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Convento de Celas
Situado no velho burgo de Celas, em Coimbra, o cisterciense Mosteiro de Sta. Maria de Celas foi fundado por D. Sancha, filha de D. Sancho I, por volta do ano de 1213.
O seu magnífico claustro mostra obra de várias épocas. A atual disposição data do século XVI, mas o grande destaque vai para as alas sul e poente, obra do século XIV formada por 12 arcos plenos, assentes em esbeltas colunas geminadas, contendo extraordinários capitéis historiados de temas cristológicos e hagiográficos, a par com uma decoração de quimeras e motivos fitomórficos.
A infanta mandou construir uma igreja com um pequeno claustro e à sua volta diminutas celas. A evolução da comunidade religiosa andou a par com a expansão das dependências conventuais, conhecendo estas vários períodos de restauro, especialmente nos séculos XVI e XVIII. Extintas as ordens religiosas em 1834, foi permitido às monjas bernardas a sua continuação, até à morte da última, que ocorreu em finais do século XIX.
A fachada do Mosteiro de Celas é rasgada por um portal nobre quinhentista, de vão retangular enquadrado por pilastras com terminações pinaculares. As pilastras são rematadas por saliente cornija sobrepujada por frontão triangular. No lado direito abre-se um outro portal manuelino, de menores dimensões, encimado por janela polilobada. O piso superior é marcado por galeria seiscentista coberta e rasgada por nove vãos gradeados. À direita ficava a casa da abadessa (hoje escola primária), a cozinha e o refeitório; à esquerda, podemos ver as ruínas das antigas hospedarias, do cartório conventual do século XVII e, ao fundo, um portão.
Antecedida por um pequeno átrio, a igreja de planta circular, da autoria de Gaspar Fernandes e João Português, foi acabada em 1529. A capela-mor fica à direita da entrada, em linha oposta ao coro. Cobre a igreja uma belíssima abóbada manuelina estrelada, com nervuras calcárias ornamentadas por chaves de florões, ostentado a do fecho o escudo português segurado por duas águias. É de salientar o lambrim de azulejos, da segunda metade do século XVIII e de fabrico coimbrão, versando cenas da Anunciação e da Visitação. Ladeiam o arco cruzeiro dois altares, o da Piedade e o de Cristo. Nas paredes aparecem alguns quadros, com destaque para a magnífica Anunciação quinhentista e a Coroação de Maria, Santa Isabel e "Ecce Homo", do século XVII.
A ousia setecentista apresenta grande arco com as armas de Portugal e de Cister. O altar-mor, de madeira dourada e marmoreado, ostenta esculturas da mesma época, de S. Bento e de S. Bernardo, e uma pintura de N. Sra. com o Menino. Na sacristia encontra-se a predela de um retábulo em pedra, com baixo-relevo de S. Martinho, com toda a probabilidade uma das obras que a abadessa encomendou no século XVI a João de Ruão.
O arco do coro, setecentista, apresenta uma pequena abóbada manuelina com as armas dos Vasconcelos. Preenche o arco um interessante gradeamento em ferro forjado, saído da oficina de Coimbra do século XVIII. O coro, simples e espaçoso, ostenta um cadeiral de duas filas com alto espaldar, obra de finais do século XVI, de Gaspar Coelho.
A porta do coro para a antecâmara da sala do cabido deve-se a Nicolau Chanterene e ostenta a data de 1526, mostrando as armas da abadessa D. Leonor de Vasconcelos e de D. Sancha.
A sala do capítulo apresenta cobertura de pedra em abóbada de caixotões, revestindo as paredes azulejos seiscentistas sobre os pétreos bancos corridos. No arco do topo assenta em mísula a escultura de Cristo Ressuscitado, abrindo-se dos lados nichos albergando S. Bento e S. Bernardo.
O magnífico claustro do mosteiro mostra obra de várias épocas. A atual disposição data do século XVI. A galeria norte e nascente, do século XVI, desenvolve-se em três grupos de dois arcos, apoiados em colunas dóricas. As alas sul e poente pertencem ao século XIV e são formadas por 12 arcos plenos, assentes em esbeltas colunas geminadas, com extraordinários capitéis historiados com temas cristológicos e hagiográficos, a par com uma decoração de quimeras e motivos fitomórficos.
