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banda desenhada
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Sequência de imagens (desenhadas e/ou pintadas) que narra uma história, podendo incluir ou não texto (legendas, diálogos ou pensamentos).
Embora não seja obrigatório o texto para se estar na presença de uma banda desenhada (BD), quando este existe não tem necessariamente de estar representado por um balão ou de a sequência desenhada ser limitada por uma cercadura (muitas vezes em forma quadrada, daí a designação quadradinhos), mesmo sabendo-se que estes são os elementos gráficos mais comummente associados à BD.
Segundo Jean-Bruno Renard "[...] só existem três elementos sempre presentes, qualquer que seja a banda considerada: uma história, traduzida em desenhos, e impressa (ou suscetível de sê-lo)."
Pormenor da capa da BD interativa "The Time Trap", com Blake e Mortimer, distribuída pela Playgames
Estrutura da banda desenhada
Astérix e Obélix, duas das personagens mais conhecidas da BD
Capa de "Fantasma", uma edição em banda desenhada da Rio Gráfica e Editora S/A, 1953
Rafael Bordalo Pinheiro, um dos principais responsáveis pela expansão da banda desenhada portuguesa
Capa de "Parabéns, Calvin e Hobbes", de Bill Watterson, álbum de banda desenhada editado pela Gradiva em 1998
Capa de"Batman", uma edição em banda desenhada da Editora abril Morumbi, Lda., 1991
Capa de"Popeye, o Marinheiro", uma edição em banda desenhada distribuída pela Agência Portuguesa de Revistas, 1980
Exemplo de uma prancha de banda desenhada
Capa de"Mandrake", uma edição em banda desenhada da Hitaqui-Editora, Lda
Capa de"Tarzan", uma edição em banda desenhada da Editorial Futura, 1986
Capa de"Spirou", uma das edições em banda desenhada da Livraria Bertrand, 1971
O cowboy da BD, Lucky Luke, desenhado por Morris
Capa de"O Incrível Hulk", uma edição em banda desenhada da Bloch Editores S.A., 1976
Exemplos de balões de fala da banda desenhada
Capa de"Super-Homem", uma edição em banda desenhada distribuída pela Agência Portuguesa de Revistas,1983
Capa de "Blake e Mortimer", uma edição em banda desenhada da Editorial Verbo, 1970
Capa de "Calvin e Hobbes - A Última Antologia", de Bill Watterson, álbum de banda desenhada editado pela Gradiva em 1999
Capa do álbum de BD "O Corvo - O Regresso", de Luís Louro, editado pela ASA em 2003
Ao nível da terminologia, o que se designa por quadradinho (desenho que, normalmente, está dentro de uma cercadura quadrangular) é uma vinheta, uma sequência de vinhetas em linha é uma tira e uma página completa é uma prancha. Um balão é um recurso gráfico que serve de fala ou pensamento a uma personagem, podendo adquirir vários formatos consoante o tipo de discurso (tom de voz baixo, normal, alto, irritado...), variando muito também de acordo com o estilo gráfico do desenhador. Muito característica também é a presença de onomatopeias, artifícios gráficos que são representações de sons e movimentos, que ajudam a criar dinâmica e sonoridade nas sequências.
A BD tem várias designações em diferentes países, como Histórias aos Quadradinhos, Histórias em Quadradinhos (Portugal), Histórias em Quadrinhos, Quadrinhos, Gibi (Brasil), Comics (EUA, e outros países), Tebeos, Historietas (Espanha), Fumetti (Itália), Manga (Japão), mas também mais eruditas, como Literatura em Estampas (Rodolphe Töpffer), Figuração Narrativa (Pierre Couperie), Literatura Gráfica (Francis Lacassin) ou Arte Sequencial (Will Eisner).
No nosso país é mais conhecida como banda desenhada ou BD, do francês bande dessinée, termo popularizado por influência da abundante BD franco-belga publicada nos anos 60 e 70 do século XX.
