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cerveja
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A cerveja é uma bebida alcoólica que resulta de fermentação de cereais, essencialmente cevada, mas há povos que também recorrem ao arroz e ao centeio. Normalmente, adiciona-se água e flores de lúpulo de forma a dar sabor e aroma. Como a cevada não fermenta é necessário logo à partida transformá-la em açúcar fermentável.
A cerveja terá sido fabricada pela primeira vez há cerca de sete mil anos na Babilónia e povos como os egípcios e os sumérios tinham uma grande tradição no consumo deste tipo de bebida. A cerveja era confecionada normalmente por padeiros, pois eram eles que à partida já lidavam com os grãos de cereais e com as leveduras. Para dar sabores diferentes à bebida era adicionado lúpulo, zimbro ou hortelã.

Diz a lenda que foi Osiris, deus egípcio da agricultura, que ensinou os humanos a fabricar cerveja. Os gregos viriam a aprender com os egípcios os segredo da produção da cerveja e passaram posteriormente esses conhecimentos aos romanos. Estes, por sua vez, viriam a introduzi-los na Gália e na Hispânia.
A cerveja era bebida pelas classes mais baixas, especialmente entre os gauleses e os germanos. Foi na época dos romanos que começou a ser utilizada a palavra "cervisia" ou "cerevisia", que pretendia homenagear Ceres, a deusa da agricultura e da fertilidade.

Copo de cerveja
Lúpulo (<i>Humulus lupulus</i>), uma planta da família das Canabináceas utilizada no fabrico da cerveja
A partir da Idade Média a cerveja passou a ser fabricada principalmente em conventos e foram os monges que tornaram popular o uso do lúpulo para dar sabor à bebida. Em 1040 os monges beneditinos de Weihenstepham foram os primeiros a receber oficialmente a autorização para produzir e vender da cerveja.
Já em 1516 foi decretada na Baviera a Lei da Pureza que determinava quais os produtos que podiam ser usados no fabrico da cerveja. Tratava-se da cevada, do lúpulo e da água.

A partir do século XIX, o fabrico da cerveja passou a ser dominado pela ciência e pela técnica. Louis Pasteur conseguiu convencer, em 1876, os produtores a utilizarem culturas selecionadas de leveduras para fermentar o mosto, o que permitia manter uma padronização na qualidade da cerveja. Até aí a fermentação era natural e os microrganismos deterioravam o mosto. A pasteurização permitiu tornar inativos os microrganismo através do calor.
Atualmente, há dezenas de tipos de cerveja, sendo os mais conhecidos a cerveja sem álcool e a cerveja preta. A cerveja por norma tem cerca de quatro ou cinco por cento de álcool, mas os extremos podem variar entre os dois e os catorze por cento. A cerveja pode variar de cor, sabor ou intensidade de álcool e para se introduzir estas diferenças é necessário atuar durante o processo de fabrico.

Diversas cidades deram o seu nome a diferentes tipos de cerveja como foi o caso de Pilsen, na República Checa, Munique, na Alemanha, e Viena, na Áustria.
A Alemanha, o Reino Unido e os Estados Unidos da América são os maiores produtores de cerveja do mundo. Portugal tem também um mercado interno bastante grande, já que esta bebida é bastante popular em todas a classes sociais e etárias.

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Porto Editora – cerveja na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-14 17:22:57]. Disponível em
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