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Carlos Saura
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Realizador e argumentista espanhol, Carlos Saura Atares nasceu a 4 de janeiro de 1932, em Huesca, e faleceu a 10 de fevereiro de 2023 em Madrid.

Saura nasceu no seio de uma família de artistas. A sua mãe era pianista e o seu irmão pintor expressionista, factos que influenciaram o curso da sua carreira. A sua paixão pelo cinema surgiu desde cedo e ainda adolescente começou a fotografar. Em 1950, fez o seu primeiro filme caseiro com uma câmara de 16 mm e, mais tarde, mudou-se para Madrid para estudar engenharia industrial.

Contudo, o seu interesse pela fotografia e pelo cinema fizeram-no desistir dos estudos e acabou por se inscrever em 1952 no Instituto de Investigação e Estudo Cinematográfico.

Em 1956, fez a sua primeira curta-metragem, o documentário El Pequeño Rio Manzanares e, no ano seguinte, realizou outra curta-metragem: La Tarde del Domingo. Em 1959, realizou e assinou o argumento de Los Golfos, a sua primeira longa-metragem.

Em 1966, fez La Caza (A Caça), que lhe valeu o Urso de Prata para Melhor Realizador do Festival de Cinema de Berlim, bem como a nomeação para o Urso de Ouro do mesmo festival. Seguiu-se Peppermint Frappé (1967), protagonizado por Geraldine Chaplin, pelo qual voltou a ganhar o Urso de Prata para Melhor Realizador.

Fez depois La Madriguera (A Colmeia, 1969), mais uma vez protagonizado por Geraldine Chaplin - aliás, Chaplin foi a sua musa inspiradora, protagonizando nove dos seus filmes e com quem acabou por casar.

Realizou depois Le Jardim des Delices (1970), Anna et les Loups (1972) e La Prima Angélica (1974), que fez furor no Festival de Cannes, onde ganhou o Grande Prémio do Júri.

Pelo trabalho em Cria Cuervos (1976), considerado o seu filme de maior sucesso, voltou a ganhar o Grande Prémio do Júri do Festival de Cannes, recebendo também a nomeação para o César de Melhor Filme Estrangeiro e para o Globo de Ouro da mesma categoria. Depois, realizou e assinou o argumento de Elisa, Vida Mia (Memória de Elisa, 1977); Los Ojos Vendados (Os Olhos Vendados, 1978), e foi nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro pela comédia de fantasia Mamá Cumple Cien Años (1979).

Destaque ainda para a sua trilogia dedicada ao flamenco: Bodas de Sangre (Bodas de Sangue, 1981); Carmen (1983) e o drama El Amor Brujo (Amor Bruxo, 1986).

Em 1998, celebrou o tango com o filme musical Tango, no me dejes nunca, que foi nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro e para o Globo de Ouro da mesma categoria, entre outros prémios. No ano seguinte, ganhou o Goya de Melhor Realizador, Melhor Filme e Melhor Argumento Adaptado pelo seu trabalho no drama de guerra Ay, Carmela!, baseado na peça de José Sanchis Sinisterra, com Carmen Maura no principal papel.

Homenageou depois um dos seus pintores preferidos com um retrato pessoal no drama Goya en Burdeos (Goya em Bordéus, 1999), passado em Bordéus nos últimos anos de vida do pintor Francisco Goya. Em 2002, realizou e escreveu Salomé, com Aida Gomez no papel principal.

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Porto Editora – Carlos Saura na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-09 00:31:07]. Disponível em

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