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Feitoria de Arguim
Arguim, uma ilha da costa ocidental africana, que se diz ter sido descoberta por Nuno Tristão, mas talvez tenha sido visitada pela primeira vez por Valentim Fernandes, foi o primeiro entreposto comercial português na costa africana, a partir do qual se vão trocar ouro e escravos por tecidos, cavalos e trigo, produtos essenciais para a população autóctone.
A importância desta ilha pode ser comprovada pelo facto de o infante D. Henrique, muito provavelmente, ter aqui mandado erigir um castelo, que terá sido concluído por ordem de D. Afonso V, mais tarde merecendo a maior atenção de D. João II.
Soeiro Mendes de Évora, o alcaide-mor do castelo e seu provável construtor, recebeu de D. Afonso V uma carta que lhe conferiu a capitania-mor para si e para os seus descendentes a 26 de julho de 1464.
Esta feitoria de Arguim tornou-se um modelo repetido noutros entrepostos fixados nas regiões costeiras, como o de S. Jorge da Mina, também na costa ocidental da África, e os entrepostos de Goa e de Macau, fundados na Ásia.
Antes da fundação deste entreposto comercial em Arguim, o infante D. Henrique mostrou intenções de atrair o comércio africano ao Rio do Ouro. João Fernandes, beneficiando de informações de Ahude Maimão, concretizou estes planos (1445), sendo responsável pela realização da pioneira operação comercial com o mercado muçulmano típica desta zona envolvendo ouro e escravos em troca de trigo e tecidos.
Cadamosto, um navegador italiano ao serviço do infante D. Henrique, ilustra bem a grande intensidade deste comércio, ao dizer que "todos os anos vão e vêm caravelas de Portugal à Ilha de Arguim".
João Fernandes, funcionário e colaborador do infante D. Henrique, foi um dos principais responsáveis pela fundação destas feitorias. Foi ele quem andou a indagar no interior do continente africano, aprendeu a língua indígena e as características deste comércio, encontrando-se assim em perfeitas condições para ditar as regras deste comércio.
Esta terra conquistada passou a assumir-se como um centro de comércio, no momento em que se estabeleceram ligações comerciais com os portos de Meça, Mogador e Safim em Marrocos. Destes lugares provinham os tecidos, o trigo e outros produtos que na feitoria de Arguim eram trocados por escravos e por ouro, transportados a partir do interior pela rota de Tombuctu até Hoden.
A criação desta feitoria, como se pode concluir, marcou um ponto de viragem da expansão portuguesa, como diria Jaime Cortesão. Na segunda metade do século XV e no início do século XVI, Arguim foi um ativo centro comercial, como nos informam Zurara e Duarte Pacheco. Este centro viria a perder parte da sua importância com a abertura de novas feitorias a sul, sobretudo a de S. Jorge da Mina, e com as viagens de exploração para terras mais longínquas. Mais tarde, a feitoria será tomada pelos holandeses (1638).
A importância desta ilha pode ser comprovada pelo facto de o infante D. Henrique, muito provavelmente, ter aqui mandado erigir um castelo, que terá sido concluído por ordem de D. Afonso V, mais tarde merecendo a maior atenção de D. João II.
Soeiro Mendes de Évora, o alcaide-mor do castelo e seu provável construtor, recebeu de D. Afonso V uma carta que lhe conferiu a capitania-mor para si e para os seus descendentes a 26 de julho de 1464.
Esta feitoria de Arguim tornou-se um modelo repetido noutros entrepostos fixados nas regiões costeiras, como o de S. Jorge da Mina, também na costa ocidental da África, e os entrepostos de Goa e de Macau, fundados na Ásia.
Antes da fundação deste entreposto comercial em Arguim, o infante D. Henrique mostrou intenções de atrair o comércio africano ao Rio do Ouro. João Fernandes, beneficiando de informações de Ahude Maimão, concretizou estes planos (1445), sendo responsável pela realização da pioneira operação comercial com o mercado muçulmano típica desta zona envolvendo ouro e escravos em troca de trigo e tecidos.
Cadamosto, um navegador italiano ao serviço do infante D. Henrique, ilustra bem a grande intensidade deste comércio, ao dizer que "todos os anos vão e vêm caravelas de Portugal à Ilha de Arguim".
João Fernandes, funcionário e colaborador do infante D. Henrique, foi um dos principais responsáveis pela fundação destas feitorias. Foi ele quem andou a indagar no interior do continente africano, aprendeu a língua indígena e as características deste comércio, encontrando-se assim em perfeitas condições para ditar as regras deste comércio.
Esta terra conquistada passou a assumir-se como um centro de comércio, no momento em que se estabeleceram ligações comerciais com os portos de Meça, Mogador e Safim em Marrocos. Destes lugares provinham os tecidos, o trigo e outros produtos que na feitoria de Arguim eram trocados por escravos e por ouro, transportados a partir do interior pela rota de Tombuctu até Hoden.
A criação desta feitoria, como se pode concluir, marcou um ponto de viragem da expansão portuguesa, como diria Jaime Cortesão. Na segunda metade do século XV e no início do século XVI, Arguim foi um ativo centro comercial, como nos informam Zurara e Duarte Pacheco. Este centro viria a perder parte da sua importância com a abertura de novas feitorias a sul, sobretudo a de S. Jorge da Mina, e com as viagens de exploração para terras mais longínquas. Mais tarde, a feitoria será tomada pelos holandeses (1638).
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Como referenciar
Porto Editora – Feitoria de Arguim na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-03 08:14:37]. Disponível em
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