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Brian Eno
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Músico, compositor e produtor inglês, Brian Eno nasceu a 15 de maio de 1948, em Woodbridge, Inglaterra, com o extenso nome de Brian Peter George St. John le Baptiste de la Salle Eno.
Foi criado em Suffolk, uma zona rural inglesa situada perto de uma base da força aérea norte-americana. Assim, o jovem Brian cresceu habituado a admirar a música marcial e de rock & roll que passava por norma na rádio da Força Aérea.

Mais tarde, frequentou escolas de arte em Ipswich e Winchester, onde conheceu o trabalho de compositores contemporâneos como John Tilbury e Cornelius Cardew, assim como minimalistas como John Cage, todos da linha avant garde.

Apesar de, na altura, não saber tocar nenhum instrumento, Brian Eno fazia vários trabalhos experimentais com gravadores de pistas múltiplas. Com apenas 20 anos, escreveu um livro chamado Música para Não Músicos. Na mesma época, Eno começou a atuar em grupos que apresentavam trabalhos de compositores contemporâneos.

Entretanto, mudou-se para Londres, para onde foi viver numa comunidade de artistas e onde acabou por conhecer e trabalhar com o saxofonista Andy Mackay, dos Roxy Music. Assim, em janeiro de 1971 foi convidado a colaborar com os Roxy Music na qualidade de conselheiro técnico, mas também ficou encarregado dos sintetizadores. Brian Eno só ficou nos Roxy Music até 21 junho de 1973, por divergências com Brian Ferry.

Nesse mesmo dia iniciou a sua carreira a solo e escreveu "Baby's on Fire". Pouco tempo depois fez dupla com Robert Fripp e, ainda nesse ano, em novembro, lançou o esotérico No Pussyfooting, seguido de uma digressão.

Eno trabalhava intensamente e em janeiro de 1974 lançou o seu primeiro álbum totalmente a solo, Here Comes the Warm Jets, onde pontificavam letras e vocalizações bizarras. Neste disco, Eno trabalhou com toda a formação dos Roxy Music, à exceção, claro, de Brian Ferry. Seguiu-se então um single de música punk, "Seven Deadly Finns", que proporcionou uma série de concertos. Só que, a meio de um deles, Eno começou a sentir problemas pulmonares e foi parar ao hospital.
Enquanto recuperava, resolveu visitar os Estados Unidos, mais especificamente S. Francisco, onde acabou por gravar alguns trabalhos para a televisão e colaborar com John Cale, antigo membro dos Velvet Underground.

Ainda durante 1974, Eno participou em vários trabalhos de antigos elementos dos Velvet Underground e chegou a tocar com eles ao vivo. Pelo caminho lançou mais um álbum, Taking Tiger Mountain (By Strategy), a que se seguiram trabalhos de produção em discos de músicos como Robert Wyatt e Phil Manzanera.
Eno, entretanto, começou a interessar-se por música com preocupações ambientais e criou uma editora chamada Obscure Records, através da qual lançou, em 1975, mais um álbum, Discreet Music, concebido durante o período de convalescença após um acidente de automóvel.

Nessa mesma altura, compôs e interpretou o álbum Another Green World. Como esteve vários meses de cama resolveu criar música ambiente que não afetasse o meio envolvente às pessoas.
Brian Eno continuou a trabalhar intensamente, tanto a solo como para outros artistas, e iniciou uma colaboração com o cantor David Bowie que resultou em três discos: Low e Heroes, ambos lançados em 1977, e Lodger, de 1979. Pelo meio, iniciou também outra parceria interessante, com os norte-americanos Talking Heads, tendo produzido, entre 1978 e 1980, três álbuns da banda de David Byrne.

A partir daí, Eno, que em 1979 se tinha mudado para Nova Iorque, dedicou-se principalmente às bandas sonoras de filmes e a trabalhos em vídeo que eram exibidos por todo o mundo.
Em 1981, associou-se a David Byrne para lançar o álbum My Life in the Bush of Ghosts, que mistura percussões de estilo africano com música eletrónica.
Outra parceria bem conseguida foi a realizada com o produtor canadiano Daniel Lanois, já que em conjunto produziram álbuns bem-sucedidos dos U2, como The Unforgettable Fire, The Joshua Tree, Achtung Baby e Zooropa, entre 1984 e 1993.

Depois de, em 1989, Eno ter produzido o álbum de John Cale Words For The Dying, o duo voltou a trabalhar em conjunto, editando em 1990 o disco Wrong Way Up, o primeiro em muitos anos a contar com vocalizações do próprio Eno. Em 1991, Eno lançou a solo My Squelchy Life, o seu primeiro álbum de canções em 15 anos, onde misturou música de dança eletrónica com pop, funk e jazz.
Em 1992, Brian Eno regressou aos projetos a solo com The Shutov Assembly e Nerve Net, seguidos de Neroli, em 1993. No ano seguinte, compôs a banda sonora do filme Glitterburg, de Derek Jarman. Este trabalho só foi editado em 1995, sob o título Spinner, depois de produzido por Jah Wobble.

Em 1995, voltou a trabalhar com David Bowie, produzindo Outside, e com os membros dos U2, apostando na década de 90 mais na produção de outros grupos do que em criações próprias.
De entre as edições de grandes êxitos de Eno, destaca-se Sonora Portraits, de 1999, uma recolha da melhor música ambiental, acompanhada por um livrete com 93 páginas. Ainda nesse ano, sai para as lojas o longa-duração I Dormenti, um disco marcadamente eletrónico e alternativo. A este seguiram-se outros discos sem grande repercussão, como, por exemplo, Drawn For Life (2001). Em 2003, Brian Eno edita o disco January 07003:Bell Studies for The Clock of The Long Now. Este trabalho revelou-se deveras inovador, recorrendo às sonoridades de um dos instrumentos mais antigos da Humanidade, o sino.

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Como referenciar
Porto Editora – Brian Eno na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-13 13:24:25]. Disponível em

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