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Faro
Aspetos geográficos
Cidade algarvia, sede de concelho e capital de distrito, localiza-se no Algarve (NUT II e III). Fica situada no litoral sul de Portugal Continental, ficando separada do oceano Atlântico por vários esteiros da chamada ria de Faro e por ilhas arenosas. É limitada a norte pelo distrito de Beja.
O concelho possui 201,2 km2 e tem seis freguesias: Faro (S. Pedro), Faro (Sé), Conceição, Santa Bárbara de Nexe, Estói e Montenegro. Não ultrapassando os 20 metros de altitude, dista 298 quilómetros de Lisboa e 548 quilómetros do Porto.
Em 2021, o concelho apresentava 67 566 habitantes.
O natural ou habitante de Faro denomina-se farense.
A cidade é servida por estradas, caminhos de ferro e um aeroporto. Faro é uma zona de intenso turismo, não só na época balnear como também nos meses de janeiro e fevereiro, durante os quais a floração das amendoeiras transmite à paisagem algarvia uma beleza surpreendente.
O distrito de Faro localiza-se no extremo sudoeste da Península Ibérica, a sul de Portugal. Confina a norte com o Alentejo, tendo por vizinho o distrito de Beja, e com o oceano Atlântico a sul e a oeste. Está separado de Espanha, a leste, pelo rio Guadiana, seu limite natural e principal curso de água. Também é irrigado pelo rio Arade e pelas ribeiras de Odeceixe e Aljezur, que nascem na serra de Monchique.
O distrito alonga-se de oeste para este e apresenta um vasto litoral sul, para onde está virado, e uma escassa linha de costa ocidental. Tem a particularidade de englobar toda a região do Algarve, que se subdivide em três sub-regiões: serra, barrocal e litoral, nesta ordem do interior para o litoral. A serra atinge os 902 metros de altitude na Foia, constituindo como que uma fronteira natural entre o Baixo Alentejo e o Algarve. O barrocal é uma estreita faixa dominada pelas charnecas e o litoral apresenta-se mais escarpado a ocidente do que a oriente, ao longo de uma extensão de mais de 200 quilómetros.
O clima é temperado, de feição mediterrânica. As suas temperaturas amenas, com invernos suaves e verões quentes, secos e longos, juntamente com a vasta orla marítima, constituem fortes atrativos para o turismo.
Com uma área de 4988 km2 é composto por 16 concelhos: Albufeira, Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Faro, Lagoa, Lagos, Loulé, Monchique, Olhão, Portimão, S. Brás de Alportel, Silves, Tavira, Vila do Bispo, Vila Real de Santo António. História e Monumentos
A cidade de Faro foi tomada aos mouros, em 1249, por D. Afonso III, tendo recebido foral em 1266. Em 1540, foi elevada à categoria de cidade.
Dos monumentos do concelho de Faro salientam-se os seguintes:
- o Arco da Vila, que foi mandado construir por D. Francisco Gomes, bispo do Algarve, no local de uma das mais antigas portas da cidade;
- o Arco do Repouso, mandado construir na época almóada (séculos XII e XIII), que era a porta de acesso às muralhas medievais;
- o convento de Nossa Senhora da Assunção, que foi pertença das freiras capuchas de Santa Clara;
- as seguintes construções religiosas: a Sé (séculos XIII/XIV), as igrejas de S. Pedro, de Santo António dos Capuchos, do Carmo, da Misericórdia e de S. Francisco, de S. Martinho de Estói, a Ermida de Nossa Senhora do Ó e a capela de Santo António do Alto;
- os palácios Bívar (última década do século XVIII), Belmarço (séculos XIX/XX) e Fialho (início do século XX);
- as ruínas romanas de Milreu, compostas por uma casa senhorial, instalações agrícolas, um balneário e um templo.
Tradições, lendas e curiosidades
O feriado municipal da sede de distrito é a 7 de setembro.
