I passou novo foral.
O atual concelho resultou da anexação ao concelho e ao couto de Arouca do concelho de Alvarenga do Burgo e de Fermêdo, e ainda das freguesias de Covêlo, Paivô e Espiunca.
A nível do património monumental há a destacar o mosteiro, que atualmente é uma reconstrução do século XVIII, dentro do qual se pode ver um belo altar-mor em talha dourada e ainda um altar em ébano, prata e cristal que serve de túmulo à Rainha Santa Mafalda. O museu de arte sacra também se encontra no seu interior.
Classificados como "Imóvel de Interesse Público" são a Capela da Misericórdia (séc. XVII) e o Calvário, monumento composto por várias cruzes e um púlpito assentes numa extensa massa de granito, e ainda, o Memorial de Sto. António e a Torre Sineira da Igreja de Urrô. A Torre Medieval do Burgo e a Capela de S. Pedro são exemplares góticos da região. O isolamento em que se encontram muitas aldeias do concelho faz com que se conserve quase intacto muito do seu tipicismo.
Tradições, Lendas e Curiosidades
No que se refere a festas, são realizadas nos dias 7 e 8 de setembro a festa da Sra. da Mó e, também no dia 8 de setembro, a da Sra. do Monte, em Alvarenga.
A nível de feiras são de referência: a de S. Brás, a 3 de fevereiro; a das Colheitas, na última semana de setembro; a de Arouca, nos dias 5 e 20 de cada mês; a de Alvarenga, nos dias 3 e 17 de cada mês e a de Cabeçais, realizada mensalmente, todos os dias 13.
O feriado municipal é a 2 de maio, data que coincide com a festa de Sta. Mafalda. No dia seguinte é a festa das Cruzes, ocorrendo vários romeiros à capela da Sra. da Laje, na serra da Freita.
A nível do artesanato, são de referência os trabalhos de linho, as miniaturas em metal e madeira e os trabalhos de ardósia.
Como curiosidade é de referir a carreira de 17 moinhos de Rodízio, servidos por água em comum, construídos em xisto e cobertos de ardósia.
Economia
A estrutura económica do concelho assenta sobretudo na indústria, nomeadamente têxtil, de vestuário, de calçado, de madeira e de cortiça, que ocupam grande parte da população ativa. A agricultura já teve mais expressão, sendo representada por uma superfície agrícola de pequena dimensão.
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