Chateaubriand
Escritor francês, François-René Chateaubriand nasceu a 4 de setembro de 1768, em Saint-Malo, na costa setentrional do país.
Oriundo de uma família aristocrática, passou a sua infância no castelo ancestral de Combourg. Sentia desde muito cedo a vocação eclesiástica mas, apesar disso, decidiu tentar a sua sorte fazendo carreira na Marinha, seguindo o exemplo de alguns dos seus antepassados. Por volta de 1786 já era sub-tenente e, pouco tempo depois, teve a honra de ser apresentado ao então rei de França, Luís XVI, pelo que passou a frequentar a corte de Paris.
A vida sumptuosa foi interrompida pelo estalar da Revolução Francesa em 1789 e, embora tivesse compactuado a princípio com os insurretos, logo se desiludiu, ao testemunhar os horríveis massacres perpetrados contra a nobreza. Decidiu, portanto, partir em busca de aventura para a América do Norte em 1791, regressando a Saint-Malo apenas no ano seguinte, fascinado pela natureza ainda intacta do Mississipi e pela beleza imponente das cataratas do Niagara.
Não muito tempo depois tornou a sentir-se descontente com o rumo que a França levava, e decidiu juntar-se ao exército contrarrevolucionário estacionado na Alemanha.
A tentativa de restauração da monarquia falhou em 1793, depois do cerco de Thionville, de onde Chateaubriand saíra ferido. Procurou então refúgio em Inglaterra, onde acabou por permanecer cerca de sete anos.
De novo em França no ano de 1800, sofreu um enorme desgosto ao ter notícias da morte da mãe e da irmã, tornando a abraçar a fé católica.
No ano seguinte publicou o seu primeiro livro, um romance intitulado Les Natchez: Atala, ou Les Amours de Deux Sauvages Dans le Désert (1801, Atalá, ou os amores de dois selvagens no deserto: brevissimo resumo (em quadras liricas) da insigne historia / escripta por Mr. Chateaubriand), em que contava a história dos amores entre um índio e uma virgem cristã algures no território da Luisiana.
Em 1802 apareceu a sua obra mais conhecida, Le Génie du Christianisme, ou Les Beautés de la Réligion Chrétienne, obra em que procurava reavivar o interesse pelo catolicismo, e que Camilo Castelo Branco traduziu para português com o título O Génio do Cristianismo.
Imiscuíndo-se novamente na política, pôs-se ao serviço de Napoleão Bonaparte, o qual, em 1803, o nomeou embaixador francês em Roma. Demitiu-se logo no ano seguinte, após o assassinato do Duque de Enghien. Distanciando-se assim de Napoleão, zarpou de viagem em 1806, desta feita rumo ao Oriente, visitando lugares tão longínquos como a Grécia, a Turquia, o Egito e a África do Norte, em busca dos lugares onde a fé cristã começara.
Em resultado desta sua experiência publicou Les Martyrs, ou Le Triomphe de la Réligion Chrétienne (1809, Os Martyres), também traduzida por Camilo.
Eleito membro da Academia Francesa em 1811, foi também nomeado Par de França e Ministro do Estado após a derrota de Napoleão em Waterloo.
Chateaubriand faleceu em Paris a 4 de julho de 1848.
As suas Mémoires d'outre-tombe (Memórias de Além-Túmulo, 1850) influenciaram o romantismo europeu.
Oriundo de uma família aristocrática, passou a sua infância no castelo ancestral de Combourg. Sentia desde muito cedo a vocação eclesiástica mas, apesar disso, decidiu tentar a sua sorte fazendo carreira na Marinha, seguindo o exemplo de alguns dos seus antepassados. Por volta de 1786 já era sub-tenente e, pouco tempo depois, teve a honra de ser apresentado ao então rei de França, Luís XVI, pelo que passou a frequentar a corte de Paris.
A vida sumptuosa foi interrompida pelo estalar da Revolução Francesa em 1789 e, embora tivesse compactuado a princípio com os insurretos, logo se desiludiu, ao testemunhar os horríveis massacres perpetrados contra a nobreza. Decidiu, portanto, partir em busca de aventura para a América do Norte em 1791, regressando a Saint-Malo apenas no ano seguinte, fascinado pela natureza ainda intacta do Mississipi e pela beleza imponente das cataratas do Niagara.
Não muito tempo depois tornou a sentir-se descontente com o rumo que a França levava, e decidiu juntar-se ao exército contrarrevolucionário estacionado na Alemanha.
A tentativa de restauração da monarquia falhou em 1793, depois do cerco de Thionville, de onde Chateaubriand saíra ferido. Procurou então refúgio em Inglaterra, onde acabou por permanecer cerca de sete anos.
De novo em França no ano de 1800, sofreu um enorme desgosto ao ter notícias da morte da mãe e da irmã, tornando a abraçar a fé católica.
No ano seguinte publicou o seu primeiro livro, um romance intitulado Les Natchez: Atala, ou Les Amours de Deux Sauvages Dans le Désert (1801, Atalá, ou os amores de dois selvagens no deserto: brevissimo resumo (em quadras liricas) da insigne historia / escripta por Mr. Chateaubriand), em que contava a história dos amores entre um índio e uma virgem cristã algures no território da Luisiana.
Em 1802 apareceu a sua obra mais conhecida, Le Génie du Christianisme, ou Les Beautés de la Réligion Chrétienne, obra em que procurava reavivar o interesse pelo catolicismo, e que Camilo Castelo Branco traduziu para português com o título O Génio do Cristianismo.
Imiscuíndo-se novamente na política, pôs-se ao serviço de Napoleão Bonaparte, o qual, em 1803, o nomeou embaixador francês em Roma. Demitiu-se logo no ano seguinte, após o assassinato do Duque de Enghien. Distanciando-se assim de Napoleão, zarpou de viagem em 1806, desta feita rumo ao Oriente, visitando lugares tão longínquos como a Grécia, a Turquia, o Egito e a África do Norte, em busca dos lugares onde a fé cristã começara.
Em resultado desta sua experiência publicou Les Martyrs, ou Le Triomphe de la Réligion Chrétienne (1809, Os Martyres), também traduzida por Camilo.
Eleito membro da Academia Francesa em 1811, foi também nomeado Par de França e Ministro do Estado após a derrota de Napoleão em Waterloo.
Chateaubriand faleceu em Paris a 4 de julho de 1848.
As suas Mémoires d'outre-tombe (Memórias de Além-Túmulo, 1850) influenciaram o romantismo europeu.
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Como referenciar
Porto Editora – Chateaubriand na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-15 14:43:58]. Disponível em
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