S. Gonçalo de Lagos é o padroeiro dos pescadores algarvios.
No concelho de Faro, salientam-se várias festividades, entre elas: a procissão do Enterro (Sexta-Feira Santa), a feira de Nossa Senhora do Carmo (julho) e a feira de Santa Iria (outubro).
O Carnaval de Loulé faz parte das tradições do distrito e é já famoso em todo o país.
Agosto é o mês privilegiado para a organização de festas, como, por exemplo, a festa da Senhora da Orada (Albufeira), a festa da Senhora da Glória (Lagos), as Festas de verão (Loulé), as Festa e Feira de Santa Catarina (Portimão) e a Feira de agosto (Silves).
A presença árabe encontra-se não só na toponímia, mas também na tradição. Contam-se lendas de mouras encantadas em rios, fontes e cisternas que todos os anos aparecem pela noite de S. João à espera de um rapaz corajoso, de preferência cristão, que as desencante. Uma das lendas do distrito conta uma saga relacionada com as amendoeiras em flor. Um rei mouro veio viver para o castelo de Silves, trazendo consigo uma linda princesa, que ficou gravemente doente por causa das saudades da sua terra, das neves brancas do Atlas. Preocupado, o rei teve a brilhante ideia de mandar plantar, no pátio do castelo e em todos os vales e montes em redor, milhares de amendoeiras. No inverno, a princesa curou-se para sempre, saciando o seu desejo de neve na paisagem das amendoeiras em flor.
O Castelo de Silves serve ainda de palco a outra crença popular. Dizem que, em noites de S. João, uma mulher de cabelos negros, com uma túnica imaculada, aparece de barco, cantando, na grande cisterna do pátio do castelo.
Da tradição musical e folclórica do Algarve, é de salientar o famoso corridinho.
O cão d'água, uma raça canina portuguesa, é característico da costa algarvia, sendo um excelente nadador e mergulhador, além de um permanente companheiro dos pescadores.
Faz parte da tradição deste distrito a casa de campo algarvia, caiada de branco, por vezes ornada por barras azuis junto ao chão e à volta das janelas. Possui telhado de telha, com algerozes à volta, para aproveitar a água da chuva que se guarda em cisternas subterrâneas. Em cima do telhado, a chaminé rendilhada é a imagem de marca do Algarve.
O artesanato centra-se no fabrico de cestos, louças, trabalhos em palma, esparto, palhinha, verga, cana e vime, tecelagem, rendas e bordados, trabalhos em pedra, olaria, cerâmica, trabalhos em couro, cobre, cortiça, madeira e fabrico de utensílios para a pesca.
Economia
A economia assenta em três atividades fundamentais: o turismo, a agricultura e a pesca. O turismo tem sido o grande motor de desenvolvimento económico, estimulando o crescimento da construção civil, do comércio e dos serviços. O setor terciário emprega aproximadamente 64% da população ativa. A atividade turística encontra-se fortemente ligada à praia - turismo balnear. No entanto, tem-se vindo a assistir, cada vez mais, ao incremento do turismo rural, aproveitando as potencialidades da serra e do barrocal. Neste distrito, produzem-se géneros hortícolas, trigo, figo, amêndoa, citrinos e alfarroba. Também se encontram castanheiros, figueiras, sobreiros e azinheiras. A alfarrobeira reproduz-se espontaneamente e a figueira e a amendoeira são a base da exportação de produtos com bastante peso na economia algarvia. O mar tem sido também uma das principais fontes de sustento dos algarvios. No entanto, nos últimos anos, a fraca modernização das frotas e a sobre-exploração dos recursos piscícolas tem constituído fortes entraves ao desenvolvimento desta atividade. As espécies mais abundantes são a sardinha e o atum, que dão origem a conservas de excelente qualidade e grande aceitação. Referência ainda para a indústria de produtos alimentares, a extração de sal, a cerâmica e a transformação de cortiça.
