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Constantinopla II
Quinto concílio ecuménico, reunido num anexo da igreja de Santa Sofia (apesar do papa Vigílio ter sugerido que se realizasse na Sicília), entre os dias 5 de maio e 2 de junho de 553, convocado pelo imperador Justiniano.
A intenção do concílio era cercear a influência que os monofisitas tinham atingido, sobretudo no Norte de África (Egito) e Médio Oriente, tendo o imperador já decretado (nos chamados Três Capítulos) que Teodoro de Mopsuestia e os seus escritos - contra o concilio de Éfeso e Cirilo de Alexandria - eram condenados, assim como os escritos de Teodoreto de Ciro e a carta em que Ibbas de Edesa advogava a causa de Teodoro de Mopsuestia.
O papa Vigílio condenou, através de Pelágio, seu representante no concílio, Pelágio, e com mais 16 bispos, 60 teses de Teodoro, que foram apresentadas no dia 14 de maio em sessão conciliar. Contudo, o imperador não concordou por achar que deveriam ser condenados os Três Capítulos na íntegra e acusar Teodoreto de Ciro e Ibbas de Mopsuestia. Começou então a dirigir as sessões do concílio, tendo declarado que quebrava os laços amigáveis com o papa mas não com a Sé de Roma, e os Três Capítulos foram condenados nas sessões quinta e sexta. Na última sessão foram anatemizados em 14 cláusulas os mencionados três monofisistas. O papa reconheceu o concílio a 8 de dezembro, sob pressão do imperador (uma vez que era necessário o seu reconhecimento e emissão de uma bula para que os resultados conciliares fossem legítimos) e enfraquecido pela doença, tendo no dia 23 de fevereiro de 554 aceite e ratificado a condenação dos Três Capítulos.
Neste concílio foram também censurados os erros provocados pelos escritos de Orígenes, juntamente com a reafirmação dos anátemas que os anteriores concílios tinham lançado sobre conceções doutrinais heréticas ou incorretas. Foram assim confirmadas a divindade de Cristo, a conceção de Maria como a Mãe de Deus e o dogma da Santíssima Trindade.
A intenção do concílio era cercear a influência que os monofisitas tinham atingido, sobretudo no Norte de África (Egito) e Médio Oriente, tendo o imperador já decretado (nos chamados Três Capítulos) que Teodoro de Mopsuestia e os seus escritos - contra o concilio de Éfeso e Cirilo de Alexandria - eram condenados, assim como os escritos de Teodoreto de Ciro e a carta em que Ibbas de Edesa advogava a causa de Teodoro de Mopsuestia.
O papa Vigílio condenou, através de Pelágio, seu representante no concílio, Pelágio, e com mais 16 bispos, 60 teses de Teodoro, que foram apresentadas no dia 14 de maio em sessão conciliar. Contudo, o imperador não concordou por achar que deveriam ser condenados os Três Capítulos na íntegra e acusar Teodoreto de Ciro e Ibbas de Mopsuestia. Começou então a dirigir as sessões do concílio, tendo declarado que quebrava os laços amigáveis com o papa mas não com a Sé de Roma, e os Três Capítulos foram condenados nas sessões quinta e sexta. Na última sessão foram anatemizados em 14 cláusulas os mencionados três monofisistas. O papa reconheceu o concílio a 8 de dezembro, sob pressão do imperador (uma vez que era necessário o seu reconhecimento e emissão de uma bula para que os resultados conciliares fossem legítimos) e enfraquecido pela doença, tendo no dia 23 de fevereiro de 554 aceite e ratificado a condenação dos Três Capítulos.
Neste concílio foram também censurados os erros provocados pelos escritos de Orígenes, juntamente com a reafirmação dos anátemas que os anteriores concílios tinham lançado sobre conceções doutrinais heréticas ou incorretas. Foram assim confirmadas a divindade de Cristo, a conceção de Maria como a Mãe de Deus e o dogma da Santíssima Trindade.
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Como referenciar
Porto Editora – Constantinopla II na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-07 06:46:37]. Disponível em
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