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Bodhidharma
Mestre indiano que viveu no séc. V ou VI d. C, também conhecido por Daruma ou Bodaidaruma no Japão, é o primeiro patriarca do Zen chinês (Ch'an) e o 28.º na linhagem do Budismo Indiano iniciada por Buda Shakyamuni. É ainda considerado o introdutor das artes marciais nos templos Shaolin.
A tradição conta que Bodhidharma pertencia à casta dos guerreiros, e era o terceiro filho do rei Koshi. O seu nome de nascimento era Bodaitara ("A Pérola da Suprema Iluminação") e desde cedo o brâmane Hannyatara verificou a sua predisposição para uma via espiritual. Contudo, só depois da morte do pai, e após passar sete dias em meditação, Bodaitara se dirigiu a Hannyatara para tomar votos. Desde logo revelou a sua maturidade, e Hannyatara deu-lhe o nome de Bodhidharma ("Aquele cuja Iluminação é Toda-Penetrante") e profetizou quanto ao caminho que deveria seguir. Depois da morte do mestre, Daruma deveria viajar até à China para aí ensinar. Entretanto permaneceu junto de Hannyatara durante cerca de quarenta anos, até que partiu de barco em direção à China numa viagem que duraria cerca de três anos. Aportou em Nankai, na costa sul da China e foi depois recebido pelo Imperador, que, num famoso diálogo, lhe perguntou quais os méritos que este tinha acumulado ao construir templos, publicar sutras e ao ajudar a comunidade monástica, ao que Bodhidharma respondeu: "Nenhum que se veja!". O Imperador perguntou-lhe então: "Qual é a essência do Budismo?" "Vasto vazio e nenhuma essência". Finalmente, o imperador indagou: "Já que dizes que no Budismo as coisas não têm essência, então quem está a falar diante de mim?" e a resposta veio da mesma forma abrupta: "Não sei!". Este diálogo seco não terá servido para uma boa relação com o Imperador, e Bodhidharma viajou para o Norte. Aí instalou-se no Templo Shaolin Shorin-ji, onde segundo conta a tradição praticou ininterruptamente durante 9 anos, sentado diante de uma parede. Durante esse tempo de meditação, os membros ter-se-iam atrofiado e mesmo caído. Segundo outra história, Bodhidharma teria cortado as pálpebras por ter adormecido e ao atirá-las para o chão estas deram origem ao chá verde. Mais prosaicamente, outra versão indica que Bodhidharma teria trazido alguns pés da planta do chá para a China. O que é certo é que o chá ficou para sempre ligado à cultura Zen. Seria depois desses anos de meditação que Bodhidharma, ao verificar a fragilidade dos monges, lhes teria ensinado exercícios que viriam a estabelecer a reputação do templo Shaolin nas artes marciais.
Teve poucos discípulos, tendo a linhagem sido transmitida a Hui-k'o. Alguns anos depois da sua morte, um oficial chinês relatou ter encontrado Bodhidharma nas montanhas da Ásia central. Transportava um bastão do qual pendia uma só sandália e disse ao oficial que ia de volta para a Índia. Quando souberam desta história, os monges abriram o seu túmulo. Só lá estava uma sandália.
Estas e outras histórias, algumas contraditórias, explicam a iconografia de Daruma, representado frequentemente com metade do corpo, olhos esbugalhados (sem pálpebras), ou transportando uma sandália. No Japão os bonecos que o representam simbolizam a sua tenacidade e perseverança.
A tradição conta que Bodhidharma pertencia à casta dos guerreiros, e era o terceiro filho do rei Koshi. O seu nome de nascimento era Bodaitara ("A Pérola da Suprema Iluminação") e desde cedo o brâmane Hannyatara verificou a sua predisposição para uma via espiritual. Contudo, só depois da morte do pai, e após passar sete dias em meditação, Bodaitara se dirigiu a Hannyatara para tomar votos. Desde logo revelou a sua maturidade, e Hannyatara deu-lhe o nome de Bodhidharma ("Aquele cuja Iluminação é Toda-Penetrante") e profetizou quanto ao caminho que deveria seguir. Depois da morte do mestre, Daruma deveria viajar até à China para aí ensinar. Entretanto permaneceu junto de Hannyatara durante cerca de quarenta anos, até que partiu de barco em direção à China numa viagem que duraria cerca de três anos. Aportou em Nankai, na costa sul da China e foi depois recebido pelo Imperador, que, num famoso diálogo, lhe perguntou quais os méritos que este tinha acumulado ao construir templos, publicar sutras e ao ajudar a comunidade monástica, ao que Bodhidharma respondeu: "Nenhum que se veja!". O Imperador perguntou-lhe então: "Qual é a essência do Budismo?" "Vasto vazio e nenhuma essência". Finalmente, o imperador indagou: "Já que dizes que no Budismo as coisas não têm essência, então quem está a falar diante de mim?" e a resposta veio da mesma forma abrupta: "Não sei!". Este diálogo seco não terá servido para uma boa relação com o Imperador, e Bodhidharma viajou para o Norte. Aí instalou-se no Templo Shaolin Shorin-ji, onde segundo conta a tradição praticou ininterruptamente durante 9 anos, sentado diante de uma parede. Durante esse tempo de meditação, os membros ter-se-iam atrofiado e mesmo caído. Segundo outra história, Bodhidharma teria cortado as pálpebras por ter adormecido e ao atirá-las para o chão estas deram origem ao chá verde. Mais prosaicamente, outra versão indica que Bodhidharma teria trazido alguns pés da planta do chá para a China. O que é certo é que o chá ficou para sempre ligado à cultura Zen. Seria depois desses anos de meditação que Bodhidharma, ao verificar a fragilidade dos monges, lhes teria ensinado exercícios que viriam a estabelecer a reputação do templo Shaolin nas artes marciais.
Teve poucos discípulos, tendo a linhagem sido transmitida a Hui-k'o. Alguns anos depois da sua morte, um oficial chinês relatou ter encontrado Bodhidharma nas montanhas da Ásia central. Transportava um bastão do qual pendia uma só sandália e disse ao oficial que ia de volta para a Índia. Quando souberam desta história, os monges abriram o seu túmulo. Só lá estava uma sandália.
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Como referenciar
Porto Editora – Bodhidharma na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-05 20:34:15]. Disponível em
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