Cidade algarvia, sede de concelho e capital de distrito, localiza-se no Algarve (NUT II e III). Fica situada no litoral sul de Portugal Continental, ficando separada do oceano Atlântico por vários esteiros da chamada ria de Faro e por ilhas arenosas. É limitada a norte pelo distrito de Beja.
O concelho possui 201,2 km2 e tem seis freguesias: Faro (S. Pedro), Faro (Sé), Conceição, Santa Bárbara de Nexe, Estói e Montenegro. Não ultrapassando os 20 metros de altitude, dista 298 quilómetros de Lisboa e 548 quilómetros do Porto.
Em 2021, o concelho apresentava 67 566 habitantes.
O natural ou habitante de Faro denomina-se farense.
A cidade é servida por estradas, caminhos de ferro e um aeroporto. Faro é uma zona de intenso turismo, não só na época balnear como também nos meses de janeiro e fevereiro, durante os quais a floração das amendoeiras transmite à paisagem algarvia uma beleza surpreendente.
O distrito de Faro localiza-se no extremo sudoeste da Península Ibérica, a sul de Portugal. Confina a norte com o Alentejo, tendo por vizinho o distrito de Beja, e com o oceano Atlântico a sul e a oeste. Está separado de Espanha, a leste, pelo rio Guadiana, seu limite natural e principal curso de água. Também é irrigado pelo rio Arade e pelas ribeiras de Odeceixe e Aljezur, que nascem na serra de Monchique.
O distrito alonga-se de oeste para este e apresenta um vasto litoral sul, para onde está virado, e uma escassa linha de costa ocidental. Tem a particularidade de englobar toda a região do Algarve, que se subdivide em três sub-regiões: serra, barrocal e litoral, nesta ordem do interior para o litoral. A serra atinge os 902 metros de altitude na Foia, constituindo como que uma fronteira natural entre o Baixo Alentejo e o Algarve. O barrocal é uma estreita faixa dominada pelas charnecas e o litoral apresenta-se mais escarpado a ocidente do que a oriente, ao longo de uma extensão de mais de 200 quilómetros.
O clima é temperado, de feição mediterrânica. As suas temperaturas amenas, com invernos suaves e verões quentes, secos e longos, juntamente com a vasta orla marítima, constituem fortes atrativos para o turismo.
Com uma área de 4988 km2 é composto por 16 concelhos: Albufeira, Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Faro, Lagoa, Lagos, Loulé, Monchique, Olhão, Portimão, S. Brás de Alportel, Silves, Tavira, Vila do Bispo, Vila Real de Santo António. História e Monumentos
A cidade de Faro foi tomada aos mouros, em 1249, por D. Afonso III, tendo recebido foral em 1266. Em 1540, foi elevada à categoria de cidade.
Dos monumentos do concelho de Faro salientam-se os seguintes:
- o Arco da Vila, que foi mandado construir por D. Francisco Gomes, bispo do Algarve, no local de uma das mais antigas portas da cidade;
- o Arco do Repouso, mandado construir na época almóada (séculos XII e XIII), que era a porta de acesso às muralhas medievais;
- o convento de Nossa Senhora da Assunção, que foi pertença das freiras capuchas de Santa Clara;
- as seguintes construções religiosas: a Sé (séculos XIII/XIV), as igrejas de S. Pedro, de Santo António dos Capuchos, do Carmo, da Misericórdia e de S. Francisco, de S. Martinho de Estói, a Ermida de Nossa Senhora do Ó e a capela de Santo António do Alto;
- os palácios Bívar (última década do século XVIII), Belmarço (séculos XIX/XX) e Fialho (início do século XX);
- as ruínas romanas de Milreu, compostas por uma casa senhorial, instalações agrícolas, um balneário e um templo.
O feriado municipal da sede de distrito é a 7 de setembro.
