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Convento dos Loios (Évora)
O Convento dos Loios foi fundado pelo conde Rodrigo Afonso de Melo, com o intuito de se tornar o mausoléu da família Melo. Esta casa religiosa teve o início da sua construção em 1485, sendo a sua igreja consagrada em 1491.
A igreja, ligeiramente recuada em relação às dependências conventuais, sofreu profundas intervenções, algumas decorrentes do terramoto de 1755. Assim, a fachada apresenta-se muito diferente da fachada inicial gótica.
O avançamento do coro originou um átrio que protege um excelente portal gótico. A frontaria, construção da segunda metade do século XVIII, é dominada pelo branco do pano, delimitado pelos volumosos cunhais decorados por discretos enrolamentos e por uma janela aberta, ao nível do coro, quase sem decoração. Remata a fachada cornija ressaltada com singelo frontão triangular definido por pilastras e com aletas. As pilastras e cunhais são terminados por pináculos.
Idêntica dignidade apresenta a fachada do corpo conventual, com pórtico formado por duas colunas dóricas e friso decorado com tríglifos que se prolonga pelas duas fachadas da casa.
Do exterior é ainda de salientar a torre sineira ameada, com seis ventanas e rematada por esbelto lanternim.
O avanço do coro originou a criação de um átrio que abriga um portal ogival. É formado por cinco arquivoltas sustentadas por colunas de mármore branco, com capitéis em granito ornados por flores-de-lis. A ladeá-lo (ao nível das arquivoltas), um exuberante baldaquino do gótico final, aberto em sanefas de bom panejamento e segurado por dois anjos, em calcário, assente em coluna de mármore adossada à parede. Este mostra brasão armoriado e lápide falando sobre os feitos do fundador.
Dá acesso ao templo uma porta do século XVII em madeira entalhada e pregueada de bronzes.
No interior, o impacto é fantástico, provocado pelo impressionante revestimento total das paredes com azulejos, em contraste com o branco das abóbadas, recebendo luz diretamente das janelas laterais. Em sete grandes painéis são contados os passos da vida de S. Lourenço, santo muito importante para a Congregação dos Loios. Estes magníficos azulejos estão datados de 1777 e são assinados por António de Oliveira Bernardes.
Na parede esquerda da nave salienta-se a tribuna dos padroeiros, com balcão em balaustrada de mármore branco, suportado por três sólidas mísulas e com dossel em talha policroma, onde estão apostas, no frontão, as armas da Casa do Cadaval.
O elegante arco triunfal gótico de granito é sobrepujado por um óculo e os vãos revestidos a azulejo.
A capela-mor, poligonal, está recoberta por retábulo de 1630, mostrando trono já rocaille em talha dourada e policromo. Lateralmente, guarda duas belas imagens de madeira oitocentistas, uma representando o santo da invocação de S. João Batista e a outra S. Lourenço Justiniano.
A igreja confirma a intenção do seu fundador ao querer torná-la no Panteão dos Melos, pelos vários sepulcros que mostra. As lajes de mármore branco, com as figuras dos fundadores representadas em baixo relevo, são de rara beleza. Na Capela do Santíssimo encontra-se o magnífico túmulo de Francisco Melo, obra renascentista saída das mãos de Nicolau Chanterene.
A sacristia, coberta por abóbada rebaixada nervada, ostenta algumas peças de interesse, como a pintura mural seiscentista, bons móveis, um lavabo em mármore e algumas telas seiscentistas e setecentistas. A sacristia da Capela de Nossa Senhora do Rosário é ocupada por um museu do convento.
Notável é o portal mudéjar da sala do Capítulo, formado por duplo vão de arcos ultrapassados, suportados por pilares torcidos capitelizados, contornados por moldura lavrada e emoldurados por arco de carena.
Após ser extinto, o convento conheceu várias ocupações: foi arquivo, estação telegráfica, escola, quartel e repartição pública, até que em 1963 se transformou numa das mais belas pousadas de Portugal.
A igreja, ligeiramente recuada em relação às dependências conventuais, sofreu profundas intervenções, algumas decorrentes do terramoto de 1755. Assim, a fachada apresenta-se muito diferente da fachada inicial gótica.
O avançamento do coro originou um átrio que protege um excelente portal gótico. A frontaria, construção da segunda metade do século XVIII, é dominada pelo branco do pano, delimitado pelos volumosos cunhais decorados por discretos enrolamentos e por uma janela aberta, ao nível do coro, quase sem decoração. Remata a fachada cornija ressaltada com singelo frontão triangular definido por pilastras e com aletas. As pilastras e cunhais são terminados por pináculos.
Do exterior é ainda de salientar a torre sineira ameada, com seis ventanas e rematada por esbelto lanternim.
O avanço do coro originou a criação de um átrio que abriga um portal ogival. É formado por cinco arquivoltas sustentadas por colunas de mármore branco, com capitéis em granito ornados por flores-de-lis. A ladeá-lo (ao nível das arquivoltas), um exuberante baldaquino do gótico final, aberto em sanefas de bom panejamento e segurado por dois anjos, em calcário, assente em coluna de mármore adossada à parede. Este mostra brasão armoriado e lápide falando sobre os feitos do fundador.
Dá acesso ao templo uma porta do século XVII em madeira entalhada e pregueada de bronzes.
No interior, o impacto é fantástico, provocado pelo impressionante revestimento total das paredes com azulejos, em contraste com o branco das abóbadas, recebendo luz diretamente das janelas laterais. Em sete grandes painéis são contados os passos da vida de S. Lourenço, santo muito importante para a Congregação dos Loios. Estes magníficos azulejos estão datados de 1777 e são assinados por António de Oliveira Bernardes.
Na parede esquerda da nave salienta-se a tribuna dos padroeiros, com balcão em balaustrada de mármore branco, suportado por três sólidas mísulas e com dossel em talha policroma, onde estão apostas, no frontão, as armas da Casa do Cadaval.
O elegante arco triunfal gótico de granito é sobrepujado por um óculo e os vãos revestidos a azulejo.
A capela-mor, poligonal, está recoberta por retábulo de 1630, mostrando trono já rocaille em talha dourada e policromo. Lateralmente, guarda duas belas imagens de madeira oitocentistas, uma representando o santo da invocação de S. João Batista e a outra S. Lourenço Justiniano.
A igreja confirma a intenção do seu fundador ao querer torná-la no Panteão dos Melos, pelos vários sepulcros que mostra. As lajes de mármore branco, com as figuras dos fundadores representadas em baixo relevo, são de rara beleza. Na Capela do Santíssimo encontra-se o magnífico túmulo de Francisco Melo, obra renascentista saída das mãos de Nicolau Chanterene.
A sacristia, coberta por abóbada rebaixada nervada, ostenta algumas peças de interesse, como a pintura mural seiscentista, bons móveis, um lavabo em mármore e algumas telas seiscentistas e setecentistas. A sacristia da Capela de Nossa Senhora do Rosário é ocupada por um museu do convento.
Notável é o portal mudéjar da sala do Capítulo, formado por duplo vão de arcos ultrapassados, suportados por pilares torcidos capitelizados, contornados por moldura lavrada e emoldurados por arco de carena.
Após ser extinto, o convento conheceu várias ocupações: foi arquivo, estação telegráfica, escola, quartel e repartição pública, até que em 1963 se transformou numa das mais belas pousadas de Portugal.
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Como referenciar
Porto Editora – Convento dos Loios (Évora) na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-04 07:10:02]. Disponível em
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