Canto e Castro (ator)

Ator português, Henrique Canto e Castro nasceu a 24 de abril de 1930, em Lisboa, e faleceu a 1 de fevereiro de 2005, em Almada. Cedo começou a sua carreira artística, participando em programas radiofónicos infantis na Emissora Nacional. Depois de algumas presenças em peças do Teatro Universitário da Mocidade Portuguesa, entrou para o Conservatório em 1946, devido, em parte, pela pressão exercida por seu pai. Estreou-se profissionalmente na peça Topaze (1946), de Marcel Pignol. Passou pelos Comediantes de Lisboa, liderados pelo ator e encenador Ribeirinho, e pelo Teatro do Salitre, ao lado de Armando Cortez e Rogério Paulo. Durante a década de 50, fez sobretudo teatro infantil. Em 1960, a convite de Amélia Rey Colaço, entrou para os quadros do Teatro Nacional Dona Maria II, onde trabalhou com nomes conceituados como Alves da Cunha, João Villaret, Paulo Renato e Laura Alves. Em 1967, alcançou grande sucesso junto do público quando protagonizou, juntamente com Fernanda Borsatti e Henriqueta Maia, a peça O Fusível, de Peter Shaffer.
Em finais dos anos 70, a sua voz tornou-se popular junto do público infantil, visto ter pertencido ao elenco de atores que dobrou as séries A Abelha Maia e Marco - mais tarde, Bocas e a fala do mordomo de um conhecido spot publicitário a uma marca de chocolates continuariam a assegurar o reconhecimento da sua voz junto ao grande público. A partir daí, foi presença constante na televisão, em séries como Duarte e Companhia (1985-90), Residencial Tejo (1999) e As Aventuras de Camilo (2002), e ainda em telenovelas como Desencontros (1995), Roseira Brava (1995), Vidas de Sal (1996) e Anjo Selvagem (2001). Também fez cinema, atuando em filmes como Perdeu-se Um Marido (1957) de Henrique Campos, Manhã Submersa (1980), de Lauro António, La Fille de D'Artagnan (A Filha de D'Artagnan, 1994), Cinco Dias, Cinco Noites (1996), Tráfico (1998), Longe da Vista (1998), Capitães de abril (2000), Palavra e Utopia (2000) e Aparelho Voador a Baixa Altitude (2002).