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consenso social
A noção de consenso é aplicada por Comte à sociedade, no sentido da interdependência dos órgãos ou partes no todo. Empregue no sentido da identidade partilhada pelos membros duma comunidade, o consenso permite a ordem, de forma implícita e explícita. Ligado à ordem, o termo consenso remete para a noção de contrato, na sequência de uma tradição (Santo Agostinho, Hobbes, Locke, Rousseau), em que o contrato implica o acordo de várias vontades na realização duma ação comum, respeitando regras e obrigações recíprocas.
Hoje, a noção significa sobretudo a construção duma vontade comum, a partir dos interesses individuais, ou a deliberação, sendo utilizada com frequência na análise das regras e dos debates que constituem a vida política e a cidadania. Neste sentido, os procedimentos de deliberação e de formação discursiva democrática da vontade e da opinião, nas democracias modernas, visam a obtenção de consensos.
Habermas considera que, na prática quotidiana da comunicação, os interessados não podem prescindir de um acordo que lhes permita coordenar as suas ações. Defendendo que entre indivíduos socializados a atividade comunicacional se orienta para a intercompreensão, o autor coloca a formação de consensos como o objetivo a alcançar no mundo da vida quotidiana, no espaço público de discussão e na esfera política. O modelo preconizado por ele é, pois, o de uma comunidade intersubjetiva de comunicação orientada para a intercompreensão e a formação de consensos. Habermas considera que "aplanar os conflitos entre forças sociais e racionalizar a dominação política por intermédio da discussão pública supõe, como sempre, a possibilidade dum consenso, dum acordo entre interesses concorrentes...".
A teoria do agir comunicacional, de Habermas, encara as condições do processo de formação dum consenso, tendo em conta as pretensões de validade do discurso argumentativo, as pretensões de validade do pensamento objetivo, as pretensões de validade do juízo moral e da crítica estética. O consenso não é, portanto, a opinião e a vontade geral predeterminadas, mas o processo da sua formação. Isso não impede que, nas práticas públicas de argumentação (nas assembleias legislativas, nos partidos políticos, nos sindicatos, nas organizações profissionais, nas associações de consumidores, etc.), os debates se apoiem na troca de argumentos e conduzam grande parte das vezes a negociações e a compromissos.
Hoje, a noção significa sobretudo a construção duma vontade comum, a partir dos interesses individuais, ou a deliberação, sendo utilizada com frequência na análise das regras e dos debates que constituem a vida política e a cidadania. Neste sentido, os procedimentos de deliberação e de formação discursiva democrática da vontade e da opinião, nas democracias modernas, visam a obtenção de consensos.
Habermas considera que, na prática quotidiana da comunicação, os interessados não podem prescindir de um acordo que lhes permita coordenar as suas ações. Defendendo que entre indivíduos socializados a atividade comunicacional se orienta para a intercompreensão, o autor coloca a formação de consensos como o objetivo a alcançar no mundo da vida quotidiana, no espaço público de discussão e na esfera política. O modelo preconizado por ele é, pois, o de uma comunidade intersubjetiva de comunicação orientada para a intercompreensão e a formação de consensos. Habermas considera que "aplanar os conflitos entre forças sociais e racionalizar a dominação política por intermédio da discussão pública supõe, como sempre, a possibilidade dum consenso, dum acordo entre interesses concorrentes...".
A teoria do agir comunicacional, de Habermas, encara as condições do processo de formação dum consenso, tendo em conta as pretensões de validade do discurso argumentativo, as pretensões de validade do pensamento objetivo, as pretensões de validade do juízo moral e da crítica estética. O consenso não é, portanto, a opinião e a vontade geral predeterminadas, mas o processo da sua formação. Isso não impede que, nas práticas públicas de argumentação (nas assembleias legislativas, nos partidos políticos, nos sindicatos, nas organizações profissionais, nas associações de consumidores, etc.), os debates se apoiem na troca de argumentos e conduzam grande parte das vezes a negociações e a compromissos.
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Como referenciar
Porto Editora – consenso social na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-06 14:13:29]. Disponível em
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