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Cristianização dos Eslavos
A perda do Médio Oriente para os Árabes e o gradual afastamento entre Oriente e Ocidente podem ter sido a causa para o patriarcado de Constantinopla se ter tornado o centro da Igreja grega, limitada étnica e culturalmente. No entanto, imediatamente após o fim do iconoclasmo, a Igreja de Bizâncio iniciou a sua expansão missionária, que levou a cristianização até à Europa oriental.
Em 860-861 dois irmãos de Tessalonica, Constantino (Cirilo) e Metódio, difundiram com êxito o cristianismo na Crimeia. Em 863 foram enviados para os Eslavos da Europa Central porque Ratislav, príncipe dos Moravos, tinha solicitado missionários de Bizâncio. A missão morava dos irmãos iniciou-se com uma tradução literal das sagradas Escrituras e da liturgia para língua eslava. Neste processo, os irmãos criaram um novo alfabeto e vocabulário adequados para uso cristão.
Os missionários bizantinos foram, eventualmente, forçados a deixar a Morávia pelos alemães. Viajando para Roma, receberam o apoio formal dos papas Adriano II (867-872) e João VIII (872-882). Após a morte de Cirilo (Constantino) em Roma, o Papa João consagrou Metódio como bispo de Sirmium e encarregou-o de cristianizar os Eslavos. Porém, a autoridade do papa foi insuficiente para assegurar o sucesso da missão; Metódio tentou controlar a situação criando bispados alemães, para que a Morávia se juntasse à cristandade latina. Eventualmente, a totalidade da Igreja ocidental adotou o princípio de aceitar somente a liturgia latina, em grande contraste com o desenvolvimento do missionarismo bizantino, baseado nas traduções e no uso da língua de origem. Os discípulos moravos de Cirilo e Metódio encontraram um refúgio na Bulgária, onde a cristandade eslava prosperava de acordo com o modelo bizantino.
A conversão da Bulgária foi praticamente contemporânea da missão morava. Tal como na Morávia e outras partes da Europa, a liderança política do país era fundamental na conversão, que tinha sido preparada pelos missionários e diplomatas de Bizâncio.
Também contemporânea foi a missão bizantina dos russos. Em 866 o patriarca Fócio, numa encíclica aos patriarcas ocidentais, anunciou que os russos tinham sido convertidos e aceite o bispo de Constantinopla. A conversão inicial circunscrevia-se somente às cidades bizantinas na Crimeia. Mais significativa foi a conversão de Olga, a poderosa princesa de Kiev (957), que assumiu o nome cristão de Helena em honra da imperatriz, e a "conversão da Rússia", que ocorreu em 988-989 sob o príncipe Vladimir. Com Vladimir, a ortodoxia bizantina tornou-se a religião oficial do Estado russo.
Documentos bizantinos do mesmo período indicam atividades missionárias no Cáucaso, especialmente entre os Alani, sob a iniciativa do patriarca Nicolau Mistikos (901-907, 912-925). Deste modo, no início do segundo milénio, a Igreja Bizantina exercia o seu ministério num território que se estendia do Norte da Rússia ao Médio Oriente árabe, e do Adriático ao Cáucaso.
Em 860-861 dois irmãos de Tessalonica, Constantino (Cirilo) e Metódio, difundiram com êxito o cristianismo na Crimeia. Em 863 foram enviados para os Eslavos da Europa Central porque Ratislav, príncipe dos Moravos, tinha solicitado missionários de Bizâncio. A missão morava dos irmãos iniciou-se com uma tradução literal das sagradas Escrituras e da liturgia para língua eslava. Neste processo, os irmãos criaram um novo alfabeto e vocabulário adequados para uso cristão.
Os missionários bizantinos foram, eventualmente, forçados a deixar a Morávia pelos alemães. Viajando para Roma, receberam o apoio formal dos papas Adriano II (867-872) e João VIII (872-882). Após a morte de Cirilo (Constantino) em Roma, o Papa João consagrou Metódio como bispo de Sirmium e encarregou-o de cristianizar os Eslavos. Porém, a autoridade do papa foi insuficiente para assegurar o sucesso da missão; Metódio tentou controlar a situação criando bispados alemães, para que a Morávia se juntasse à cristandade latina. Eventualmente, a totalidade da Igreja ocidental adotou o princípio de aceitar somente a liturgia latina, em grande contraste com o desenvolvimento do missionarismo bizantino, baseado nas traduções e no uso da língua de origem. Os discípulos moravos de Cirilo e Metódio encontraram um refúgio na Bulgária, onde a cristandade eslava prosperava de acordo com o modelo bizantino.
A conversão da Bulgária foi praticamente contemporânea da missão morava. Tal como na Morávia e outras partes da Europa, a liderança política do país era fundamental na conversão, que tinha sido preparada pelos missionários e diplomatas de Bizâncio.
Também contemporânea foi a missão bizantina dos russos. Em 866 o patriarca Fócio, numa encíclica aos patriarcas ocidentais, anunciou que os russos tinham sido convertidos e aceite o bispo de Constantinopla. A conversão inicial circunscrevia-se somente às cidades bizantinas na Crimeia. Mais significativa foi a conversão de Olga, a poderosa princesa de Kiev (957), que assumiu o nome cristão de Helena em honra da imperatriz, e a "conversão da Rússia", que ocorreu em 988-989 sob o príncipe Vladimir. Com Vladimir, a ortodoxia bizantina tornou-se a religião oficial do Estado russo.
Documentos bizantinos do mesmo período indicam atividades missionárias no Cáucaso, especialmente entre os Alani, sob a iniciativa do patriarca Nicolau Mistikos (901-907, 912-925). Deste modo, no início do segundo milénio, a Igreja Bizantina exercia o seu ministério num território que se estendia do Norte da Rússia ao Médio Oriente árabe, e do Adriático ao Cáucaso.
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Como referenciar
Porto Editora – Cristianização dos Eslavos na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-11 15:36:32]. Disponível em
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