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Elias Lönnrot
Médico, linguista, filólogo e etnógrafo finlandês, Elias Lönnrot nascido em 1802, em Sammatti. Filho de um alfaiate, foi graças ao apoio do irmão mais velho que a família conseguiu enviar o jovem Elias Lönnrot para Tammisaari e para Turku, onde estudou Latim e Sueco, entre 1814 e 1818.
Devido a dificuldades financeiras, viu-se forçado, de modo a poder continuar os seus estudos, a trabalhar como alfaiate, deambulando de aldeia em aldeia em busca de serviço, isto numa época em que era comum aos aspirantes a estudantes esmolar por comida e dinheiro, muitas das vezes cantando as alminhas.
No mês de março de 1820, Elias Lönnrot conseguiu ser admitido no liceu de Porvoo mas, ao fim de poucas semanas, já estava a caminho de Hämeenlinna para começar como aprendiz de farmacêutico. Dois anos depois, no entanto, e através lições particulares, conseguiria dar entrada na Universidade de Turku, a primeira e então única universidade do território finlandês.
Ingressando na Academia de Turku em 1822, onde teve como colegas Johan Ludvig Runenberg e o futuro senador Johan Vilhelm Snellman, veio a obter a sua licenciatura cinco anos mais tarde. Como a sua tese tinha sido dedicada aos poemas populares tendo Väinämöinnen como tema, empreendeu, no ano seguinte, uma viagem com o fim de recolher mais poesia popular. Entre 1829 e 1831, Lönnrot publicou, com os seus fundos pessoais, quatro volumes de poesia intitulados Kantele.
Após o incêndio que devastou Turku, fazendo com que a universidade se passasse para Helsínquia, Elias Lönnrot iniciou estudos em Medicina, tendo a sua dissertação final, que lhe concedeu a licenciatura em 1832, tratado o assunto da magia curativa finlandesa. Passou depois a trabalhar como médico-assistente distrital em Oulu, onde presenciou cenas de fome, disenteria e febre tifoide.
Entre 1833 e 1853, Lönnrot viveria em Kajaani, perto da Carélia russa, onde desempenhou as funções de médico distrital. Fez viagens de campo à Lapónia, à Estónia e junto das comunidades de língua finlandesa no Noroeste da Rússia, recolhendo poemas e estudando as relações entre os idiomas fino-ugricos. No tempo que passou em Kajaani, Lönnrot preparou as suas coletâneas para edição. Em 1835 apareceria Vanha Kalevala, o velho Kalevala, depois seria a vez de Kanteletar, em 1840, e Uusi Kalevala, o novo Kalevala, em 1849.
Nesse ano de 1849, Lönnrot casaria com Maria Piponius, vinte anos mais nova e Pietista. Antes desse acontecimento, o etnógrafo havia demonstrado uma propensão anormal para o consumo de bebidas alcoólicas, ao despender cerca de cem rublos, o preço de cinco vacas, em bebidas. Fundaria a primeira sociedade de temperança finlandesa, a Selveys-Seura, ou o clube das cabeças lúcidas, não tendo grande número de aderentes.
Em 1853 foi nomeado professor de Língua e Literatura Finlandesas na Universidade de Helsínquia, onde permaneceu até 1862. Após a sua reforma, passou os seus dias na província de Sammatti, no Sul da Finlândia, onde escreveu um dicionário finlandês-sueco-finlandês em dois volumes, aparecendo ao público entre 1866 e 1880, e publicou uma coletânea de poemas mágicos finlandeses, em 1880.
Veio a falecer, em Sammatti, a 19 de março de 1884.
Nas suas viagens tocava flauta, sabendo também cantar e acompanhar-se à harpa tradicional finlandesa, o kantele.
Devido a dificuldades financeiras, viu-se forçado, de modo a poder continuar os seus estudos, a trabalhar como alfaiate, deambulando de aldeia em aldeia em busca de serviço, isto numa época em que era comum aos aspirantes a estudantes esmolar por comida e dinheiro, muitas das vezes cantando as alminhas.
No mês de março de 1820, Elias Lönnrot conseguiu ser admitido no liceu de Porvoo mas, ao fim de poucas semanas, já estava a caminho de Hämeenlinna para começar como aprendiz de farmacêutico. Dois anos depois, no entanto, e através lições particulares, conseguiria dar entrada na Universidade de Turku, a primeira e então única universidade do território finlandês.
Ingressando na Academia de Turku em 1822, onde teve como colegas Johan Ludvig Runenberg e o futuro senador Johan Vilhelm Snellman, veio a obter a sua licenciatura cinco anos mais tarde. Como a sua tese tinha sido dedicada aos poemas populares tendo Väinämöinnen como tema, empreendeu, no ano seguinte, uma viagem com o fim de recolher mais poesia popular. Entre 1829 e 1831, Lönnrot publicou, com os seus fundos pessoais, quatro volumes de poesia intitulados Kantele.
Após o incêndio que devastou Turku, fazendo com que a universidade se passasse para Helsínquia, Elias Lönnrot iniciou estudos em Medicina, tendo a sua dissertação final, que lhe concedeu a licenciatura em 1832, tratado o assunto da magia curativa finlandesa. Passou depois a trabalhar como médico-assistente distrital em Oulu, onde presenciou cenas de fome, disenteria e febre tifoide.
Entre 1833 e 1853, Lönnrot viveria em Kajaani, perto da Carélia russa, onde desempenhou as funções de médico distrital. Fez viagens de campo à Lapónia, à Estónia e junto das comunidades de língua finlandesa no Noroeste da Rússia, recolhendo poemas e estudando as relações entre os idiomas fino-ugricos. No tempo que passou em Kajaani, Lönnrot preparou as suas coletâneas para edição. Em 1835 apareceria Vanha Kalevala, o velho Kalevala, depois seria a vez de Kanteletar, em 1840, e Uusi Kalevala, o novo Kalevala, em 1849.
Nesse ano de 1849, Lönnrot casaria com Maria Piponius, vinte anos mais nova e Pietista. Antes desse acontecimento, o etnógrafo havia demonstrado uma propensão anormal para o consumo de bebidas alcoólicas, ao despender cerca de cem rublos, o preço de cinco vacas, em bebidas. Fundaria a primeira sociedade de temperança finlandesa, a Selveys-Seura, ou o clube das cabeças lúcidas, não tendo grande número de aderentes.
Em 1853 foi nomeado professor de Língua e Literatura Finlandesas na Universidade de Helsínquia, onde permaneceu até 1862. Após a sua reforma, passou os seus dias na província de Sammatti, no Sul da Finlândia, onde escreveu um dicionário finlandês-sueco-finlandês em dois volumes, aparecendo ao público entre 1866 e 1880, e publicou uma coletânea de poemas mágicos finlandeses, em 1880.
Veio a falecer, em Sammatti, a 19 de março de 1884.
Nas suas viagens tocava flauta, sabendo também cantar e acompanhar-se à harpa tradicional finlandesa, o kantele.
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Como referenciar
Porto Editora – Elias Lönnrot na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-07 05:36:45]. Disponível em
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