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Convento de Sto. António do Varatojo
A história do Convento de Sto. António do Varatojo, próximo de Torres Vedras, começa no século XV, quando D. Afonso V cumpriria uma promessa a Sto. António, se este o protegesse nas audazes campanhas do Norte de África.
As obras decorreram entre 1470 e 1474 - com reformas manuelinas e outras posteriores que lhe modificariam a volumetria - acolhendo-se aqui uma comunidade de frades franciscanos. Tendo como missão principal o ensino, este mosteiro conheceu dias aziagos durante o século XIX, com as guerras francesas, os liberais e, mais tarde, com a implantação da República. No entanto, parte importante da sua estrutura monástica sobreviveu.
O acesso à igreja conventual é realizado por escadaria dupla, forrada com azulejos e que conduz a um átrio. Na zona direita deste abre-se um pórtico com o teto de madeira, trabalho mudejar de laçarias geométricas típico do período manuelino. Ao fundo, surge o portal nobre da igreja, obra original do gótico quatrocentista, formado por arco de três ogivas repousando em colunelos capitelizados - com motivos vegetalistas e máscaras -, flanqueado pelo emblema particular de D. Afonso V, tendo no lado oposto uma imagem flamejante e o escudo real segurado por anjos-tenentes.
A igreja é formada por uma só nave, sendo parte das paredes forradas por azulejos. Vários altares assinalam-se no corpo da igreja, onde se destaca a Capela de N. Sra. das Dores e as suas telas do barroco setecentista com cenas cristológicas, o seu retábulo rocaille e a urna de cristal contendo uma suposta relíquia de S. Benedito.
Após o terramoto de 1531, a capela-mor seria reconstruída por ordem de D. Catarina, mulher de D. João III. As suas paredes são forradas por azulejos setecentistas, expondo também quatro pinturas do século XVI, alusivas a episódios Marianos, enquanto o retábulo barroco possui no camarim uma tela setecentista do pintor italiano Baccarelli. Na sacristia, para além dos azulejos setecentistas da parede, do arcaz e armários de madeira, são ainda visíveis duas pinturas do século XVII.
Filiado no gótico quatrocentista é o harmonioso claustro do cenóbio franciscano, formado por dois andares, com o piso térreo aberto por galerias com arcos góticos repousando sobre colunas de fuste facetado, estando ornamentado com emblemas de D. Afonso V. Na galeria do nascente rasga-se a porta da Sala do Capítulo; vizinha desta encontra-se o exuberante portal manuelino, de cariz naturalista, que dava acesso a uma antiga capela funerária. A galeria superior é formada por varandas com alpendre saliente e suportado por colunas simples. No centro claustral, para além da fonte e dos mosaicos cerâmicos, estão diversos e bonitos canteiros de vegetação, alguns com árvores seculares.
O Convento de Sto. António do Varatojo foi classificado em 1910 como Monumento Nacional (M.N.).
As obras decorreram entre 1470 e 1474 - com reformas manuelinas e outras posteriores que lhe modificariam a volumetria - acolhendo-se aqui uma comunidade de frades franciscanos. Tendo como missão principal o ensino, este mosteiro conheceu dias aziagos durante o século XIX, com as guerras francesas, os liberais e, mais tarde, com a implantação da República. No entanto, parte importante da sua estrutura monástica sobreviveu.
O acesso à igreja conventual é realizado por escadaria dupla, forrada com azulejos e que conduz a um átrio. Na zona direita deste abre-se um pórtico com o teto de madeira, trabalho mudejar de laçarias geométricas típico do período manuelino. Ao fundo, surge o portal nobre da igreja, obra original do gótico quatrocentista, formado por arco de três ogivas repousando em colunelos capitelizados - com motivos vegetalistas e máscaras -, flanqueado pelo emblema particular de D. Afonso V, tendo no lado oposto uma imagem flamejante e o escudo real segurado por anjos-tenentes.
A igreja é formada por uma só nave, sendo parte das paredes forradas por azulejos. Vários altares assinalam-se no corpo da igreja, onde se destaca a Capela de N. Sra. das Dores e as suas telas do barroco setecentista com cenas cristológicas, o seu retábulo rocaille e a urna de cristal contendo uma suposta relíquia de S. Benedito.
Após o terramoto de 1531, a capela-mor seria reconstruída por ordem de D. Catarina, mulher de D. João III. As suas paredes são forradas por azulejos setecentistas, expondo também quatro pinturas do século XVI, alusivas a episódios Marianos, enquanto o retábulo barroco possui no camarim uma tela setecentista do pintor italiano Baccarelli. Na sacristia, para além dos azulejos setecentistas da parede, do arcaz e armários de madeira, são ainda visíveis duas pinturas do século XVII.
Filiado no gótico quatrocentista é o harmonioso claustro do cenóbio franciscano, formado por dois andares, com o piso térreo aberto por galerias com arcos góticos repousando sobre colunas de fuste facetado, estando ornamentado com emblemas de D. Afonso V. Na galeria do nascente rasga-se a porta da Sala do Capítulo; vizinha desta encontra-se o exuberante portal manuelino, de cariz naturalista, que dava acesso a uma antiga capela funerária. A galeria superior é formada por varandas com alpendre saliente e suportado por colunas simples. No centro claustral, para além da fonte e dos mosaicos cerâmicos, estão diversos e bonitos canteiros de vegetação, alguns com árvores seculares.
O Convento de Sto. António do Varatojo foi classificado em 1910 como Monumento Nacional (M.N.).
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Como referenciar
Porto Editora – Convento de Sto. António do Varatojo na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-12 01:10:11]. Disponível em
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