S. Gonçalo de Lagos é o padroeiro dos pescadores algarvios.
No concelho de Faro, salientam-se várias festividades, entre elas: a procissão do Enterro (Sexta-Feira Santa), a feira de Nossa Senhora do Carmo (julho) e a feira de Santa Iria (outubro).
O Carnaval de Loulé faz parte das tradições do distrito e é já famoso em todo o país.
Agosto é o mês privilegiado para a organização de festas, como, por exemplo, a festa da Senhora da Orada (Albufeira), a festa da Senhora da Glória (Lagos), as Festas de verão (Loulé), as Festa e Feira de Santa Catarina (Portimão) e a Feira de agosto (Silves).
A presença árabe encontra-se não só na toponímia, mas também na tradição. Contam-se lendas de mouras encantadas em rios, fontes e cisternas que todos os anos aparecem pela noite de S. João à espera de um rapaz corajoso, de preferência cristão, que as desencante. Uma das lendas do distrito conta uma saga relacionada com as amendoeiras em flor. Um rei mouro veio viver para o castelo de Silves, trazendo consigo uma linda princesa, que ficou gravemente doente por causa das saudades da sua terra, das neves brancas do Atlas. Preocupado, o rei teve a brilhante ideia de mandar plantar, no pátio do castelo e em todos os vales e montes em redor, milhares de amendoeiras. No inverno, a princesa curou-se para sempre, saciando o seu desejo de neve na paisagem das amendoeiras em flor.
O Castelo de Silves serve ainda de palco a outra crença popular. Dizem que, em noites de S. João, uma mulher de cabelos negros, com uma túnica imaculada, aparece de barco, cantando, na grande cisterna do pátio do castelo.
Da tradição musical e folclórica do Algarve, é de salientar o famoso corridinho.
O cão d'água, uma raça canina portuguesa, é característico da costa algarvia, sendo um excelente nadador e mergulhador, além de um permanente companheiro dos pescadores.
Faz parte da tradição deste distrito a casa de campo algarvia, caiada de branco, por vezes ornada por barras azuis junto ao chão e à volta das janelas. Possui telhado de telha, com algerozes à volta, para aproveitar a água da chuva que se guarda em cisternas subterrâneas. Em cima do telhado, a chaminé rendilhada é a imagem de marca do Algarve.
O artesanato centra-se no fabrico de cestos, louças, trabalhos em palma, esparto, palhinha, verga, cana e vime, tecelagem, rendas e bordados, trabalhos em pedra, olaria, cerâmica, trabalhos em couro, cobre, cortiça, madeira e fabrico de utensílios para a pesca.
Economia
A economia assenta em três atividades fundamentais: o turismo, a agricultura e a pesca. O turismo tem sido o grande motor de desenvolvimento económico, estimulando o crescimento da construção civil, do comércio e dos serviços. O setor terciário emprega aproximadamente 64% da população ativa. A atividade turística encontra-se fortemente ligada à praia - turismo balnear. No entanto, tem-se vindo a assistir, cada vez mais, ao incremento do turismo rural, aproveitando as potencialidades da serra e do barrocal. Neste distrito, produzem-se géneros hortícolas, trigo, figo, amêndoa, citrinos e alfarroba. Também se encontram castanheiros, figueiras, sobreiros e azinheiras. A alfarrobeira reproduz-se espontaneamente e a figueira e a amendoeira são a base da exportação de produtos com bastante peso na economia algarvia. O mar tem sido também uma das principais fontes de sustento dos algarvios. No entanto, nos últimos anos, a fraca modernização das frotas e a sobre-exploração dos recursos piscícolas tem constituído fortes entraves ao desenvolvimento desta atividade. As espécies mais abundantes são a sardinha e o atum, que dão origem a conservas de excelente qualidade e grande aceitação. Referência ainda para a indústria de produtos alimentares, a extração de sal, a cerâmica e a transformação de cortiça.
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Como referenciar
Porto Editora – Faro na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-04 21:36:35]. Disponível em
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