Associação Portuguesa de Escritores (APE)
A Associação Portuguesa de Escritores (APE) foi fundada a 13 de abril de 1973, mas o seu processo de criação foi iniciado em 1970, durante uma assembleia-geral de escritores que teve lugar na Casa do Alentejo. Na altura, foi eleita uma comissão promotora composta por vinte cinco escritores e presidida por Manuel Lapa. Entre os restantes membros constavam nomes como José Carlos Ary dos Santos, Fernando Assis Pacheco, Óscar Lopes, Vergílio Ferreira, Sophia de Melo Breyner Andresen, Fernando Namora e Matilde Rosa Araújo.
O governo de então, chefiado por Marcello Caetano, proibiu que a instituição utilizasse na sua designação o nome "Sociedade" para que não houvesse qualquer ligação à entretanto extinta Sociedade Portuguesa de Escritores (SPE). Contudo, as duas entidades eram em tudo semelhantes, desde os estatutos aos seus membros, e até relativamente ao local onde foram idealizadas, a Casa do Alentejo.
A 28 de setembro de 1972, depois de resolvidos alguns problemas burocráticos, o ministro da Educação Nacional, Veiga Simão, homologou a criação da APE, cuja escritura foi assinada a 13 de abril de 1973. Sophia de Mello Breyner Andresen ficou como presidente da Assembleia-Geral, José Gomes Ferreira como presidente da Direção e Faure da Rosa como presidente do Conselho Fiscal. No discurso da tomada de posse, Sophia de Mello Breyner Andresen realçou que a APE existia para defender a liberdade de consciência e a responsabilidade de escrever. A associação abriu delegações no Porto e em Coimbra.
Em 1979, a APE criou os Prémios Revelação para ficção, poesia e ensaio, em colaboração com a Secretaria de Estado da Cultura. Três anos mais tarde, nasceu o Grande Prémio de Romance e Novela da APE, que se tornou no mais importante galardão literário português. Entre os autores distinguidos destacam-se nomes como José Cardoso Pires, o primeiro premiado, Agustina Bessa-Luís, Mário Cláudio, António Lobo Antunes, David Mourão Ferreira, Vergílio Ferreira, João de Melo e José Saramago.
Na década de 90, dada a proliferação de prémios, a APE optou por começar a criar Grandes Prémios, como o de Poesia - que já teve por vencedores Eugénio de Andrade, Natália Correia, Nuno Júdice, entre outros-, o de Crónica - Maria Judite de Carvalho, Manuel Poppe -, o de Ensaio - Paula Morão, Rosa Maria Goulart - e o do Conto (Camilo Castelo Branco) - Mário de Carvalho, Maria Velho da Costa, Manuel Jorge Marmelo.
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