Carol Greider

Investigadora e bióloga molecular norte-americana, Carol Widney Greider nasceu a 15 de abril de 1961, em São Diego na Califórnia. Formou-se em Biologia em 1983 pela Universidade da Califórnia (Santa Bárbara) e completou o seu doutoramento em Biologia Molecular em 1987 na Universidade da Califórnia (Berkeley). Posteriormente, fez uma pós-graduação, trabalhou no Laboratório Coll Spring Harbor, em Nova Iorque, e desde 1997 pertence à Universidade Johns Hopkins, sendo diretora do departamento de Biologia Molecular e Genética.

Em 1984, Carol Greider era doutoranda da respeitada investigadora Elizabeth Blackburn na Universidade da Califórnia, Berkeley. Blackburn havia feito uma descoberta importantíssima: todas as extremidades dos cromossomas apresentavam uma sequência que se repetia designada telómero. Os telómeros são uma espécie de capa de proteção das pontas dos cromossomas que impedem que estes se desfiem quando ocorre a divisão celular. Ao trabalhar em conjunto com Elizabeth Blackburn, Carol Greider foi a corresponsável por uma outra descoberta crucial: a enzima que possibilitava a formação dos telómeros, a telomerase.

Esta enzima tem uma função protetora dos cromossomas impedindo a sua degradação. A telomerase possibilita a cópia total dos cromossomas durante a divisão celular. Esta proteção é vital pois com o tempo a estabilidade dos telómeros vai diminuindo até já não ser possível proteger o organismo das doenças. Estas descobertas são fundamentais para se compreender a razão de certas mutações genéticas, sendo um grande avanço na tentativa de obter a cura de doenças tais como o cancro.

Carol Greider é membro da Sociedade Americana para a Biologia Celular (1999) e da Academia Nacional de Ciências (2003). Foi agraciada com diversos prémios tais como o Prémio Internacional da Fundação Gairdner, em 1998, o Prémio Richard Lounsbery, em 2003, o Prémio Dickson, em 2006, entre outros. Além disso, partilhou ainda com Elizabeth Blackburn o Prémio Wiley em Ciências Biomédicas, em 2006, o Prémio Louisa Gross Horwitz (partilhado também com o cientista Joseph G. Gall), em 2007, e o Prémio Paul Ehrlich and Ludwig Darmstaedter (2009). Em 2006, Carol Greider, Elizabeth Blackburn e Jack Szostak receberam o Prémio Lasker pelas suas investigações na área da medicina e da biologia molecular e os três cientistas foram de novo homenageados em 2009, com a atribuição do Prémio Nobel da Medicina.