2 min
Endre Ady
Poeta, jornalista e contista austro-húngaro, Endre Ady nasceu a 22 de novembro de 1877, na pequena aldeia de Érmindszent, que hoje em dia se chama Endre Ady e é pertença da Roménia. Oriundo de uma família da pequena nobreza, arruinada, nasceu com seis dedos em cada mão, pelo que a parteira lhe amputou os excedentes, deixando-lhe cicatrizes para o resto da vida.
Frequentou, até aos nove anos de idade, a escola calvinista da sua terra, já que a mãe descendia de uma família tradicional calvinista. Mudou-se, não obstante, para uma escola de confissão católica e, terminando o ensino primário, para um liceu igualmente católico, na cidade de Nagykároly. A sua propensão desmesurada para a bebida e para as mulheres levou os pais a transferi-lo de volta para um ambiente calvinista, para o liceu calvinista de Zilah.
Durante estes anos, não só Ady começou a consumir álcool a um ritmo galopante, como deu início à atividade da escrita. Terminados os estudos secundários, ingressou na Faculdade de Direito, mas logo abandonou os seus deveres académicos, ao arranjar uma posição como jornalista, em Debrecen, profissão que manteve ao longo da sua vida, deambulando entre jornais de província.
Em 1899 publicou a sua primeira coletânea de poesia, Versek (Versos). Passou então quatro anos em Nagyvárad, na altura um centro cultural de importância. Em 1903 lançou uma outra coletânea, que despertou a atenção da crítica. Nesse mesmo ano, começou uma relação adúltera com a mulher de um advogado, Adél Brüll, musa inspiradora de muita da sua obra, com quem viveria em Paris durante dez anos, de 1904 a 1914. Trabalhava então como correspondente para alguns jornais de Budapeste e fazia visitas regulares à Hungria e à Itália.
Em 1912, Adél começou uma relação com outra pessoa, o que destroçou Ady ao ponto de ter que consultar um discípulo húngaro de Sigmund Freud, de nome Sándor Ferenczi, que o internou numa clínica. Após a sua recuperação, em 1915, Ady casou com uma mulher mais nova, não sem ter tido antes uma série de aventuras amorosas.
Durante a Primeira Grande Guerra, Ady protestou contra o radicalismo de uma forma tão veemente que acabou por ter uma apoplexia, que afetou as suas faculdades da fala, mas não da escrita, meio que passou a usar a partir de então para fins pacifistas. Em outubro de 1918, foi eleito presidente da recém-fundada Academia Vörösmarty. Reduzido quase a escombros sobretudo pelo alcoolismo, Ady faleceu de pneumonia a 27 de janeiro de 1919, em Budapeste.
Poeta prolífico, escreveu mais de um milhar de poemas, publicados na sua totalidade em 1930, com o título Összes Versei. A sua obra caracteriza-se pela celebração do amor sensual, pelo radicalismo no discurso e pelo uso de imagética apocalíptica.
Deixou também alguns contos e um número considerável de artigos.
Frequentou, até aos nove anos de idade, a escola calvinista da sua terra, já que a mãe descendia de uma família tradicional calvinista. Mudou-se, não obstante, para uma escola de confissão católica e, terminando o ensino primário, para um liceu igualmente católico, na cidade de Nagykároly. A sua propensão desmesurada para a bebida e para as mulheres levou os pais a transferi-lo de volta para um ambiente calvinista, para o liceu calvinista de Zilah.
Durante estes anos, não só Ady começou a consumir álcool a um ritmo galopante, como deu início à atividade da escrita. Terminados os estudos secundários, ingressou na Faculdade de Direito, mas logo abandonou os seus deveres académicos, ao arranjar uma posição como jornalista, em Debrecen, profissão que manteve ao longo da sua vida, deambulando entre jornais de província.
Em 1899 publicou a sua primeira coletânea de poesia, Versek (Versos). Passou então quatro anos em Nagyvárad, na altura um centro cultural de importância. Em 1903 lançou uma outra coletânea, que despertou a atenção da crítica. Nesse mesmo ano, começou uma relação adúltera com a mulher de um advogado, Adél Brüll, musa inspiradora de muita da sua obra, com quem viveria em Paris durante dez anos, de 1904 a 1914. Trabalhava então como correspondente para alguns jornais de Budapeste e fazia visitas regulares à Hungria e à Itália.
Em 1912, Adél começou uma relação com outra pessoa, o que destroçou Ady ao ponto de ter que consultar um discípulo húngaro de Sigmund Freud, de nome Sándor Ferenczi, que o internou numa clínica. Após a sua recuperação, em 1915, Ady casou com uma mulher mais nova, não sem ter tido antes uma série de aventuras amorosas.
Durante a Primeira Grande Guerra, Ady protestou contra o radicalismo de uma forma tão veemente que acabou por ter uma apoplexia, que afetou as suas faculdades da fala, mas não da escrita, meio que passou a usar a partir de então para fins pacifistas. Em outubro de 1918, foi eleito presidente da recém-fundada Academia Vörösmarty. Reduzido quase a escombros sobretudo pelo alcoolismo, Ady faleceu de pneumonia a 27 de janeiro de 1919, em Budapeste.
Poeta prolífico, escreveu mais de um milhar de poemas, publicados na sua totalidade em 1930, com o título Összes Versei. A sua obra caracteriza-se pela celebração do amor sensual, pelo radicalismo no discurso e pelo uso de imagética apocalíptica.
Deixou também alguns contos e um número considerável de artigos.
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Como referenciar
Porto Editora – Endre Ady na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-12 10:41:30]. Disponível em
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