Eduardo VI

Monarca inglês, nascido a 12 de outubro de 1537, no palácio de Placencia (Greenwich), filho de Henrique VIII e Jane Seymour, tornou-se rei de Inglaterra e da Irlanda a partir do dia 28 de janeiro de 1547. A sua mãe faleceu na sequência do parto e como contava apenas dez anos quando o seu pai morreu, o reino foi dirigido pelo seu tio Edward Seymour (com o título de Lorde Protetor do Reino e Governador da Pessoa do Rei enquanto menor), que era duque de Somerset, coadjuvado por um conselho de regência. Contudo, a intenção falhada de unir a Inglaterra e a Escócia minou a sua autoridade e foi substituído na regência pelo conde de Warwick, John Dudley, que iniciou uma política religiosa ativamente protestante e anti-católica com a colaboração de Thomas Cranmer, Arcebispo de Cantuária. Foi assim, durante este reinado, que a cisão com a Igreja Católica se afirmou e se implantou o Anglicanismo por via da força. Entretanto, crê-se que o rei Eduardo tenha contraído tuberculose (ou que tenha herdado a doença da sílfilis), que lhe foi fatal devido à constituição enfermiça que possuía desde o nascimento. Teve como professores Jean Balmain, sir John Cheke e Leonard Cox e distinguiu-se pela sua inteligência, tendo inclusivamente traduzido algumas obras para grego. Somente com 16 anos e vendo o seu fim a aproximar-se indicou para a sua sucessão a filha da duquesa de Suffolk, Jane Grey, por poder continuar a linha de governo protestante (ao contrário da sua meia-irmã Maria Tudor, católica) e por descender de Henrique VII por via feminina. Acresce-se o facto de ter sido nora de John Dudley, entrementes feito duque de Northumberland. O rei, único filho varão que vingou de Henrique VIII, acabou por falecer a 6 de julho de 1553, e foi enterrado na Abadia de Westminster. Jane Grey acabaria por reinar poucos dias, sendo substituída por Maria Tudor, que foi reintegrada na linha sucessória, a par da sua irmã Isabel.