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Condeixa-a-Nova
Aspetos Geográficos
O concelho de Condeixa-a-Nova, do distrito de Coimbra, está situado na faixa litoral da região Centro (NUT II), no Baixo Mondego (NUT III), e é limitado a norte e a nordeste pelo concelho de Coimbra, a este pelo de Miranda do Corvo, a sul pelos concelhos de Penela e Soure e a oeste pelos de Soure e Montemor-o-Velho. Uma parte do concelho encontra-se numa zona de vale, até cerca de 88 metros de altitude, na margem direita da ribeira de Soure, afluente da margem esquerda do rio Mondego. Por outro lado, o concelho apresenta uma vertente serrana, com algumas povoações situadas na serra.
Ocupa uma área total de 138,7 km2 e é constituído por 10 freguesias: Anobra, Ega, Condeixa-a-Velha, Furadouro, Belide, Sebal, Condeixa-a-Nova, Bendafé, Vila Seca e Zambujal.
Em 2021, o concelho apresentava 16 733 habitantes.
O natural ou habitante de Condeixa-a-Nova denomina-se condeixense.
História e Monumentos
O concelho esteve sempre ligado a Conímbriga, cidade luso-romana do século II a. C., da qual restam atualmente as ruínas. Conímbriga teve um crescimento próspero, que durou mais de quatro séculos. Com o declínio do Império Romano, posteriormente às invasões bárbaras, estas terras foram reconquistadas por D. Afonso II das Astúrias, no século XI d. C.. Os poucos habitantes que haviam permanecido fundaram, mais a norte, a atual Condeixa. Inicialmente, o povoado seria um casal designado de "Outeiro", localizado entre terrenos de diversos morgados proprietários. No século XVI foi elevado a freguesia, pois diz-se que D. Manuel I passou por estas terras em 1502, a caminho de Santiago de Compostela e, a pedido dos seus habitantes, a 3 de julho de 1514, concedeu-lhe foral.
No século XVI a localidade era já atravessada pela estrada de Lisboa (atual EN1), sendo por isso uma das principais localidades da zona de Coimbra, onde se construíram palácios e solares, habitados por famílias nobres, como por exemplo a de Sotto Mayor e a dos Figueiredos.
Em março de 1811, o progresso vê-se interrompido pelas terceiras Invasões Francesas, comandadas pelo General Massena, que, depois de derrotado no Buçaco, aterrorizou a vila e os arredores. Foi em meados do século XIX que o concelho atingiu a sua emancipação administrativa, pela Carta de Lei de D. Maria II, em abril de 1838.
Do património arquitetónico fazem parte o Castellum de Alcabideque, que é uma pequena torre de construção romana que servia para captar e elevar a água para ser transportada através de um aqueduto até à cidade de Conímbriga; a Igreja Matriz de Condeixa-a-Nova, que foi incendiada pelos invasores franceses do século XIX e foi reconstruída com um aspeto neoclássico, e o Pelourinho da Ega, do século XVI, que servia como marco judicial.
Tradições, Lendas e Curiosidades
No concelho realizam-se os mercados municipais às terças e sextas-feiras de cada semana.
O feriado municipal é a 24 de julho, data da realização de uma festa em honra da padroeira Sta. Cristina.
A olaria sempre teve um papel muito importante na região, existindo várias fábricas onde se produz a famosa louça de Conímbriga, pintada à mão e com motivos do século XVIII.
O escritor romancista Fernando Namora nasceu neste concelho no ano de 1919, existindo na sede concelhia, como reconhecimento da grandeza das suas obras, a Casa-Museu Fernando Namora, aberta ao público a 30 de junho de 1990.
Economia
Nas freguesias localizadas na base nas serras a vertente agrícola sempre foi uma das mais importantes fontes de rendimento dos habitantes deste concelho. Esta atividade tem vindo a perder o seu peso, embora represente ainda cerca de 11% da população ativa total.
Mais recentemente, tem-se acentuado a implantação de unidades industriais, facto justificado pela sua localização geográfica e pelas suas acessibilidades. Predominam as indústrias de cerâmica, de medicamentos e alimentar. Este setor ocupa cerca de 35% da população ativa do concelho. O sucesso industrial deste concelho pode dever-se também à mais-valia da proximidade de Coimbra, de onde advêm recursos humanos com elevada qualificação técnica e científica.
Este facto faz com que o setor de atividade predominante seja o terciário, que emprega mais de 50% da população ativa do concelho.
