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Castelo de Alcácer do Sal
Elevando-se a uma cota de cerca de 60 metros subsistem as arruinadas muralhas do Castelo de Alcácer do Sal, implantadas na margem setentrional do Rio Sado, nas proximidades da cidade atual.
A muralha apresenta uma planta aproximadamente elíptica, possuindo uma extensão de 260 metros no seu eixo maior, enquanto o menor alcança os 150 metros. Estes panos de muralha apresentam ainda alguns torreões de alvenaria, também estes arruinados, bem assim como outras edificações castrenses em taipa, testemunhos militares de várias épocas construtivas.
Com efeito, Alcácer do Sal sofreu diversas ocupações, configurando a sua fortaleza diversos perfis arquitetónicos. No período do domínio romano, esta vila denominava-se Salácia, revelando-se então como um importante centro rodoviário ligando o estuário do Tejo ao Alentejo e ao Algarve. Os diversos povos bárbaros que posteriormente a ocuparam continuaram a conferir-lhe uma grande importância estratégica, vindo esta a ser conquistada no século VIII pelos muçulmanos.
Após várias e sucessivas incursões infrutíferas nos anos anteriores, esta praça-forte da orla marítima alentejana seria conquistada para as armas cristãs em 1158, vitória conseguida pelo exército português comandado por D. Afonso Henriques e que integrava um grande contingente de cavaleiros da Ordem de Sant'Iago da Espada.
Em 1186, D. Sancho I efetuou uma doação da vila e do castelo a esta Ordem religioso-militar, ficando a guarda desta fortaleza a cargo dos cavaleiros Espatários. No entanto, estes sofreram um sério revés em 1191, face às tropas muçulmanas comandadas pelo almóada Iacube. Alcácer do Sal foi recuperada, em definitivo, no ano de 1217, conquista bem sucedida sob o comando de D. Afonso II.
No século XIII, D. Dinis procedeu à reparação e reforço dos castelos nacionais, inscrevendo-se Alcácer do Sal nesta renovação militar castreja, o que lhe conferiu um aspeto arquitetónico medieval.
Durante a crise de 1383-85, este castelo alinhou pelo partido do mestre de Avis, futuro rei D. João I, estacionando aqui tropas comandadas pelo condestável D. Nuno Álvares Pereira.
No século XV, o castelo registou alguns episódios importantes ao longo dos reinados de D. João II e de D. Manuel I. No interior das suas muralhas, o Príncipe Perfeito foi informado da conspiração que lhe preparava o duque de Viseu. A 30 de outubro de 1500, D. Manuel I efetuava aqui o seu segundo casamento com a infanta castelhana D. Maria.
Desatualizada e pouco dimensionada para a arte guerreira da pirobalística, Alcácer do Sal tornou-se presa fácil para as tropas castelhanas de Filipe II em 1580. Posteriormente desativada, o tempo e a incúria dos homens encarregaram-se de desmantelar a fortaleza. Esta depradação foi estancada no século XX, devido à intervenção de restauro levada a efeito pela Direção-Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN).
A muralha apresenta uma planta aproximadamente elíptica, possuindo uma extensão de 260 metros no seu eixo maior, enquanto o menor alcança os 150 metros. Estes panos de muralha apresentam ainda alguns torreões de alvenaria, também estes arruinados, bem assim como outras edificações castrenses em taipa, testemunhos militares de várias épocas construtivas.
Com efeito, Alcácer do Sal sofreu diversas ocupações, configurando a sua fortaleza diversos perfis arquitetónicos. No período do domínio romano, esta vila denominava-se Salácia, revelando-se então como um importante centro rodoviário ligando o estuário do Tejo ao Alentejo e ao Algarve. Os diversos povos bárbaros que posteriormente a ocuparam continuaram a conferir-lhe uma grande importância estratégica, vindo esta a ser conquistada no século VIII pelos muçulmanos.
Em 1186, D. Sancho I efetuou uma doação da vila e do castelo a esta Ordem religioso-militar, ficando a guarda desta fortaleza a cargo dos cavaleiros Espatários. No entanto, estes sofreram um sério revés em 1191, face às tropas muçulmanas comandadas pelo almóada Iacube. Alcácer do Sal foi recuperada, em definitivo, no ano de 1217, conquista bem sucedida sob o comando de D. Afonso II.
No século XIII, D. Dinis procedeu à reparação e reforço dos castelos nacionais, inscrevendo-se Alcácer do Sal nesta renovação militar castreja, o que lhe conferiu um aspeto arquitetónico medieval.
Durante a crise de 1383-85, este castelo alinhou pelo partido do mestre de Avis, futuro rei D. João I, estacionando aqui tropas comandadas pelo condestável D. Nuno Álvares Pereira.
No século XV, o castelo registou alguns episódios importantes ao longo dos reinados de D. João II e de D. Manuel I. No interior das suas muralhas, o Príncipe Perfeito foi informado da conspiração que lhe preparava o duque de Viseu. A 30 de outubro de 1500, D. Manuel I efetuava aqui o seu segundo casamento com a infanta castelhana D. Maria.
Desatualizada e pouco dimensionada para a arte guerreira da pirobalística, Alcácer do Sal tornou-se presa fácil para as tropas castelhanas de Filipe II em 1580. Posteriormente desativada, o tempo e a incúria dos homens encarregaram-se de desmantelar a fortaleza. Esta depradação foi estancada no século XX, devido à intervenção de restauro levada a efeito pela Direção-Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN).
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Como referenciar
Porto Editora – Castelo de Alcácer do Sal na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-10 23:04:21]. Disponível em
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Porto Editora – Castelo de Alcácer do Sal na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-10 23:04:21]. Disponível em