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disco de acreção
O fenómeno da acreção acontece de várias maneiras e em diversas situações, tomando normalmente a forma de um disco. A acreção é o agregar de muitas pequenas partículas em torno de um corpo gravitacionalmente forte que as atrai. Essas partículas podem provir de uma nuvem local onde se começa a formar uma nova estrela ou planeta e onde o acréscimo de matéria ao corpo central aumenta a sua massa, logo, aumentando a sua gravidade, o que por sua vez vai aumentar o fenómeno de atração e agregação de matéria circundante ao disco para este.
Outro local onde os discos de acreção parecem ser comuns é nas estrelas binárias, onde o orbitar de duas ou mais estrelas muito próximas umas das outras pode deformar, ou mesmo arrancar, alguma da matéria da estrela mais dilatada. Estrelas binárias muito próximas, mesmo sendo estáveis durante a maior parte das suas vidas, podem dar origem a um disco de acreção com a transferência de matéria a partir da estrela que, ao chegar ao final da sua vida aumenta de tamanho de forma considerável, ficando assim demasiado próxima da estrela companheira, que de imediato começa a retirar matéria. A este fenómeno dá-se o nome de transferência de matéria. Nestes casos a matéria arrancada pode cair em linha reta para a segunda estrela, mas em muitos casos essa mesma matéria entra em órbita da estrela atractora, formando um anel de matéria que acaba por ser absorvido ou agregado. A este anel dá-se o nome de disco de acreção. Este disco composto por milhões de pequenas partículas, por ação do atrito, começa a aquecer fortemente. Acelerado por um corpo de forte atração gravitacional e apertado cada vez com mais força pela compressão de matéria que se apressa a juntar, adicionado ao aumento da velocidade, leva a um grande aumento da fricção e por sua vez as temperaturas podem subir a valores na ordem dos cem milhões de graus celsius. A estas temperaturas os gases emitem radiação muito energética na banda dos raios X do espetro eletromagnético.
Um dos objetos celestes mais exóticos pela sua fortíssima gravidade é um buraco negro. A forma de deteção de um buraco negro pode passar pela busca de discos de acreção que se formarão certamente em seu redor sempre que estes orbitem uma estrela companheira.
Um exemplo clássico da potencial existência de um buraco negro é em Cygnus X-1. Neste sistema duplo o período de revolução é de apenas 5,6 dias e é composto por uma estrela "normal" e por uma companheira invisível que, apesar desse facto, sabe-se que deverá pesar entre 7 e 11 massas solares. A partir deste local são emitidas quantidades muito elevadas de raios X, muito provavelmente devido ao aquecimento de um disco de acreção. Acontecem ainda fulgurações, que são fenómenos causados pelo excessivo aquecimento dos discos de acreção, e que são caracterizadas pelo súbito aumento da luminosidade seguida imediatamente por uma rápida diminuição, que pode levar desde poucos segundos até poucos minutos. A partir de fontes de raios X são observadas irregularmente estas fulgurações.
Outro local onde os discos de acreção parecem ser comuns é nas estrelas binárias, onde o orbitar de duas ou mais estrelas muito próximas umas das outras pode deformar, ou mesmo arrancar, alguma da matéria da estrela mais dilatada. Estrelas binárias muito próximas, mesmo sendo estáveis durante a maior parte das suas vidas, podem dar origem a um disco de acreção com a transferência de matéria a partir da estrela que, ao chegar ao final da sua vida aumenta de tamanho de forma considerável, ficando assim demasiado próxima da estrela companheira, que de imediato começa a retirar matéria. A este fenómeno dá-se o nome de transferência de matéria. Nestes casos a matéria arrancada pode cair em linha reta para a segunda estrela, mas em muitos casos essa mesma matéria entra em órbita da estrela atractora, formando um anel de matéria que acaba por ser absorvido ou agregado. A este anel dá-se o nome de disco de acreção. Este disco composto por milhões de pequenas partículas, por ação do atrito, começa a aquecer fortemente. Acelerado por um corpo de forte atração gravitacional e apertado cada vez com mais força pela compressão de matéria que se apressa a juntar, adicionado ao aumento da velocidade, leva a um grande aumento da fricção e por sua vez as temperaturas podem subir a valores na ordem dos cem milhões de graus celsius. A estas temperaturas os gases emitem radiação muito energética na banda dos raios X do espetro eletromagnético.
Um dos objetos celestes mais exóticos pela sua fortíssima gravidade é um buraco negro. A forma de deteção de um buraco negro pode passar pela busca de discos de acreção que se formarão certamente em seu redor sempre que estes orbitem uma estrela companheira.
Um exemplo clássico da potencial existência de um buraco negro é em Cygnus X-1. Neste sistema duplo o período de revolução é de apenas 5,6 dias e é composto por uma estrela "normal" e por uma companheira invisível que, apesar desse facto, sabe-se que deverá pesar entre 7 e 11 massas solares. A partir deste local são emitidas quantidades muito elevadas de raios X, muito provavelmente devido ao aquecimento de um disco de acreção. Acontecem ainda fulgurações, que são fenómenos causados pelo excessivo aquecimento dos discos de acreção, e que são caracterizadas pelo súbito aumento da luminosidade seguida imediatamente por uma rápida diminuição, que pode levar desde poucos segundos até poucos minutos. A partir de fontes de raios X são observadas irregularmente estas fulgurações.
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Como referenciar
Porto Editora – disco de acreção na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-04 02:46:01]. Disponível em
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