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Camelídeos
A família dos Camelídeos, animais artiodáctilos, de que fazem parte os camelos, os dromedários, os lamas, as vicunhas, as alpacas, etc. - evolucionou e diversificou-se na América do Norte, onde viviam diversos grupos deste animais, sendo uns semelhantes aos futuros camelos asiáticos e outros semelhantes aos camelos sul-americanos. No período pliocénico, quando se estabeleceu a ligação entre as duas Américas, uma população de camelídeos norte-americanos atravessou-a para sul, ao mesmo tempo que pelo Estreito de Bering passavam também camelídeos para a Ásia.
Os novos camelídeos sul-americanos, nos Andes, constituíram um novo foco de expansão e distribuíram-se praticamente por todo o continente, enquanto se extinguiam os seus ascendentes do Norte. Posteriormente, os camelídeos dos Andes foram-se reduzindo, ficando reduzidos a quatro espécies. Das quatro espécies que hoje se encontram na América do Sul, duas são animais domésticos (lama e alpaca) e as outras duas animais selvagens (guanaco e vicunha). O seu habitat é a cordilheira andina e o seu alimento as plantas silvestres.
Como a do camelo, a domesticidade dos lamas e alpacas não é absoluta. Embora os humanos se sirvam deles, não necessitam de os alimentar e dar abrigo.
Nos desertos do Gobi, na Ásia, viveram até há pouco tempo os últimos camelos selvagens do mundo, pois ao que parece os que ainda por lá vagueiam não são mais que indivíduos outrora domesticados. Esta espécie (Camelus bactrianus) encontra-se domesticada. A outra espécie de camelo, o dromedário ou camelo da Arábia (Camelus dromedarius), só se conhece domesticada. A diferença mais significativa entre as duas espécies é que o dromedário só tem uma bossa, enquanto o camelo da Ásia Central tem duas.
Não é fácil fazer a história destes camelos. Admite-se que da população inicial tenham começado a diferenciar-se duas populações, originando na Arábia o camelo de uma só bossa, ou dromedário, e na Ásia Central o camelo-bactriano, ou camelo de duas bossas. Apesar da diferença morfológica, a sua fisiologia é idêntica e os dados adquiridos pelo estudo de um podem ser aplicados ao outro.
São animais muito bem adaptados à vida no deserto, com características que lhes permitem desafiar os fatores mais importantes dos meios áridos, o vento e a areia. Tornaram-se famosos por poderem passar vários dias sem beber. Isso é possível pelo facto de, quando se alimentam de plantas verdes, conseguirem extrair delas o líquido necessário e produzir grande quantidade de gordura, que armazenam na bossa. Quando as condições não são propícias e escasseiam as plantas e a bebida, metabolizam a gordura armazenada, assim como outros produtos orgânicos que poderão formar água com o oxigénio da respiração. O camelo pode perder até um quarto do seu peso. Bastar-lhe-á depois comer um pouco e beber até se saciar (pode beber até 100 litros de uma vez) para que o organismo produza novamente gordura, recuperando o peso normal em dois ou três dias.
Os novos camelídeos sul-americanos, nos Andes, constituíram um novo foco de expansão e distribuíram-se praticamente por todo o continente, enquanto se extinguiam os seus ascendentes do Norte. Posteriormente, os camelídeos dos Andes foram-se reduzindo, ficando reduzidos a quatro espécies. Das quatro espécies que hoje se encontram na América do Sul, duas são animais domésticos (lama e alpaca) e as outras duas animais selvagens (guanaco e vicunha). O seu habitat é a cordilheira andina e o seu alimento as plantas silvestres.
Como a do camelo, a domesticidade dos lamas e alpacas não é absoluta. Embora os humanos se sirvam deles, não necessitam de os alimentar e dar abrigo.
Não é fácil fazer a história destes camelos. Admite-se que da população inicial tenham começado a diferenciar-se duas populações, originando na Arábia o camelo de uma só bossa, ou dromedário, e na Ásia Central o camelo-bactriano, ou camelo de duas bossas. Apesar da diferença morfológica, a sua fisiologia é idêntica e os dados adquiridos pelo estudo de um podem ser aplicados ao outro.
São animais muito bem adaptados à vida no deserto, com características que lhes permitem desafiar os fatores mais importantes dos meios áridos, o vento e a areia. Tornaram-se famosos por poderem passar vários dias sem beber. Isso é possível pelo facto de, quando se alimentam de plantas verdes, conseguirem extrair delas o líquido necessário e produzir grande quantidade de gordura, que armazenam na bossa. Quando as condições não são propícias e escasseiam as plantas e a bebida, metabolizam a gordura armazenada, assim como outros produtos orgânicos que poderão formar água com o oxigénio da respiração. O camelo pode perder até um quarto do seu peso. Bastar-lhe-á depois comer um pouco e beber até se saciar (pode beber até 100 litros de uma vez) para que o organismo produza novamente gordura, recuperando o peso normal em dois ou três dias.
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Como referenciar
Porto Editora – Camelídeos na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-10 02:31:45]. Disponível em
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