2 min
Christo Javacheff
Escultor norte-americano, Christo Vladimirov Javacheff nasceu a 13 de junho de 1935, em Gabrovo, na Bulgária, e estudou escultura na Escola de Belas-Artes de Sófia, entre 1952 e 1956. Em 1958 instalou-se em França, onde conheceu a artista Jeanne-Claude de Guillebon com quem se casou e se associou profissionalmente. Em 1964 vai viver para Nova Iorque.
Entre 1958 e 1963, realiza em Paris os seus primeiros trabalhos, um conjunto de objetos que denomina embrulhos e para os quais utiliza garrafas, caixas, roupa ou plástico. Nesta altura junta-se ao grupo KWY, formado por seis artistas portugueses e um pintor alemão, causando especial interesse da crítica pelos objetos embrulhados que expõe em Paris e em Lisboa. A ideia de revestir objetos facilmente identificáveis com uma nova pele aproxima-se da prática de transformação de objetos familiares bastante difundida pelos novos realistas na década de 60. Entre as peças que produz durante este período pode referir-se, como exemplo, a escultura "Máquina de Calcular Embrulhada", realizada em 1963.
Em 1969 os seus trabalhos ganham maior escala e adquirem igualmente um carácter efémero. A intervenção "Costa Embrulhada", de 69, inicia o conjunto de grandes intervenções que o tornaram mundialmente conhecido. Entre 1970 e 1972 realiza o Valley Curtain, que consistia numa grande tela laranja colocada entre duas encosta de um vale. Quatro anos depois concretiza, na paisagem árida da Califórnia, um projeto ainda mais vasto, o "Running Fence", o qual usa uma vedação em tela de nylon com cerca de cinco metros de altura e com uma extensão de trinta e oito quilómetros. Estas obras serviram como tema de filmes documentários dos realizadores Albert e David Maysles.
Noutros grandes projetos, propõe o embrulho de ilhas na baía de Biscayne (Florida, 1983) e a colocação de enormes guarda-chuvas nas paisagens da Califórnia (1991).
Se a eleição do ambiente natural como suporte ou objeto das suas ações o aproximam das tendências da Land Art, algumas intervenções em edifícios ou estruturas arquitetónicas em meios urbanos cortam com a exclusividade do meio natural como suporte para a obra de arte. Os trabalhos em que embrulhava grandes objetos ou edifícios inteiros tornaram-se os mais famosos e mediáticos da sua carreira. São exemplo as intervenções efémeras na Pont Neuf, Paris, realizada em 1985, e no Reichstag de Berlim em 1995.
Dois denominadores comuns acompanham o trabalho de Christo e de Jeanne-Claude: a vontade de esconder e transformar objetos fortemente ancorados no imaginário do público, através da colocação de um véu que lhes dá uma qualidade irreal e a abordagem de uma vasta gama de escalas, desde pequenos objetos e máquinas a estruturas arquitetónicas completas ou setores de paisagem.
Entre 1958 e 1963, realiza em Paris os seus primeiros trabalhos, um conjunto de objetos que denomina embrulhos e para os quais utiliza garrafas, caixas, roupa ou plástico. Nesta altura junta-se ao grupo KWY, formado por seis artistas portugueses e um pintor alemão, causando especial interesse da crítica pelos objetos embrulhados que expõe em Paris e em Lisboa. A ideia de revestir objetos facilmente identificáveis com uma nova pele aproxima-se da prática de transformação de objetos familiares bastante difundida pelos novos realistas na década de 60. Entre as peças que produz durante este período pode referir-se, como exemplo, a escultura "Máquina de Calcular Embrulhada", realizada em 1963.
Em 1969 os seus trabalhos ganham maior escala e adquirem igualmente um carácter efémero. A intervenção "Costa Embrulhada", de 69, inicia o conjunto de grandes intervenções que o tornaram mundialmente conhecido. Entre 1970 e 1972 realiza o Valley Curtain, que consistia numa grande tela laranja colocada entre duas encosta de um vale. Quatro anos depois concretiza, na paisagem árida da Califórnia, um projeto ainda mais vasto, o "Running Fence", o qual usa uma vedação em tela de nylon com cerca de cinco metros de altura e com uma extensão de trinta e oito quilómetros. Estas obras serviram como tema de filmes documentários dos realizadores Albert e David Maysles.
Se a eleição do ambiente natural como suporte ou objeto das suas ações o aproximam das tendências da Land Art, algumas intervenções em edifícios ou estruturas arquitetónicas em meios urbanos cortam com a exclusividade do meio natural como suporte para a obra de arte. Os trabalhos em que embrulhava grandes objetos ou edifícios inteiros tornaram-se os mais famosos e mediáticos da sua carreira. São exemplo as intervenções efémeras na Pont Neuf, Paris, realizada em 1985, e no Reichstag de Berlim em 1995.
Dois denominadores comuns acompanham o trabalho de Christo e de Jeanne-Claude: a vontade de esconder e transformar objetos fortemente ancorados no imaginário do público, através da colocação de um véu que lhes dá uma qualidade irreal e a abordagem de uma vasta gama de escalas, desde pequenos objetos e máquinas a estruturas arquitetónicas completas ou setores de paisagem.
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Como referenciar
Porto Editora – Christo Javacheff na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-06 21:17:11]. Disponível em
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