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desperdícios
O conceito de desperdício é característico e inerente a todos os sistemas naturais sendo, no entanto, substancialmente potenciado, a nível global, pela atividade humana. Desperdiçar diz respeito a não utilizar, ou subaproveitar, parte dos recursos disponíveis e mobilizados para uma determinada atividade.
Os seres vivos são uma boa expressão deste conceito: quando nos alimentamos de um frango, desperdiçamos as penas, a pele, os ossos e outras partes não ingeridas. Das partes ingeridas, o nosso organismo é apenas capaz de aproveitar (absorver) uma parte, expulsando a restante nas fezes. Da matéria que foi absorvida, apenas uma parte é usada para a produção de novos tecidos, desperdiçando-se o potencial da restante matéria sob a forma de, por exemplo, energia térmica. O rendimento médio de um animal é de cerca de 10%, isto é, uma vaca para produzir 1g de tecido animal, necessita de ingerir 100g de tecido vegetal, desperdiçando o potencial de 90% da matéria ingerida para a produção de novos tecidos.
No entanto, mau grado a elevada percentagem de desperdícios gerados pelos organismos, o seu impacto nos ecossistemas é reduzido, já que estes rapidamente reintegram os materiais não utilizados nos ciclos biogeoquímios, voltando assim a disponibilizá-los para os seres vivos. Mas a atividade humana, sobretudo a partir do século XIX (época em que se deu a Revolução Industrial), alterou este equilíbrio natural, em consequência da quantidade de materiais e energia mobilizados e desperdiçados, bem como da produção massiva de materiais não reutilizáveis de vida longa, cujos componentes dificilmente regressam aos ciclos biogeoquímios, devido a não serem (ou serem muito dificilmente) biodegradáveis.
Os desperdícios da atividade humana podem agrupar-se em diferentes categorias:
- Desperdício de Energia: consumo exagerado de energia, muito acima das necessidades reais. Por exemplo: um carro que pode transportar cinco pessoas frequentemente transporta apenas uma, gastando a mesma quantidade de energia.
- Desperdício de materiais: o exemplo mais flagrante é a utilização excessiva de produtos de embalagem (papel, plástico, espumas, etc.), gerando uma quantidade enorme de desperdícios.
- Desperdício de espaço: o desbaste massivo de florestas para a construção de casas - a ocupação posterior de terrenos é feita numa percentagem muito baixa face à área desbastada.
- Desperdício de recursos: será talvez a área em que abundam mais exemplos, como a extração de matérias-primas para o fabrico de metais que contribui para a abundância de materiais ferrosos e outras ligas metálicas nos lixos urbanos não re-aproveitados.
A quantidade de desperdícios produzidos pelo homem apenas pode ser reduzida através da promoção de políticas de reciclagem de materiais e de reeducação económica e social que terminem com hábitos de vida que, numa lógica consumista, estimulam a produção de produtos com um tempo de vida curto. O uso de máquinas com uma maior eficácia energética, um melhor aproveitamento dos terrenos agrícolas e urbanos, uma gestão eficaz dos transportes e a implementação de hábitos de reciclagem e de reutilização, acarretam benefícios não apenas na redução de desperdícios mas também em termos de rentabilização económica, salvaguarda ambiental e diminuição da exploração de recursos naturais finitos (por exemplo: o petróleo).
Os seres vivos são uma boa expressão deste conceito: quando nos alimentamos de um frango, desperdiçamos as penas, a pele, os ossos e outras partes não ingeridas. Das partes ingeridas, o nosso organismo é apenas capaz de aproveitar (absorver) uma parte, expulsando a restante nas fezes. Da matéria que foi absorvida, apenas uma parte é usada para a produção de novos tecidos, desperdiçando-se o potencial da restante matéria sob a forma de, por exemplo, energia térmica. O rendimento médio de um animal é de cerca de 10%, isto é, uma vaca para produzir 1g de tecido animal, necessita de ingerir 100g de tecido vegetal, desperdiçando o potencial de 90% da matéria ingerida para a produção de novos tecidos.
No entanto, mau grado a elevada percentagem de desperdícios gerados pelos organismos, o seu impacto nos ecossistemas é reduzido, já que estes rapidamente reintegram os materiais não utilizados nos ciclos biogeoquímios, voltando assim a disponibilizá-los para os seres vivos. Mas a atividade humana, sobretudo a partir do século XIX (época em que se deu a Revolução Industrial), alterou este equilíbrio natural, em consequência da quantidade de materiais e energia mobilizados e desperdiçados, bem como da produção massiva de materiais não reutilizáveis de vida longa, cujos componentes dificilmente regressam aos ciclos biogeoquímios, devido a não serem (ou serem muito dificilmente) biodegradáveis.
Os desperdícios da atividade humana podem agrupar-se em diferentes categorias:
- Desperdício de Energia: consumo exagerado de energia, muito acima das necessidades reais. Por exemplo: um carro que pode transportar cinco pessoas frequentemente transporta apenas uma, gastando a mesma quantidade de energia.
- Desperdício de materiais: o exemplo mais flagrante é a utilização excessiva de produtos de embalagem (papel, plástico, espumas, etc.), gerando uma quantidade enorme de desperdícios.
- Desperdício de espaço: o desbaste massivo de florestas para a construção de casas - a ocupação posterior de terrenos é feita numa percentagem muito baixa face à área desbastada.
- Desperdício de recursos: será talvez a área em que abundam mais exemplos, como a extração de matérias-primas para o fabrico de metais que contribui para a abundância de materiais ferrosos e outras ligas metálicas nos lixos urbanos não re-aproveitados.
A quantidade de desperdícios produzidos pelo homem apenas pode ser reduzida através da promoção de políticas de reciclagem de materiais e de reeducação económica e social que terminem com hábitos de vida que, numa lógica consumista, estimulam a produção de produtos com um tempo de vida curto. O uso de máquinas com uma maior eficácia energética, um melhor aproveitamento dos terrenos agrícolas e urbanos, uma gestão eficaz dos transportes e a implementação de hábitos de reciclagem e de reutilização, acarretam benefícios não apenas na redução de desperdícios mas também em termos de rentabilização económica, salvaguarda ambiental e diminuição da exploração de recursos naturais finitos (por exemplo: o petróleo).
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Como referenciar
Porto Editora – desperdícios na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-20 08:52:41]. Disponível em
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