O concelho de Condeixa-a-Nova, do distrito de Coimbra, está situado na faixa litoral da região Centro (NUT II), no Baixo Mondego (NUT III), e é limitado a norte e a nordeste pelo concelho de Coimbra, a este pelo de Miranda do Corvo, a sul pelos concelhos de Penela e Soure e a oeste pelos de Soure e Montemor-o-Velho. Uma parte do concelho encontra-se numa zona de vale, até cerca de 88 metros de altitude, na margem direita da ribeira de Soure, afluente da margem esquerda do rio Mondego. Por outro lado, o concelho apresenta uma vertente serrana, com algumas povoações situadas na serra.
Ocupa uma área total de 138,7 km2 e é constituído por 10 freguesias: Anobra, Ega, Condeixa-a-Velha, Furadouro, Belide, Sebal, Condeixa-a-Nova, Bendafé, Vila Seca e Zambujal.
Em 2021, o concelho apresentava 16 733 habitantes.
O natural ou habitante de Condeixa-a-Nova denomina-se condeixense.
História e Monumentos
O concelho esteve sempre ligado a Conímbriga, cidade luso-romana do século II a. C., da qual restam atualmente as ruínas. Conímbriga teve um crescimento próspero, que durou mais de quatro séculos. Com o declínio do Império Romano, posteriormente às invasões bárbaras, estas terras foram reconquistadas por D. Afonso II das Astúrias, no século XI d. C.. Os poucos habitantes que haviam permanecido fundaram, mais a norte, a atual Condeixa. Inicialmente, o povoado seria um casal designado de "Outeiro", localizado entre terrenos de diversos morgados proprietários. No século XVI foi elevado a freguesia, pois diz-se que D. Manuel I passou por estas terras em 1502, a caminho de Santiago de Compostela e, a pedido dos seus habitantes, a 3 de julho de 1514, concedeu-lhe foral.
No século XVI a localidade era já atravessada pela estrada de Lisboa (atual EN1), sendo por isso uma das principais localidades da zona de Coimbra, onde se construíram palácios e solares, habitados por famílias nobres, como por exemplo a de Sotto Mayor e a dos Figueiredos.
Em março de 1811, o progresso vê-se interrompido pelas terceiras Invasões Francesas, comandadas pelo General Massena, que, depois de derrotado no Buçaco, aterrorizou a vila e os arredores. Foi em meados do século XIX que o concelho atingiu a sua emancipação administrativa, pela Carta de Lei de D. Maria II, em abril de 1838.
Do património arquitetónico fazem parte o Castellum de Alcabideque, que é uma pequena torre de construção romana que servia para captar e elevar a água para ser transportada através de um aqueduto até à cidade de Conímbriga; a Igreja Matriz de Condeixa-a-Nova, que foi incendiada pelos invasores franceses do século XIX e foi reconstruída com um aspeto neoclássico, e o Pelourinho da Ega, do século XVI, que servia como marco judicial.
No concelho realizam-se os mercados municipais às terças e sextas-feiras de cada semana.
O feriado municipal é a 24 de julho, data da realização de uma festa em honra da padroeira Sta. Cristina.
A olaria sempre teve um papel muito importante na região, existindo várias fábricas onde se produz a famosa louça de Conímbriga, pintada à mão e com motivos do século XVIII.
O escritor romancista Fernando Namora nasceu neste concelho no ano de 1919, existindo na sede concelhia, como reconhecimento da grandeza das suas obras, a Casa-Museu Fernando Namora, aberta ao público a 30 de junho de 1990.
Economia
Nas freguesias localizadas na base nas serras a vertente agrícola sempre foi uma das mais importantes fontes de rendimento dos habitantes deste concelho. Esta atividade tem vindo a perder o seu peso, embora represente ainda cerca de 11% da população ativa total.
Mais recentemente, tem-se acentuado a implantação de unidades industriais, facto justificado pela sua localização geográfica e pelas suas acessibilidades. Predominam as indústrias de cerâmica, de medicamentos e alimentar. Este setor ocupa cerca de 35% da população ativa do concelho. O sucesso industrial deste concelho pode dever-se também à mais-valia da proximidade de Coimbra, de onde advêm recursos humanos com elevada qualificação técnica e científica.
Este facto faz com que o setor de atividade predominante seja o terciário, que emprega mais de 50% da população ativa do concelho.
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Como referenciar
Porto Editora – Condeixa-a-Nova na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-11 01:13:34]. Disponível em
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