É também designada como a Nona Arte de entre as Artes Plásticas, que compreendem espaços e formas, segundo uma definição de Morris (criador de Lucky Luke e de Rantanplan), que a apresentou pela primeira vez na secção "9e. Art, Musée de la bande dessinée", que assinou entre 1964 e 1967 na revista belga Spirou.
Assim, temos:
1.ª Arte - Arquitetura;
2.ª Arte - Pintura;
3.ª Arte - Escultura;
4.ª Arte - Gravura;
5.ª Arte - Desenho;
6.ª Arte - Fotografia;
7.ª Arte - Cinema;
8.ª Arte - Televisão;
9.ª Arte - Banda Desenhada.
A ligação da BD às outras Artes é bastante significativa, sendo mais evidente a registada nas adaptações a desenhos animados (ou o inverso, caso das personagens da Disney), mas também ao cinema, havendo filmes que são verdadeiros campeões de bilheteira (Astérix, Batman, Homem-Aranha, Super-Homem...).
Embora a sua origem seja bem anterior à fotografia (1839), ao cinema (1895) e à televisão (1934), só nos anos 60 do século XX, e em particular em França, é que começou a ser estudado com profundidade o fenómeno da BD, daí a sua "ordenação" posterior a essas Artes.
A sua origem compreende contributos de diferentes áreas artísticas, remontando às pinturas rupestres, aos frescos egípcios, às iluminuras medievais ou as gravuras que tiveram grande difusão na Europa com a introdução da imprensa. Deste modo, especialmente a partir do século XIX, a impressão de livros, revistas e jornais acompanhados por desenhos permitiram associar o texto à imagem com muita frequência. Neste contexto, o suíço Rodolphe Töpffer (1799-1846) realizou em 1827 uma história combinando de modo interdependente texto e imagem, "Les Amours de Monsieur Vieux-Bois", considerada a primeira BD, embora os seus trabalhos só tenham começado a ser publicados a partir de 1833.
Desde então outros nomes foram contribuindo para a sua expansão, como Gustave Doré (em 1847), Wilhem Busch (1865), Rafael Bordalo Pinheiro (1872), ou Caran d'Ache (1881).
Nos Estados Unidos da América o fenómeno acompanhou o desenvolvimento das grandes cidades e a feroz concorrência registada na imprensa diária, sendo o ano de 1896 marcado pelo aparecimento de The Yellow Kid and his New Phonograph, de Richard Felton Outcault, considerada por muitos como a primeira BD moderna pelo uso do balão, embora os comics tenham efetivamente surgido vários anos antes nos EUA. A publicação dos comics em tiras diárias a preto e branco, a página dominical a cores com uma pequena história completa, o formato das revistas (aproximadamente 17 x 26 cm) e os super-heróis são algumas características muito próprias da sempre dinâmica produção existente nos EUA.
No Japão o fenómeno dos Mangá acompanhou a evolução das estampas impressas, tendo-se tornado após a Segunda Guerra Mundial num fenómeno de massas, utilizando um grafismo e dinâmica narrativa muito próprios, com tiragens impressionantes e uma natural ligação ao cinema de animação, conhecido por Anime.
Tanto nos EUA como no Japão, a BD de massas tiveram como suportes principais revistas com papel de inferior qualidade mas com tiragens consideráveis, notando-se a preocupação em melhorar a qualidade gráfica das revistas e a recolha das melhores séries em álbuns. Os álbuns são o suporte que se implantou decisivamente na Europa, sobretudo com o declínio das grandes revistas que publicavam em simultâneo histórias de continuação.
Deste modo, os principais centros difusores da BD no Mundo são a Europa (nomeadamente a Bélgica, a França, a Itália e o Reino Unido), os Estados Unidos da América e o Japão, onde é frequente existirem museus, bibliotecas, festivais, editoras e livrarias da especialidade.
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Como referenciar
Porto Editora – banda desenhada na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-02 17:36:22]. Disponível em
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