No Museu Nacional de Machado de Castro, em Coimbra, encontram-se algumas peças que foram pertença do mosteiro. É o caso do baixo-relevo da Paixão, atribuído a João de Ruão; de um grande crucifixo em pedra; dois capitéis, representando um o Pentecostes e o outro Cristo em Majestade; e de seis pinturas manuelinas que integravam o antigo retábulo-mor, atribuídas à quinhentista oficina de Coimbra constituída pela dupla Vicente Gil e Manuel Vicente.
O seu magnífico claustro mostra obra de várias épocas. A atual disposição data do século XVI, mas o grande destaque vai para as alas sul e poente, obra do século XIV formada por 12 arcos plenos, assentes em esbeltas colunas geminadas, contendo extraordinários capitéis historiados de temas cristológicos e hagiográficos, a par com uma decoração de quimeras e motivos fitomórficos.
A infanta mandou construir uma igreja com um pequeno claustro e à sua volta diminutas celas. A evolução da comunidade religiosa andou a par com a expansão das dependências conventuais, conhecendo estas vários períodos de restauro, especialmente nos séculos XVI e XVIII. Extintas as ordens religiosas em 1834, foi permitido às monjas bernardas a sua continuação, até à morte da última, que ocorreu em finais do século XIX.
Antecedida por um pequeno átrio, a igreja de planta circular, da autoria de Gaspar Fernandes e João Português, foi acabada em 1529. A capela-mor fica à direita da entrada, em linha oposta ao coro. Cobre a igreja uma belíssima abóbada manuelina estrelada, com nervuras calcárias ornamentadas por chaves de florões, ostentado a do fecho o escudo português segurado por duas águias. É de salientar o lambrim de azulejos, da segunda metade do século XVIII e de fabrico coimbrão, versando cenas da Anunciação e da Visitação. Ladeiam o arco cruzeiro dois altares, o da Piedade e o de Cristo. Nas paredes aparecem alguns quadros, com destaque para a magnífica Anunciação quinhentista e a Coroação de Maria, Santa Isabel e "Ecce Homo", do século XVII.
A ousia setecentista apresenta grande arco com as armas de Portugal e de Cister. O altar-mor, de madeira dourada e marmoreado, ostenta esculturas da mesma época, de S. Bento e de S. Bernardo, e uma pintura de N. Sra. com o Menino. Na sacristia encontra-se a predela de um retábulo em pedra, com baixo-relevo de S. Martinho, com toda a probabilidade uma das obras que a abadessa encomendou no século XVI a João de Ruão.
O arco do coro, setecentista, apresenta uma pequena abóbada manuelina com as armas dos Vasconcelos. Preenche o arco um interessante gradeamento em ferro forjado, saído da oficina de Coimbra do século XVIII. O coro, simples e espaçoso, ostenta um cadeiral de duas filas com alto espaldar, obra de finais do século XVI, de Gaspar Coelho.
A porta do coro para a antecâmara da sala do cabido deve-se a Nicolau Chanterene e ostenta a data de 1526, mostrando as armas da abadessa D. Leonor de Vasconcelos e de D. Sancha.
A sala do capítulo apresenta cobertura de pedra em abóbada de caixotões, revestindo as paredes azulejos seiscentistas sobre os pétreos bancos corridos. No arco do topo assenta em mísula a escultura de Cristo Ressuscitado, abrindo-se dos lados nichos albergando S. Bento e S. Bernardo.
O magnífico claustro do mosteiro mostra obra de várias épocas. A atual disposição data do século XVI. A galeria norte e nascente, do século XVI, desenvolve-se em três grupos de dois arcos, apoiados em colunas dóricas. As alas sul e poente pertencem ao século XIV e são formadas por 12 arcos plenos, assentes em esbeltas colunas geminadas, com extraordinários capitéis historiados com temas cristológicos e hagiográficos, a par com uma decoração de quimeras e motivos fitomórficos.
No Museu Nacional de Machado de Castro, em Coimbra, encontram-se algumas peças que foram pertença do mosteiro. É o caso do baixo-relevo da Paixão, atribuído a João de Ruão; de um grande crucifixo em pedra; dois capitéis, representando um o Pentecostes e o outro Cristo em Majestade; e de seis pinturas manuelinas que integravam o antigo retábulo-mor, atribuídas à quinhentista oficina de Coimbra constituída pela dupla Vicente Gil e Manuel Vicente.
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Como referenciar
Porto Editora – Convento de Celas na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-01 21:20:13]. Disponível em
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